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Perícia concluiu que músico atingiu o solo a uma velocidade de 75 km/h após ser lançado de carro

Por Adriana Magalhães

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O laudo da morte do músico Carlos Henrique de Araújo Rocha, 24 anos, concluiu que o jovem atingiu o solo a uma velocidade de 75 quilômetros por hora, após ele ser lançado para fora do veículo por aplicativo onde era transportado. O acidente aconteceu na noite do dia 30 de maio, no cruzamento de Avenida Presidente Kennedy com a Avenida Dom Severino.

No local do acidente populares chegaram a afirmar que o músico teria sido vítima de um disparo de arma de fogo, mas essa informação foi desmentida pelo trabalho da perícia.

O perito Rawlinson Ibiapina, do Departamento de Polícia Científica do Piauí (DEPOC/PC-PI), explicou que o veículo de passeio que transportava o músico trafegava na Avenida Presidente Kennedy quando foi atingido por uma pick-up, que furou o semáforo para fugir de uma perseguição policial. Segundo a perícia, a pick-up estava a uma velocidade de 97 quilômetros por hora no momento da colisão, já o veículo de passeio estava a 54 quilômetros por hora. Após o choque o veículo de passeio faz um giro de 270° e colide contra o poste.

Foto: Reprodução

"A vítima sofreu duas ações contundentes fortes. A primeira quando a SW4 bateu contra o veículo de aplicativo. E depois quando ele é lançado ao solo. As lesões encontradas no corpo da vítima não são compatíveis com a manutenção da vida", disse o perito Rawlinson.

Os números repassados pela perícia mostraram a violência do acidente. O músico foi arremessado para fora do veículo com uma velocidade de 75 quilômetros hora. Ele voo pouco por mais de 10 metros e caiu no chão.  Após tocar o chão, seu corpo deslizou por mais de 12 metros, quando atingiu a porta da farmácia e parou na calçada.

"Na colisão com o poste a porta traseira direita abre e o músico é lançado para fora do veículo. No teto do carro, próximo à alça de segurança, ficaram vestígios de cabelo do músico e ranhuras compatíveis com o choque da cabeça dele neste local. No rosto da vítima ficaram marcas de ranhuras compatíveis com as encontradas no teto do veículo. E, além disso, porções do cabelo dele também ficaram depositadas na face dele", disse o perito Carlos Belfort, do Depoc.

Foto: Reprodução / Redes sociais

O crânio da vítima não abriu com a pancada. Mas segundo o perito-geral do Departamento de Polícia Científica do Piauí (DEPOC/PC-PI), Antônio Nunes, as lesões sofridas por ele em múltiplos impactos geram um inchaço da massa encefálica que pode levar à morte.

Além disso, as lesões no tórax de Carlos Henrique foram extensas. Os peritos encontraram lesões no baço, pulmão e no fígado, este último órgão chegou a rachar tamanha foi a violência dos impactos sofridos por ele.

Perícia destaca importância do cinto de segurança

Para o perito-chefe do DEPOC/PC-PI, Antonio Nunes, o uso do cinto de segurança poderia ter dada a vítima mais chance de sobrevida no acidente.

"As duas ações contundentes aconteceram no mesmo local, na lateral direita do veículo, e atingiram o local onde a vítima era transportada, o banco traseiro. Se a vítima estivesse usando o cinto de segurança no momento do acidente, ele não teria sido projetado para fora do carro. Ele ainda sofreria os dois impactos causados pela colisão com o outro veículo e a colisão com o poste, mas havia mais chances de sobrevida", analisou o perito-chefe.

Suspeito de morte de músico foram presos pela polícia

O casal Josep Machado e Bárbara Beatriz, que estava na SUV que invadiu o sinal e colidiu com o carro de aplicativo em que o músico Carlos Henrique estava, foram indiciados. Eles devem responder por homicídio doloso. Os dois foram presos em Tianguá (CE), praticando roubos naquele município.

O casal fugiu de uma ordem de parada dada pela polícia. Após o caso, foi identificado que Josep responde a 18 processos criminais no Piauí. Atualmente, o casal está preso no estado do Ceará onde foram autuados por tráfico de drogas e furto. Outras duas pessoas que estavam no veículo já foram identificadas e a polícia realizada diligências para localizar e apurar as responsabilidades no crime.

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