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Câmara de Teresina vai chamar diretor do HUT para esclarecer falta de medicamentos na unidade

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Por Paula Sampaio 

A Câmara Municipal vai convocar o médico Élio Rodrigues, Diretor do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) para esclarecer o desabastecimento de medicamentos na unidade. A informação foi confirmada pelo presidente da Casa, Enzo Samuel (PDT). 

O convite acontece após o Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) ter denunciado a falta de antibióticos e analgésicos, que teriam supostamente resultado na morte de um paciente (o HUT se manifestou através de nota que se encontra no final desta reportagem). 

Nas fotos acima, que foram exibidas no Notícia da Manhã na TV Cidade Verde, prateleiras do central de abastecimento do hospital em janeiro deste ano, nas quais é possível ver o nome do medicamento porém sem os insumos. 

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O vereador também pontuou que já esteve em contato com o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Italo Costa, que confirmou a realização de uma licitação para repor os medicamentos. 

“Você pode perceber que houve uma falha nessa forma de você fazer esse gerenciamento. Entrei em contato com o presidente da Fundação Municipal de Saúde, ele disse que já está providenciando essa solução, a realização inclusive dessa licitação para adquirir insumos e medicações. Mas a gente fica triste pelo acontecimento. Iremos chamar até a Casa o diretor do HUT para que ele possa dar maiores esclarecimentos, porque a população precisa dessa informação”,informou. 

Ao Cidadeverde.com, Enzo Samuel fez um balanço sobre o diagnóstico que a Câmara Municipal fez em relação aos problemas de abastecimento em Teresina. 

Foto: Renato Andrade/ Cidadeverde.com

O primeiro deles está relacionado ao sistema de compras dos medicamentos: 

“A FMS tem um grande problema, eu quero começar pontuando pelas Ubs. Hoje um coordenador e ele realiza uma solicitação de quantidade X de medicamentos e às vezes chega só quantidade Y. É preciso que se modernize mais esse processo de entrada e saída de medicação para que se tenha um controle maior, que se tenha um controle em tempo real por parte da FMS”, disse. 

Ele ainda disse que grande parte das compras é feita de forma emergencial sem licitações, o que na avaliação dele, não é o adequado. 

“Um outro grande problema é que todas as contratações haviam sido realizadas de forma emergencial. Faltava a medicação, você realizava de forma emergencial. E é preciso uma grande licitação para se contratar todas as medicações”, pontuou.

 

NOTA DE ESCLARECIMENTO

A Fundação Municipal de Saúde-FMS e a Diretoria do Hospital de Urgência de Teresina Prof. Zenon Rocha-HUT, vêm, através da presente nota, esclarecer as circunstâncias envolvendo as notícias veiculadas.

Conforme compromisso assumido através de nota anteriormente emitida, o prontuário do paciente foi cuidadosamente avaliado com o fito de determinar as causas do seu falecimento, até mesmo com o escopo de dar uma resposta às demandas da família enlutada e da população de Teresina.

De saída, a análise preliminar realizada verificou que o paciente foi recebido em 26/02/2024, via regulação, oriundo de Unidade de Pronto Atendimento (UPA), já em estado gravíssimo, em insuficiência renal grave, em sepse. No mesmo dia da admissão, foi submetido à cirurgia e, após o procedimento cirúrgico, encaminhado para leito de terapia intensiva (UTI).

Cumpre esclarecer que, de modo diverso do que foi divulgado, desde o dia de sua admissão, em 26/02/2024, o paciente vinha fazendo uso de antibióticos eficazes à bactéria que o infectava, conforme resultado do laudo do antibiograma realizado conjuntamente com a cultura. Na verdade, o antibiograma revelou que o antibiótico mencionado na reportagem sequer era eficaz contra a bactéria que acometia o paciente. Ademais, o antibiograma revelou a possibilidade de uso de 17 antibióticos eficazes contra a bactéria identificada, dos quais vários se encontravam disponíveis no HUT.

Pontuamos que, desde a admissão, a família do paciente foi informada da gravidade do quadro, do alto índice de mortalidade da patologia que o levou à internação e da possibilidade de desfecho fatal, conforme se extrai dos registros médicos. Deste modo, a análise preliminar aponta que o óbito do paciente decorreu do curso natural da doença, a despeito da antibioticoterapia realizada e do enorme empenho da equipe multidisciplinar para tentar reverter a gravidade do quadro.

Frisamos novamente o compromisso do Hospital de Urgência de Teresina com a assistência integral ao paciente, com a garantia do melhor tratamento possível, bem como em prover informações claras e precisas aos usuários.

Acreditamos que as falsas informações divulgadas apenas inflamam ânimos sem nenhum propósito. Na oportunidade, informamos a abertura de sindicância interna para apuração do caso e de responsabilidades pela divulgação de dados sensíveis (prontuário), bem como a divulgação de informações falsas e registros indevidos em documentos médicos. E, ainda, a apuração de eventual responsabilização cível e criminal daqueles envolvidos na divulgação de fake news.

Por fim, gostaríamos de registrar o repúdio em face de qualquer divulgação de informações inverídicas, o que causa indignação à toda a equipe diretiva, corpo clínico, equipe multidisciplinar e demais colaboradores desta instituição, ao tempo em que nos solidarizamos para qualquer situação envolvida.

Esperamos que os esclarecimentos prestados possam trazer luz à verdade dos fatos e tranquilidade à família em saber que foi feito tudo o que era possível para salvar a vida do paciente.

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