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Acusado de homicídio se apresenta, mas não pode ser preso por conta da eleição

Francisco de Assis Vasconcelos acusado de matar a professora Adriana Tavares e tentar assassinar a ex-mulher se apresentou nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (24). O suspeito presta depoimento a delegada de Polícia Civil Thaís Lages, mas não poderá ser preso devido a legislação eleitoral. No período que antecede o pleito, eleitores só podem ser presos em casos de flagrante. 

 
                                                                                                       Maria das Dores e o acusado; Professora Adriana Tavares era amiga da ex-companheira do suspeito

"Ele aparentava estar tranquilo, mas ao mesmo tempo assombrado. O acusado compareceu a delegacia com o advogado, mas devido ao 2º turno das eleições, só poderá ser preso a partir da quarta-feira (29), mesmo que antes desse período, seja concedido um mandado judicial", explica Baker Martins, chefe de cartório do 1º Distrito Policial de Campo Maior.

A proibição da prisão de eleitores está prevista no artigo 236 do Código Eleitoral (Lei nº 4.737/1965). De acordo com a legislação, cinco dias antes das eleições, até 48 horas após o término do pleito, nenhum eleitor poderá ser preso ou detido, salvo em flagrante delito ou em virtude de sentença criminal condenatória por crime inafiançável, ou, ainda, por desrespeito a salvo-conduto.

A professora morreu com afundamento de crânio, após ser agredida a pedradas pelo acusado. Ela era amiga de Maria das Dores, ex-mulher do acusado, que foi golpeada com uma tesoura, mas passa bem. As duas eram professoras e foram agredidas quando retornavam do trabalho. O crime ocorreu no último dia 22.

Professores protestam 


Professores, familiares e colegas de trabalho das vítimas protestam em frente ao prédio da delegacia para tentar sensibilizar autoridades do judiciário. Revoltados, os manifestantes temem que acusado não seja liberado após o depoimento. 

“Não podemos aceitar que um assassino pratique um crime tão bárbaro e saia impune”, disse Renato Vasconcelos, primo da vítima.

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Graciane Sousa
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