Por Adriana Magalhães, com informações da Secretaria de Segurança

Atualizada às 15h

Três lojas do Shopping da Cidade, uma loja localizada no Centro comercial da Capital e, ainda, uma loja on-line são alvos da Operação Interditados VIII, que acontece neste momento em Teresina. A Operação cumpre sete mandados de busca e apreensão nestas empresas.

Segundo a Secretaria de Segurança do Piauí, a ação visa combater a comercialização de aparelhos celulares provenientes de furto e roubo.

Os estabelecimentos comerciais tiveram suas atividades econômicas suspensas.

As operações Interditados I, II, IV e VI tinham como alvo lojas físicas localizadas no Shopping da Cidade, já as Operações Interditados III e V tiveram como alvo os lanceiros que atuam na Praça da Bandeira comercializando celulares com restrição de roubo e furto.

Na fase VII da operação foram interditadas lojas físicas localizadas em bairros da capital, entre eles Dirceu Arcoverde, Cidade Jardim e Santa Luzia, pela venda de celulares roubados.

Protesto

Em coletiva de imprensa, o secretário de Segurança Pública do Piauí, Chico Lucas, comentou sobre o protesto contra a operação, que está na oitava fase. 

"A gente continua firme no nosso propósito que é diminuir ou erradicar o roubo e furto de celulares. Percebíamos que tinham os assaltantes e também toda uma cadeia criminosa que receptava essa mercadoria e revendia. Infelizmente, alguns poucos empresários maculam a imagem do Shopping da Cidade porque a grande maioria dos empresários são pessoas sérias. Mas esses poucos empresários continuam praticando esse tipo de crime, continuam comprando produtos roubados, continuam atuando no Shopping da Cidade. Tivemos esse protesto, mas não vamos retroceder, vamos continuar as operações, continuar combatendo a receptação de produtos roubados, pois é o foco da Secretaria, bem como diminuição de veículos, e o roubo e furto de veículos", enfatiza o secretário. 

Chico Lucas observa que, com as sucessivas operações, os empresários- que insistem na prática criminosa- mudaram a forma de comercialização dos aparelhos eletrônicos furtados ou roubados. 

"Celulares que foram desmontados para as peças serem vendidas, que é outra modalidade. Antes havia a venda de celulares, mas como chamamos os receptadores, eles também estão desmontando os aparelhos para vender as peças. Por mais que haja resistência de uma minoria, pois a maioria da população apoia e nos defende nas nossas condutas, pois eles são os maiores beneficiários", destaca o secretário.

O delegado-geral da Polícia Civil do Piauí, Luccy Keiko, cita que em uma das lojas, alvos da operação Interditados II, foi encontrado novamente produto roubado. 

"Uma loja que já havia sido alvo da operação Interditados II, foi alvo novamente hoje.  É um exemplo claro de que temos que continuar com essa repressão firme, até para resguardar a atidade comercial de quem trabalha legalmente e resguardar também o consumidor. Estamos no caminho certo, a população está vendo isso, e nenhum momento temos a intenção de criminalizar qualquer atividade comercial", pontua Keiko. 

O superintendente de Operações Integradas da SSP-PI, Matheus Zanatta, destaca em números a redução da taxa de celular roubados na Capital. 

"Tivemos uma redução em 37%, de janeiro a outubro deste ano. Pedimos a população que não compre aparelho eletrônico sem procedência, sem nota fiscal ou muito abaixo do valor de mercado, porque se fizer isso, você pode estar sendo responsabilizado na forma da lei, seja por receptação dolosa ou culposa, e você também vai estar alimentando o roubo e furto de celular e até mesmo a prática de crimes mais graves como o latrocínio (roubo seguido de morte)", alerta o delegado. 

 

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