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3ª Guerra Mundial: como seria aos olhos da tecnologia?

A polêmica da semana fica por conta de uma das maiores autoridades mundiais, o Presidente dos EUA, Donald Trump, que autorizou bombardeio e matou o importante comandante iraniano Qassem Soleimani e outras pessoas, dentre elas o líder miliciano iraquiano Abu Mahdi al-Muhandis que andava no mesmo comboio. A polêmica agora gira em torno dos apoios que cada país, supostamente, daria para os lados envolvidos na querela, com os pronunciamentos de gigantes como Rússia e China. A parte as questões de natureza política, visto que, muito recentemente o Irã descobriu enormes reservas de petróleo, o que fortaleceria economicamente o país que hoje se recupera de uma extensa guerra contra o Iraque e os seus próprios direcionamentos de natureza religiosa que mudaram fortemente a sociedade iraniana (há toda uma ideia de que a descoberta de petróleo é na verdade o estopim para esta nova desavença, o que faz todo o sentido), indago com uma questão: como seria uma guerra que envolvesse vários países num cenário de avanços tecnológicos em que vivemos?

Não custa lembrar que evoluímos bastante nossa relação com as comunicações e que a globalização pôs muita gente de todo lugar espalhada pelo mundo inteiro. Falo isso porque dada a facilidade em nos comunicarmos hoje, as informações correm e se espalham em tempo real. O mundo hoje está totalmente diferente em relação ao mundo na década de 1940, quando o avanço do Nazismo e do Fascismo fez crescer a necessidade de se invadir territórios e toda a 2ª Guerra foi traçada. Vivemos tempos muito diferentes e com tecnologias armamentistas inimagináveis. Na década de 1990, por exemplo, na guerra do Kuwait, chegou para o mundo uma tecnologia usada pelas tropas americanas para não se perder no deserto: o GPS. Logo a tecnologia usada apenas pelos exércitos passou para o domínio popular e hoje aplicativos de smartphones acessam o sistema de posicionamento global criado e utilizado atualmente com fins bélicos.

Na semana que passou a revista Science publicou um estudo realizado pelas Forças Armadas dos EUA que procuram “limpar” satélites de comunicação e outros com fins militares que estariam “contaminados” com partículas resultantes de átomos com alta capacidade radioativa, alguns destes provenientes de testes nucleares feitos na Terra, mas com forte influência nestes importantes recursos tecnológicos. Ou seja: pesquisa aplicada para aumentar as defesas que servem a praticamente todas as nações.

Um dado interessante é que a tecnologia traz outros recursos que podem ser usados nos ataques em guerras, como o que matou o general do Irã. Em seu livro “21 conselhos para o século XXI”, o israelense Yuval Harari faz uma comparação interessante: enquanto nas guerras de duas décadas atrás um bombardeiro era guiado por um piloto, que levava bombas destruidoras, mas num vacilo, poderia ser abatido por baterias de mísseis antiaéreos, na atualidade trabalha-se com Veículos Aéreos Não Tripulados, os VANTs, popularmente chamados de Drones, que podem fazer o trabalho de um piloto de caça sem, entretanto, causar perdas de vidas humanas caso seja derrubado. No caso do drone que abateu o líder iraniano trata-se de uma arma de guerra bem avançada tecnologicamente: o MQ9 Reaper (este é o nome do brinquedinho do Exército dos EUA) pode levar até uma tonelada de armas, pode ser comandado a longa distância (como este que atacou no Aeroporto de Bagdá, no Iraque, mas era pilotado de alguma base militar dos EUA) e tem uma autonomia de 27 horas. Veja abaixo um vídeo mostrando cenas como o MQ9 Reaper.

Uma coisa é certa: se se desencadeia uma guerra vamos ver muitas mortes do lado que estiver menos resguardado pela tecnologia.

Boa semana para todos (as).

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