Cidadeverde.com

Servidores estaduais ameaçam greve geral e marcam paralisações

Imprimir

Os representantes de sindicatos de várias categorias de servidores do Estado se reuniram, nesta sexta-feira (14), na sede do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Saúde do Piauí (SINDESPI) para discutir e traçar estratégias para garantir o pagamento do plano de cargos e salários da categoria. As categorias analisam a possibilidade de greve geral. 

Um novo decreto cancelou a segunda parcela do pagamento que estava prevista para o mês de novembro. A reunião foi motivada por uma decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE) que atendeu um pedido da equipe de transição e enviou uma recomendação ao Governo do Estado para conter os gastos. Entre as medidas está a suspensão dos reajustes salariais das principais categorias profissionais que compõem o quadro de servidores estaduais. 
 
“Estivemos no Palácio de Karnak e protocolamos uma tentativa de conversa com o Governador ou outra pessoa que pudesse nos atender. Mas não obtivemos resposta. Por isso, resolvemos marcar esta reunião de emergência para conversar com os representantes dos servidores”, explicou o diretor do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi), Vilobaldo Carvalho.
 
Os sindicatos temem que o pagamento não seja realizado. As categorias decidiram fazer dois atos públicos. O primeiro será na próxima terça-feira (18), quando os dirigentes sindicais pretendem ir a Assembleia Legislativa para solicitar uma audiência pública para discutir a situação dos servidores do Estado e pedir a suspenção da PEC 02/2014, que garante aumento para a categoria dos auditores fiscais do Estado. 

Outro ato está marcado para 24 de novembro, às 9h, em frente ao Palácio de Karnak, numa tentativa de pressionar o governo a um diálogo com as categorias. 

O secretário estadual de administração, João Henrique Sousa, disse que está aberto ao diálogo e que até agora não foi notificado sobre nenhum pedido de reunião com os sindicatos. Ele informa ainda que os pagamentos estão garantidos, no entanto, não será possível dar o aumento previsto e acordado por conta da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), ja que o estado atingiu o limite máximo permitido. 
 
“A nossa preocupação é que as negociações dos planos de cargos e salários sejam cumpridas. E estas não são negociações de agora. Temos categorias que acertaram estes planos há quatro anos e agora correm o risco de não receber. Foram negociações, duras, árduas e que precisam ser cumpridas de acordo com a Lei”, defendeu o diretor do Sindicato dos Odontologistas do Piauí (Soepi), Marcondes Martins.

 
“Não somos contra o reajuste dos auditores, mas a ação é contraditória. Como é que o Estado diz que não tem dinheiro para pagar os servidores e agora propõe reajuste para uma categoria? Queremos a garantia do recebimento dos salários e reajuste para todas as categorias”, disse o representante do Sindicato dos Policiais Civis do Piauí (SInpolpi), Walmdir Bezerra.
 
Da Redação 
[email protected] 

Você pode receber direto no seu WhatsApp as principais notícias do CidadeVerde.com
Siga nas redes sociais