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Quatro são indiciados pela morte da influencer Samynha; vítima foi perseguida e morta na Av. João XXIII

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Foto: Reprodução / Redes sociais

Por Adriana Magalhães

Quatro pessoas foram indiciadas pela morta da influencer Samya Silva, conhecida pela Samynha. Ela foi morta a tiros no dia 1º de outubro de 2023, quando trafegava de motocicleta na companhia de duas amigas na Avenida João XXIII, na zona Leste de Teresina. Um novo inquérito foi aberto para aprofundar a investigação do crime.

As investigações foram comandadas pela delegada Nathália Figueiredo, do Núcleo de Feminicídio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e encerrado no mês de janeiro.

Foram indiciados Felipe de Sousa Amorim e sua companheira Raimundo Nonata Vitória da Silva, Davdy Jhorrany Moreira Dourado e Israel Boanerges Ribeiro de Sousa.

Um novo inquérito foi aberto para continuar investigando a participação de Francilda, companheira de Israel, e João Gabriel, conhecido como Batata. Ambos estavam no clube no dia do assassinato. O novo inquérito também vai investigar a participação de outras pessoas.

"Com os suspeitos presos, o prazo para fechamento do inquérito cai para 10 dias. Por isso optamos por abrir um novo inquérito para aprofundar a investigação e buscar elementos para entender a participação da Francilda e do João Gabriel. Estou aguardando somente um aval para transferir os dados todos os elementos do primeiro inquérito para o segundo", explicou a delegada.

Francilda foi apontada como uma das mulheres que atraiu Samynha para o local. Ela também estava reunida com os indiciados e teria presenciado a reunião que resultou na "condenação" da influencer.

"A Samya foi decretada lá, então todos os que estavam lá tem algum grau de participação. No primeiro elemento não conseguimos reunir elementos suficiente para sustentar a participação da Francilda. No caso do João Gabriel, conhecido como Batata, ele segue foragido, como ele não foi ouvido no inquérito faltam também os elementos que ele pode trazer para a investigação", explicou a delega.

Um dos suspeitos da morte de Samya, identificado como Herbertt Isaque Rosendo Lima (Jibóia), morreu durante a captura.

Com o novo inquérito, outras pessoas também podem ser indiciadas, disse a delegada.

"O Ministério Publico seguiu a nossa linha de indiciamento, todos os que foram indiciados, com exceção de Jiboia que veio a óbito, ele entendeu e manteve a tipificação, com três qualificadoras e, também, por organização criminosa", disse.

As tipificações a que a delegada se referem são: motivo torpe; por perigo comum, porque foram realizados disparos em via pública e; sem chance de defesa da vítima.

"A Samya não foi morta por ser mulher, a motivação foi por organização criminosa com cláusula de aumento por ser utilizada arma de fogo", explica.

Entenda o crime

O inquérito policial apontou que Israel, Francilda, Felipe e Vitória se deslocaram ao clube na manhã do dia 1º de outubro. Em seguida, João Gabriel, mais conhecido como Batata, se juntou a eles.


João Gabriel, conhecido como Batata, é procurado pela Polícia Civil

Sâmya Silva teria sido atraída ao clube por Francilda e Vitória. As duas chegaram a abordar a jovem no local e sentar à mesa com ela e as amigas que a acompanhavam na data.

"Constatou-se que a vítima foi atraída para o clube, e os envolvidos nisso já se encontram presos. Lá mesmo no clube, foi decidido pela morte da vítima. Foram utilizados dois veículos, uma motocicleta e um carro", explicou Nathália Figueiredo.

Já durante a tarde, pelo WhatsApp, Israel, Felipe, João Gabriel, Davdy e Herbertt decidiram executar Samynha por ela ter ligação com uma facção criminosa rival à dos suspeitos. Momentos depois, os executores da morte da influencer, Herbertt e Davdy, encontraram-se com Felipe e Israel e receberam o armamento utilizado no crime.

Armados, Herbertt e Davdy executaram Samynha enquanto ela trafegava na Avenida João XXIII.

"Os executores estavam fora do clube; os dois que estavam lá dentro decidiram dentro do clube, tiraram uma foto de Sâmia e a repassaram para os companheiros da facção que estavam do lado de fora. Na oportunidade, Herbertt teria sido justamente o responsável por conduzir o veículo Gol. Nas imagens, podemos ver o momento em que os dois ocupantes do veículo entram em contato com as pessoas que estavam dentro do Gol. O executor entra, e acreditamos que esse seja o momento em que ele recebe a arma utilizada no crime. Então, a arma estava no primeiro momento no clube, dentro do veículo de Felipe, que foi um dos presos, Herbertt teria entrado no clube, pegado a arma no carro de Felipe e, em um segundo momento, passado a arma para o executor que estava na moto", acrescentou a delegada.

 

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