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Guardas municipais são treinados pelo Samu para atuar em situações de risco

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Foto: Ascom/FMS

Após os recentes ataques sofridos por equipe do Samu durante atendimentos em Teresina parte do efetivo da Guarda Civil Municipal (GCM) passou por um treinamento para garantir a segurança dos profissionais.

Teresina registrou dois casos graves de violência contra os profissionais de saúde. No dia 15 de julho, uma equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU) foi atingida com disparos de arma de fogo no bairro Vamos Ver o Sol, na zona Sul de Teresina. No dia 3 de agosto, uma equipe foi atacada na Vila Irmã Dulce, na zona Sul de Teresina.

Logo após o primeiro ataque, os guardas civis passaram a atuar na segurança das equipes do Samu. Foram treinados os guardas que vão acompanhar os profissionais do Samu quando ocorrer o atendimento de ocorrências em locais e situações que ofereçam algum tipo de risco à integridade física, como, por exemplo, no atendimento de pessoas baleadas.

O treinamento foi realizado nesta semana pelo Núcleo de Educação em Urgências (NEU). “Com o objetivo de que os guardas municipais conheçam o funcionamento e os protocolos de atendimento do Samu, possibilitando, entre outros, a realização de procedimentos de primeiros-socorros pelos próprios agentes da corporação em casos de extrema necessidade em situações anteriores à chegada dos profissionais de saúde”, explicou Eliel dos Santos, diretor do Samu. 

O Samu funciona 24 horas por dia e deve ser solicitado pelo telefone 192 para atendimento de urgência/emergência clínicas, traumáticas, psiquiátricas e obstétricas em qualquer lugar; residências, locais de trabalho e vias públicas.

Atuação de facções

A atuação de facções que estariam atrapalhando o trabalho dos profissionais de saúde chegou a ser alvo de discussão em uma audiência pública realizada no dia 7 de outubro. Na ocasião, o promotor Eny Marcos relatou que uma médica informou que está impedida de atender pacientes por força de determinação de uma facção criminosa. 

Na mesma ocasião, Acilinara Moura, membro do Conselho Municipal de Saúde, relatou preocupação de profissionais de saúde e pacientes com a questão da segurança. "Nós sabemos de locais onde os profissionais são obrigados a baixar os vidros do carro para que os membros de facção possam saber quem está entrando no território. Nunca tínhamos passado por essa insegurança dentro do serviço de saúde. Os profissionais estão passando por uma situação de adoecimento psicológico por conta da falta de segurança", relatou.

Já a polícia informou que tem atuado para prender membros de facção, e no dia 8 de agosto realizou uma operação na região da Vila Dagmar Mazza, na zona sul de Teresina, com prisão de 18 pessoas, sendo quatro envolvidas diretamente ao ataque a equipe do Samu no dia 15 de julho e os demais seriam membros da mesma célula da facção.

 

Bárbara Rodrigues
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