Três viaturas da Polícia Militar saíram às 11h da Central de Flagrantes de Teresina. Elas levavam nove manifestantes, dos 12 presos durante a tarde da última terça-feira (10) em ação da polícia durante protestos na avenida Frei Serafim. 

Diversos parentes e familiares estão em frente à Central e bradam gritos de protesto enquanto outras pessoas choram. 

Os presos já fizeram exames de corpo de delito no IML. São eles seis homens, que foram encaminhados à Casa de Custódia e duas mulheres, direcionadas à Penitenciária Feminina. 

Segundo os advogados dos manifestantes, eles foram enquadrados em cinco artigos, dos quais: desacato, desobediência, resistência e atentado contra a segurança do transporte público. 

De acordo com os advogados Mariana Moura e Lucas Vieira, o valor da fiança foi irregular e não há indício de flagrante para nenhum dos presos. “Está sendo apreciado neste momento o pedido de habeas corpus e vamos entrar com uma peça para mostrar que o flagrante é arbitrário e ilegal”, declarou Mariana. “A situação só chegou aonde chegou porque não encontramos nenhum juiz de plantão de ontem para hoje”, acrescenta. 

Outro advogado, Lauriano Lima, disse ainda que os manifestantes apresentavam hematomas resultantes da ação policial na avenida Frei serafim. 

Os familiares se recusaram a falar com a imprensa. 

Madalena Nunes, membro do Sindicato dos Servidores Federais, declarou que os estudantes foram levados algemados e reclamou de excessos. “É um crime contra os direitos humanos o que estão fazendo com eles e um desrespeito contra os familiares que sofrem”, reclamou.