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Mototaxistas dizem que piratas triplicaram com manifestação

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Um grupo de mototaxistas de Teresina se reúne na manhã desta quarta-feira (18) com o promotor Fernando Santos. Os trabalhadores denunciam que o número de piratas triplicou desde o início das manifestações contra o formato do sistema de ônibus na capital e que muitos destes profissionais usam o colete original da categoria em moto descaracterizada não só para trabalhar, mas também para fazer assaltos. 


Antonio de Moura Fé Neto, um dos líderes do grupo dos mototaxistas, reclama que uma ação foi ajuizada no Ministério Público há um ano a fim de tentar combater a circulação de piratas, mas de lá para cá nenhuma providência foi tomada. “Queremos que o promotor explique por que não foi feito nada. Todos os dias vemos notícias de que mototaxistas estariam fazendo para fazer assalto a posto de gasolina e estuprando passageiros. Mas esses são os piratas.

Estamos cansados de sermos chamados de ladrões e não temos apoio de nenhum órgão público, já que não existe fiscalização”, indigna-se. 

Segundo Neto, uma mulher foi assaltada antes de ontem na Santa Maria da Codipi por um mototaxista em uma moto descaracterizada. A passageira pegara a moto na Avenida Frei Serafim. “Recentemente também houve um estupro na Vila Maria e assalto a dois postos, um na Frei Serafim e na João XXIII, todos os casos são de motos não caracterizadas”, pontua. 

Moura Fé revela ainda que as manifestações contra o sistema de ônibus também resultaram um aumento na quantidade de piratas. “O número de clandestinos triplicou e isso causa essa onda de crimes. A gente não tem ninguém defendendo a gente. Prefeitura e Estado ninguém age e a Strans não toma providencia. Há um ano solicitamos que seja feita fiscalização e alegaram que não tinha convênio com a polícia. Tem gente na nossa profissão que está revoltado alugando a moto padronizada e andando numa descaracterizada. É preciso fazer alguma coisa”, critica.

Carlos Lustosa Filho

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