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Teixeira evita exposição e usa Ronaldo como escudo

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Ricardo Teixeira deu nova demonstração de estar saindo de cena quando sua presença é aguardada na frente das câmeras. Mais uma vez, o presidente da CBF não participou da entrevista coletiva após reunião entre Fifa, governo federal e COL (Comitê Organizador Local) sobre o andamento das obras para a Copa do Mundo de 2014, que será realizada no Brasil. Teixeira tem participado dos encontros, como determina o protocolo, mas alega problemas particulares e tem evitado o contato com a imprensa nos momentos de grande exposição.


Sua última aparição pública foi a apresentação do ex-jogador Ronaldo como presidente do COL, em dezembro. E assim mesmo fez um pronunciamento e não atendeu à imprensa. A entidade alega que o dirigente quer menos exposição - para isso serve a presença do "Fenômeno". Mas sua estratégia de agir somente nos bastidores passa também pelo desconforto que seria responder a acusações de lavagem de dinheiro e outras suspeitas de crimes.

Teixeira e o ex-sogro, João Havelange – presidente de honra da Fifa -, são acusados de supostos crimes de evasão de divisas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Em novembro, o presidente da CBF depôs na Delegacia de Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal do Rio no inquérito aberto pelo Ministério Público Federal.

As denúncias partiram do jornalista escocês Andrew Jennings, da BBC, com auxílio do francês François Tanda. Segundo Jennings, que participou de audiência pública na Comissão de Educação, Cultura e Esportes do Senado, em outubro, Teixeira recebera aproximadamente US$ 9,5 milhões em propinas através de uma empresa de fachada de Liechtenstein, chamada Sanud. A empresa seria de propriedade dele e do irmão, Guilherme Teixeira, que também já depôs.

Havelange pediu renúncia do COI (Comitê Olímpico Internacional) três dias antes de uma reunião que julgaria as acusações de ter recebido US$ 1 milhão de forma ilegal em contratos publicitários na fase em que presidiu a Fifa. Ele poderia ser expulso da entidade caso as acusações fossem confirmadas.

Durante a entrevista coletiva desta tarde, um jornalista estrangeiro quis explicações do secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, sobre a ausência de Teixeira e o que ele achava das acusações envolvendo o cartola brasileiro. Valcke minimizou a polêmica.

“O Senhor Teixeira tinha compromissos profissionais, por isso não veio. Sobre as acusações, esta discussão está em andamento e eu não tenho o que falar”. 



Fonte: IG
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