Cidadeverde.com

Chico Lucas reafirma laudo do IML e diz que imagens esclarecem morte de músico

Por Breno Moreno

O secretário estadual de Segurança Pública, Chico Lucas, reiterou, nesta segunda-feira (3), o laudo feito pelo Instituto Médico Legal (IML) sobre a morte do músico Carlos Henrique e afirmou que a investigação já mostrou aos familiares do jovem as imagens das câmeras de segurança do local do acidente que ajudaram a polícia a esclarecer a situação. 

A declaração é uma reação à informação divulgada mais cedo pelo Hospital de Urgência de Teresina (HUT), de que a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que socorreu Carlos Henrique, disse à equipe médica do hospital que o músico “havia sofrido uma perfuração de arma de fogo na região da cabeça”.

“As imagens que já foram apresentadas à família são esclarecedoras. Nós não iremos divulgar em respeito e solidariedade a dor da mãe, do pai e da esposa do senhor Carlos Henrique, mas esse vídeo será anexado aos autos do inquérito policial que será remetido à Justiça e por fim ficará totalmente esclarecida a morte do senhor Carlos Henrique”, disse o gestor. 

Fotos: Arquivo/Cidadeverde.com 

O comunicado foi rechaçado por Chico Lucas, que enfatizou que o óbito do jovem foi provocado pela colisão entre os veículos. "Queremos deixar claro para toda sociedade piauiense que nós confiamos e ratificamos o laudo emitido pelo IML, que disse que a causa  da morte era politraumatismo decorrente do acidente de trânsito", frisou.

Por fim, o secretário voltou a manifestar solidariedade com os familiares de Carlos Henrique, mas ressaltou que a dor da família não será usada para macular a imagem das polícias Militar, Civil e do Departamento de Polícia Científica. 

“Como é de conhecimento de todos, o DHPP é uma instituição série da Polícia Civil, que sempre age com total independência. Os delegados que lá estão vão conduzir esse inquérito, como tantos outros, com independência e autonomia necessária para elucidar os crimes (...) essa ação esteve dentro dos trâmites legais desde o início”, concluiu. 

Entenda o caso

O músico Carlos Henrique morreu na última quinta-feira (30), quando voltava para casa em um carro de aplicativo, às 2h da manhã, na zona Leste de Teresina. O veículo foi atingido em um cruzamento na zona Leste da capital, por um veículo em fuga da polícia. 

De acordo com relatos de testemunhas à TV Cidade Verde, três suspeitos saíram do carro quando houve um tiroteio com policiais de uma guarnição do 9° Batalhão da Polícia Militar. A suspeita é que um dos disparos tenha atingido o músico. 

Foto: Reprodução

Laudo descarta tiros

A perícia realizada pela Polícia Civil não constatou marcas de tiros, nem no carro e nem no corpo de Carlos Henrique, de 24 anos. Segundo o Instituto de Medicina Legal (IML), a morte do jovem ocorreu em decorrência de sequelas do impacto da batida.

Conforme Antônio Nunes, diretor do IML, foram encontradas fraturas na cabeça, sangramento, lesões no baço e fígado do músico, que também apresentava edema pulmonar, costelas quebradas e hemopneumotórax.

Família questiona laudo

Familiares de Carlos Henrique questionam  as informações repassadas pelo IML e afirmam que o filho morreu no local. Conforme Smailly Carvalho, advogado da família, os ferimentos na cabeça do músico foram provocados por arma de fogo. 

"Vamos contestar esse suposto laudo do IML. Está nítido! Ele tem um disparo, uma perfuração na cabeça, dá para ver a olho nu, não é preciso de perícia. Nós temos certeza que os fatos não foram como estão colocando para a mídia", afirmou.

O caso segue em investigação pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais