Uma vistoria feita por técnicos na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), em novembro do ano passado, em obras oriundas de convênio firmado entra o órgão e a prefeitura de Piripiri, durante a gestão do ex-prefeito Luiz Menezes, constatou irregularidades na execução dos serviços.
O convênio, na monta de R$ 123.201,35, tinha por objetivo a recuperação de 1,92 quilômetros de estrada vicinal no povoado Perua, zona rural de Piripiri, e a implantação de rede elétrica primária em 13,8 kV ligando este povoado ao Parque Ambiental Buriti dos Cavalos, também na zona rural.
De acordo com o parecer técnico enviado pela Codevasf à administração municipal de Piripiri, já neste ano, foi verificado que o serviço da estrada, objeto do convênio, não foi executado conforme o projeto e as especificações técnicas. “A estrada não apresenta a largura pré-determinada e os serviços de manejo ambiental não tinham sido executados”, diz o relatório elaborado pela Companhia.
Quanto à rede elétrica, que também deveria ser construída, foi constatado pela fiscalização que a obra sequer foi executada. “Constatamos que foi executado apenas a abertura da picada para o levantamento topográfico”, observa a Codevasf. De acordo com o relatório, nem mesmo a placa de referência – contendo dados como orçamento, prazo de execução e engenheiro e empresa responsáveis pela execução – foi afixada no local da obra.
O relatório conclui que as obras, que foram iniciadas em dezembro de 2010, não chegou a 30% da execução, bem como nenhum responsável pelo serviço foi encontrado para prestar esclarecimentos à Codevasf. A Companhia agora cobra que seja dada a continuidade dos serviços e apura as irregularidades.
De acordo com o atual prefeito de Piripiri, Odival Andrade, as obras foram iniciadas na gestão anterior já em “péssimo padrão” e que a assessoria jurídica da prefeitura foi acionada para avaliar quais medidas a serem tomadas, diante das irregularidades.
“Isso é, realmente, muito grave e nós, agora, teremos que tomar as providências, inclusive, notificando o ex-gestor para que ele próprio conclua esta obra. Caso contrário, por conta das irregularidades deixadas por ele, o município ficará impedido de receber convênios federais”, finaliza Odival Andrade.
Da Editoria de Cidades
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