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Bebê raptado pela mãe está sob guarda provisória de um casal

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A juíza da Vara da Infância e da Adolescência de Teresina, Maria Luíza de Freitas, afirmou que o bebê Marcos Vinícius, que foi raptado pela própria mãe de dentro do Lar da Criança no dia 14 de fevereiro, está sob a guarda provisória de um casal. O processo para a guarda definitiva ainda tramita na Justiça.


Maria Luíza acrescentou que uma decisão interlocutória determinou a guarda aos chamados "padrinhos de coração", um projeto que dá aos candidatos à adoção a oportunidade de conviver com a criança. Entretanto, os avós do bebê, de apenas sete meses, ainda brigam na Justiça pela guarda definitiva.

Juíza Maria Luíza

Segundo a juíza, consta nos autos do processo que a mãe do bebê, Auriani Barbosa, é usuária de drogas e está em tratamento no hospital Areolino de Abreu. "Ficou claro que ela não dispõe de condições para cuidar da criança", destacou.

Investigações

Maria Luíza informou que irá se reunir com os funcionários do abrigo Lar da Esperança para entender como Auriani Barbosa conseguiu raptar o filho. "Foi o primeiro caso de rapto, então não podemos de imediato afirmar que houve negligência. Mas, vamos apurar, examinar o que houve", explicou.

Adoções

A juíza ressaltou que as crianças e adolescentes que hoje permanecem nos abrigos em Teresina estão fora do perfil exigido pelos candidatos à adoção. "O perfil é de crianças 0 a 2 anos, de pele e olhos claros, e, preferencialmente do sexo feminino. Mas, as crianças que estão nos abrigos estão fora dessa idade, são geralmente negras e possuem problemas de saúde ou deficiência", revelou.

Ela disse ainda que o Lar da Criança tem capacidade para 60 crianças, mas sempre trabalha com pelo menos 70. "O juiz não pode fazer nada, porque não podemos fazer milagres. Não podemos pegar as crianças e sair distribuindo", finalizou.

Jordana Cury

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