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Gol contra da imprensa esportiva brasileira

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Já escrevi um livro com o título de GOL CONTRA DA IMPRENSA ESPORTIVA, produto de observações e pesquisas feitas durante anos.Quando alcancei a maturidade como profissional de imprensa com especialização em esportes, fui  percebendo o caminhão de erros cometidos nas análises feitas nos mais diferentes aspectos das partidas, dos torneios e campeonatos, e em especial do desempenho das pessoas envolvidas.



 O livro mostra nos seus mínimos detalhes como os profissionais da comunicação esportiva cometem erros graves, comprometendo o nível de sua credibilidade.  Transportar para o esporte a linguagem dos programas policiais é o ponto de destaque. E tudo continua como antes.

Ao longo de uma jornada esportiva - antes, durante e depois -  é impressionante o número de vezes que radialistas, jogadores, técnicos e dirigentes falam em matar, respirar,está vivo etc.  E tome violência. A qualquer momento teremos jogador morto em pleno campo por causa da luta desesperada para vencer e para mostrar que é "gladiador".

O já ganhou e o oba-oba estão custando caro para alguns.A torcida brasileira já foi enganada em plena Copa do Mundo como em 2006. Os gordos estavam em campo apenas enganando, a fase de treinamentos era uma bagunça, mas "o Brasil é o favorito disparado na bolsa de apostas". E qualquer jogadinha era uma coisa do outro mundo.

Recentemente os escretes brasileiros fracassaram nos mundiais Sub-20 e Sub-17. Através da TV estava muíto fácil perceber os jovens atletas jogando para os empresários. Prevaleciam o individualismo e a disputa pelo título de "eu sou o melhor". E tomem elogios. Consumadas as derrotas, a "ansiedade" pagou o pato.

Foi a grande culpada. Ainda bem que Dunga está de olho neles e já declarou "não queiram me induzir ao erro como aconteceu em 2006". Naquela Copa o técnico Carlos Alberto Parreira foi na onda e escalou a Seleção Brasileira para jogar, achando que ganharia só com os nomes.

No Rio de Janeiro os torcedores têm sofrido decepções violentas com os seus clubes. A imprensa ganha os jogos antes mesmo da bola rolar. A torcida vai na onda e acaba frustrada.

 Os fracassos mais recentes são : a humilhação que o Flamengo sofreu diante do América do México na Copa Libertadores da América: a derrota do Fluminense na mesma Libertadores para a LDU do Equador: as derrotas de Botafogo, Flamengo e Fluminense em finais da Copa do Brasil, mesmo jogando diante de suas torcidas;o Vasco da Gama recebendo troféu e faixas em pleno Maracanã, derrotado pela Portuguesa de Desportos: o Flamengo ficando no 0 x 0 com o Goiás no Maracanã, quando a vitória era tida como certa.Os jogadores sempre entraram em campo como "poderosos, gênios da bola, imbatíveis".

E todas as atitudes absurdas dos jogadores, com sérios prejuizos para seus clubes, são classificadas de "infantis e normais num jogo de contato" . Na reta final do Campeonato Brasileiro vários jogadores estão fora em consequência de ações irresponsáveis, mas a culpa é jogada em cima da "ansiedade". Aliás, a "ansiedade" é o craque do Campeonato de 2009, citada dezenas de vezes em cada partida.



Como classificar jogadores expulsos de campo por aplicação de pontapés nos adversários, jogadores do mesmo time brigando diante das torcidas, jogadores que são expulsos por tirarem a camisa na comemoração de gols ? Temos profissionais de imprensa que aprovam tudo, inclusive afirmando que "o jogador pode comemorar o gol do jeito que quiser".

E até a FIFA estuda a aprovação da atitude ridícula e burra.Daqui a pouco teremos gente defendendo que todos os jogadores entrem em campo sem camisas. Basta pintar o escudo do clube no corpo. Tudo pode acontecer.

O torcedor merece um desempenho mais profissional, mais realista de todos nós da imprensa esportiva. E é bom para o próprio futebol brasileiro.

Dídimo de Castro
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