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Pacientes ficam sem hemodiálise após problema em equipamento; HGV esclarece

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Pacientes renais relataram que ficaram três dias sem o procedimento de hemodiálise durante esta semana no Hospital Getúlio Vargas (HGV), em Teresina, após problema no equipamento. 

A paciente Antônia Nunes conta que está grávida de sete semanas e que precisa realizar o procedimento todos os dias. Por conta da manutenção do aparelho, ela informou que não conseguiu realizar a hemodiálise corretamente.

“Preciso da hemodiálise, inclusive todos os dias agora porque eu estou grávida e está sendo muito difícil porque não estou conseguindo dialisar direito, não está tendo a água lá, está tendo problema na osmose e muitos pacientes estão passando pelo mesmo que eu estou passando, que precisam também”, disse Antônia.  

A mesma situação é apontada por outros pacientes do hospital como seu Antônio José Oliveira, que há 28 anos faz hemodiálise três vezes por semana.  

“Já está com três vezes que vem essas consequências, de falta de água, falta de diálise no paciente. Os pacientes estão dialisando na UTI e lá na UTI não tem uma diálise completa porque a diálise tem que ser três horas e o paciente já está passando mal e fazendo o tratamento de duas horas, duas horas e mais e o necessário é mais”, acrescentou o paciente.

Em entrevista ao Notícia da Manhã, a diretora do Hospital Getúlio Vargas, Nirvania Carvalho informou que uma peça no equipamento que realiza o procedimento quebrou nesse último sábado (22) e precisou ser trocada. 

“O fato é que no sábado tivemos uma peça que realmente quebrou e esses pacientes eles foram remanejados para outro setor do hospital que é o setor de UTI onde também se realiza diálise, considerando que todos eles foram avaliados pelos nossos nefrologistas e eles não deixaram de dialisar. Essa peça, como vários equipamentos do hospital não tem disponível no mercado de Teresina, então a gente aguardou esse peça chegar, ela chegou no domingo e antes de ontem ela foi já colocada e ontem pela manhã ocorreu os primeiros testes e eles voltaram a dialisar. Ficaram sem essa diálise no sábado, mas esse pacientes foram remanejados para nossas unidades de terapia intensiva justamente para não ficar sem o tratamento”, declarou a diretora.

Nirvania Carvalho acrescentou ainda que são atendidos cerca de 50 pacientes por semana no HGV e que todos os pacientes foram remanejados para outro setor do hospital para realizar o procedimento e foram avaliados pela equipe de nefrologistas.

“O serviço já está reestabelecido e ontem já foi normal, regularizado. O plano de contingência existe em dois momentos, o primeiro é levar para outro local do hospital para realizar essa hemodiálise que foi na UTI, onde a gente já também dialisa os pacientes de UTI in loco e caso houvesse um avanço maior de dias para um reparo, nós teríamos entrado em contato com algumas clínicas de Teresina para estar remanejando esses pacientes. Considerando que essas clínicas também não tem horários disponíveis, então nós teríamos que encaixar cada um, mas nenhum paciente ficou sem fazer hemodiálise. Como eu disse, eles foram remanejados e alguns, uns cinco que não fizeram, foram avaliados pelo nefrologista e ficou para o dia seguinte”, ressaltou.

 

Rebeca Lima, Francisco José e Idria Portela (TV Cidade Verde) 
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