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Servidores da Uespi param em repúdio à W. Dias

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Cerca de 50 servidores da Uespi estão realizando manifestação em frente ao Palácio Pirajá na manhã de hoje. A paralisação foi motivada pela declaração do governador Wellington Dias de que os salários dos servidores não estariam defasados.
 
Caroline Oliveira/Cidadeverde.com
 

 
Segundo o pesidente do Sindicato dos Trabalhadores da Uespi, Marcílio Costa, a paralisação é em repúdio a essa declaração, além de reivindicação pela implantação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria e realização de concurso público. Existem apenas 265 servidores efetivos, sendo que esse número só corresponde 25% dos número de funcionários. O restante é terceirizado.
 

 
Marcílio disse ainda que a própria Fundação Cepro, do governo, teria comprovado através de pesquisa, que os salários eram os mais baixos que o governo paga, mesmo tendo servidores desenvolvendo trabalhos de capacidade intelectual superior.
 
"Os salários estão defasados há pelo menos cinco anos e gostaríamos que o governo pelo menos abrisse um canal de conversação", declarou Marcílio.
 

 
Eles usam apitos, nariz de palhaço, sentados em frente ao Palácio Pirajá. A manifestação deve ocorrer até o início da tarde.
 
Os servidores da Uespi estão divididos em três níveis: fundamental, que recebe salário mínimo; médio, que ganha R$ 536; e superior, com salário de R$ 893.
 
Uespi divulga nota a respeito da paralisação de servidores:
 
A Universidade Estadual do Piauí – UESPI é favorável a implantação do Plano de Cargos, Carreira e Salários – PCCS dos seus funcionários do corpo técnico-administrativo. A proposta de PCCS, elaborada por comissão formada pela representação sindical dos técnicos e da Administração Superior da UESPI, considerou a realidade da Universidade, bem como o que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDB.
 
Depois de elaborada e aprovada pelos Conselhos Superiores, a proposta do PCCS dos técnicos foi enviada à Secretaria Estadual de Administração, que tem a competência de analisar e encaminhar os planos de carreira dos servidores públicos estaduais do Poder Executivo, para a apreciação do Poder Legislativo.  
 
Além da proposta do plano de carreira, tramita, também, na Secretaria de Administração uma proposta de reforma administrativa da UESPI, que disciplinará, denominará e reorganizará os cargos, departamentos, campi e núcleos da Universidade, conforme os territórios estaduais, além de legalizar as unidades universitárias existentes. Em um dos itens da Reforma Administrativa, que diz respeito a todo o funcionamento da Universidade, trata sobre a remuneração dos servidores, a ser disciplinada em legislação específica, remetendo essa finalidade ao Plano de Cargos do quadro administrativo.
 
A reforma garante, também, a criação de 1 mil vagas, a serem preenchidas por meio de concursos  públicos, contemplando os níveis fundamental, médio e superior nos próximos anos. A reforma administrativa será votada pela Assembléia Legislativa até o final de 2009.  Depois de 13 anos sem fazer concurso público, a UESPI promoveu certame, em 2005, para servidor do quadro administrativo com 152 vagas, mas convocou até os classificados no concurso.
 
Ao todo, 170 servidores ingressaram na Instituição, onde havia apenas 38 funcionários efetivos. Naquela época, o edital disponibilizou a remuneração paga pelo Estado do Piauí aos seus servidores. Ainda em 2005, quando os professores da UESPI discutiam seu Plano de Carreira, consultou-se a então representação dos servidores se, naquela época, não seria pertinente iniciar um estudo para a criação de um PCCS específico, por entender que os servidores teriam o mesmo direito que os professores, já que ambos trabalham em uma mesma Universidade. Naquele ano, a então diretoria sindical decidiu pelo enquadramento dos servidores ao Plano Geral do Estado.

Leilane Nunes e Caroline Oliveira
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