Cidadeverde.com

Grupo de professores distribui almoço em abrigos e na rua

Foto: Ascom Semec

Sensibilizados com as condições precárias de alimentação que a população mais carente enfrenta por causa da pandemia do coronavírus, professores da Escola Municipal Simões Filho resolveram ajudar preparando um almoço, distribuindo em abrigos e entre os moradores de rua.

O grupo doou alimentos e parte do salário para montar um almoço completo. O diretor da unidade de ensino cedeu a cozinha para o preparo, e juntos montaram centenas de marmitas. Os professores usaram  máscaras e foram entregar pessoalmente a comida em praças, sempre organizando para evitar aglomerações.

“Não resolve o problema, mas ajuda a minimizar o impacto para quem tem fome”, afirma o diretor Jerry Cesar. Recentemente, a escola distribuiu kits de alimentação escolar para as famílias dos alunos. Agora, por iniciativa própria, ampliou a rede de solidariedade que se forma em Teresina.

“Quero parabenizar nossos professores heróis, é um gesto de humanidade e que merece reconhecimento”, elogia Jerry.

 

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Fifa defende flexibilização da temporada e redução de salários durante crise

Foto: Rener Pinheiro / MoWA Press

 

A Fifa assegurou nesta segunda-feira que realizará uma coordenação global com os organizadores dos torneios para que eles tenham flexibilidade para garantir que suas temporadas, interrompidas pela pandemia do coronavírus, sofram o menor impacto financeiro possível.

Embora a Fifa não estabeleça as datas das competições nacionais e de clubes, a entidade gestora do futebol mundial regula as duas janelas de transferências durante o ano em cada país.

Uma força-tarefa da Fifa analisa o impacto da pandemia e um dos recursos é prolongar o período de transferência, permitindo estender os contratos dos jogadores, a fim de completar a temporadas. Também recomendou que fossem alcançados acordos para reduzir os salários.

A força-tarefa da Fifa está confiante de que clubes e jogadores vão chegar a um acordo para salvaguardar empregos, dada a significativa perda de renda ocorrida desde que os torneios foram suspensos no mês passado.

A decisão final será tomada pelo Conselho da Fifa, que inclui os presidentes das seis confederações continentais. A Uefa já decidiu que as competições na Europa podem continuar além de 30 de junho, a data em que os contratos expiram.

Vários clubes e federações começaram a cortar despesas para lidar com o impacto financeiro da paralisação do futebol. As partidas que as seleções disputariam em junho e julho foram adiadas, incluindo a Copa América e a Eurocopa.

O técnico da Inglaterra, Gareth Southgate, aceitou um corte de 30% em seu salário, que seria de 3 milhões de libras (R$ 19,4 milhões) anuais, durante o período da pandemia. A Associação de Futebol da Inglaterra também anunciou nesta segunda-feira que os salários de seus principais executivos serão cortados em 15% e os funcionários que recebem 50 mil libras (R$ 323 mil) ou mais por ano terão uma redução de 7,5%.

Os clubes do Campeonato Italiano querem corte de um terço dos salários, mas o sindicato dos jogadores rejeitou a proposta. A situação é idêntica na Inglaterra, onde os atletas recusaram proposta de cortar os salários em 30%.

Fonte: Estadão Conteúdo

Em videoconferência com parlamentares Firmino pede apoio contra a covid-19

Foto: Divulgação PMT

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, fez duas reuniões por videoconferências com parlamentares municipais e estaduais nesta segunda-feira(06). O gestor da capital pediu apoio aos vereadores e deputados no enfrentamento ao novo coronavírus. 

Para o prefeito, agir agora é salvar vidas e destacou as estratégias realizadas pela Prefeitura em relação ao isolamento social, necessidade de leitos e busca de recursos para tratar os pacientes.

Firmino respondeu aos questionamentos dos parlamentares sobre ações que estão sendo desenvolvidas nas áreas da saúde, assistência social e economia e fez um apelo para que todos tenham consciência da gravidade do problema. 

“Precisamos alinhar o entendimento sobre essa situação e peço ajuda dos parlamentares nesse diálogo com a população. Precisamos ter senso de realidade. Temos que mostrar ao nosso povo o que nossas lideranças poderão fazer. Líderes têm que mostrar a sua capacidade de liderança. Nós não podemos nos apequenar no meio desta confusão. É fundamental que a gente ultrapasse esse período, juntos, porque o vírus ataca a todos", afirmou. 

O prefeito pediu que emendas sejam destinas para auxiliar o município no enfrentamento da pandemia, com a disponibilização de recursos para a manutenção de setores da população que estejam em vulnerabilidade econômica, social e de saúde. “Devem ser cobradas ações do Ministério da Saúde no que diz respeito ao envio de EPIs, de testes, ventiladores e outros recursos para enfrentarmos essa crise”, completou. 

Sobre a crise econômica, que vem em decorrência da crise sanitária, ele citou algumas das ações que a Prefeitura de Teresina está fazendo para amenizar o sofrimento da população mais carente. 
"Enquanto os recursos do Governo Federal não chegam, estamos fazendo a distribuição de cestas básicas, tanto para as famílias de crianças matriculadas na rede pública municipal, como também para famílias carentes que se cadastraram no programa Teresina Solidária. 10 mil cestas já foram distribuídas para estas famílias e mais 10 mil serão repassadas para trabalhadores autônomos que estão sem trabalhar", afirmou.

O prefeito ressaltou ainda que a população necessita do apoio dos deputados e vereadores neste momento. “É fundamental que ultrapassemos esse período difícil, assim, dentro de um mês estaremos colhendo frutos positivos e bons resultados em relação a essa disseminação”, assegurou Firmino.

Não viagem no feriado

Firmino Filho fez ainda um apelo às famílias teresinenses para que elas não viajem neste período de Semana Santa, para evitar que o vírus seja levado para o interior do Estado. "Quem vai visitar sua cidade, pode estar levando o exército inimigo, então vamos ficar em casa para que no final desta quarentena possamos sair dessa situação vivos", finalizou.

 

Da Redação
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Com coronavírus, bebê de três meses morre em Iguatu, no Ceará

Foto: Roberta Aline/Arquivo/Cidadeverde.com

Morreu, na última sexta-feira (3), um bebê de três meses com coronavírus em Iguatu, pequena cidade no Ceará. O resultado positivo para o novo vírus saiu apenas na noite deste domingo (5).

De acordo com George Xavier, secretário de Saúde do município, a criança nasceu com síndrome de Bartter -alteração nos rins que afeta a taxa de potássio no sangue. "O vírus agravou o quadro, mas ela já estava bastante debilitada", disse o secretário.

O bebê fazia tratamento no hospital Infantil Albert Sabin, em Fortaleza, onde esteve no último dia 11 de março. Depois, ele deu entrada na UPA de Iguatu com os sintomas de gripe, no dia 31, segundo informou o prefeito de Iguatu em uma live neste domingo (5).

Este é o segundo caso de coronavírus da cidade, de acordo com Xavier. O outro é de uma senhora que, segundo o secretário de Saúde, passa bem. O estado do Ceará registrou, até esta segunda-feira (6), 1.013 casos e 29 mortos pela Covid-19.

ISABELLA MENON
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

 

Rumor de demissão leva nome de Mandetta ao topo dos assuntos no Twitter

Foto: Isac Nóbrega/PR

Os rumores de que o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, poderia ser demitido pelo presidente Jair Bolsonaro ainda nesta segunda-feira, 6, levaram rapidamente o sobrenome do ministro a liderar a lista dos assuntos mais comentados do Twitter brasileiro nesta segunda-feira, 6.

Segundo o jornal O Globo, a demissão de Mandetta estaria sendo preparada pelo governo para ser publicada em edição extra do Diário Oficial ainda nesta segunda.

Além do titular da Saúde, também foi parar nos trending topics do Twitter o nome de Osmar Terra, deputado federal pelo MDB do Rio Grande do Sul e ex-ministro da Cidadania, tido como potencial substituto de Mandetta.

Às 16h40 desta segunda-feira, "Osmar Terra" ocupava o segundo lugar na lista dos principais assuntos do Twitter.

Na sequência, hashtag #Urgente, usada de maneira associada às publicações que repercutiam a possibilidade de demissão do atual ministro da Saúde.

Fonte: Estadão Conteúdo

OAB pede providências sobre Central de Flagrantes em prevenção ao coronavírus

Imagem: OAB/Piauí/Divulgação

A Ordem dos Advogados do Brasil, secção Piauí (OAB) solicitou informações sobre quais procedimentos estão sendo adotados na Central de Flagrantes com o intuito de prevenir o novo coronavírus. A entidade também oficiou à Secretaria de Segurança e de Justiça pedindo informações sobre como estão atuando neste momento de crise sanitária. 

O ofício para o coordenador da Central, delegado Bruno Meyer, foi assinado pelo presidente da OAB, Celso Barro Coelho Neto. 

“Requeremos saber se na Central de Flagrante já há algum processo que possibilite a realização de triagem e diagnóstico dos detentos para a averiguação de ocorrência ou não do COVID-19. É de extrema importância que haja alguma medida, já que o sistema prisional em nosso país também já foi afetado. Ter medidas que amenizem a proliferação do novo coronavírus é fundamental a essa altura”, explanou o Presidente da OAB Piauí, Celso Barros Coelho Neto.

Em relação ao suposto aumento da criminalidade, com os estabelecimentos fechados, a OAB também pediu providências junto à Secretaria de Segurança para ampliar rondas ostensivas em determinadas localidades. No entanto aguarda informações estatísticas para balizar o pedido. 

Segundo o presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB, João Marcos Parente, é fundamental que a OAB Piauí e a Comissão tenham acesso a todas essas informações. “Nosso intuito é ter a possibilidade de cobrar das autoridades competentes a ampliação de estratégias de segurança nas respectivas localidades e, consequentemente, garantir a segurança em nosso dia a dia”, frisou.

Detentos soltos

A OAB também cobrou, por meio ofício, à Secretaria de Justiça do Estado (Sejus-PI) informações sobre o monitoramento dos detentos que foram colocados em liberdade por conta do coronavírus.

“Em virtude do cenário que estamos enfrentando é de fundamental importância o conhecimento da quantidade de detentos do regime semiaberto que foram colocados em liberdade e de quantas tornozeleiras eletrônicas foram aplicadas em decorrência dessa situação. Nossa intenção é sabermos a real identificação dos números de reeducandos que estão sob monitoração”, ressaltou.

João Marcos Parente, Presidente da CSP, explanou que, se por ventura, houver uma quantidade insuficiente de tornozeleiras eletrônicas para monitorar os reeducandos, a Secretaria informasse quais os procedimentos alternativos de fiscalização estão sendo adotados para a monitoração da liberdade dos egressos beneficiados com a decisão proveniente do Juízo da Execução Penal.

A entidade também pediu que informações sobre a distribuição Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os policiais que fazem parte do corpo de segurança estadual, além de orientações recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Para o Presidente da Comissão da OAB Piauí, João Marcos Parente, “é importante que os profissionais, que garantem a segurança pública do nosso Estado, estejam devidamente amparados e protegidos. Por entendermos a importância da segurança da nossa sociedade piauiense e dos policiais, que estão na linha de frente, enviamos o ofício à SSP para requerer tais medidas”, destacou.

 

Da Redação
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Governador faz novo apelo para que população: "pelo amor de Deus fica em casa"

O governador Wellington Dias fez um novo apelo nas redes sociais para que a população não viaje durante a Semana Santa. Segundo ele, é um risco se deslocar ao interior do estado e propagar o coronavírus. Em vídeo nas redes sociais, o governador chega a pedir pelo "amor de Deus" para que as pessoas fiquem em casa.

“Por que levar o coronavírus para a família, amigos, para as pessoas. Você quer que essas as pessoas tenha risco? Eu sei que não. Eu quero aqui fazer esse apelo: pelo amor de Deus, nem levar coronavírus e nem trazer coronavírus. É importante que todo mundo fique em casa. Faço o apelo apara que fiquemos em casa”, disse o governador no vídeo.

Wellington Dias lembrou que as celebrações da Semana Santa podem ser acompanhas por meio do celular. "Temos o celular para se comunicar e participar das celebrações de forma virtual, ou seja, garantir que aquilo que Jesus Cristo nos ensinou seja cumprido: amar a Deus sobre todas as coisas e amar ao próximo como a si mesmo. Fazer ao próximo aquilo que você quer que seja feito para você. Você não quer coronavírus e também não quer que o outro tenha. Por essa razão, colabora e fique em casa.

O governador autorizou  uma regulamentação que proíbe a circulação de ônibus  intermunicipais e vans durante o período do feriado da Semana Santa.  A proibição começa a valer a partir desta terça-feira (07) e vai até o domingo (12). 

A medida faz parte de um conjunto de ações adotadas pelo Governo do Estado para evitar a propagação do coronavírus no Piauí. O objetivo é que as pessoas não viajem e não espalhem o vírus. 

“Autorizei uma regulamentação para que na próxima terça-feira (07) até o domingo, período da Semana Santa, nós tenhamos a interrupção do transporte interurbano, transporte com ônibus ou  vans. Temos cidades como Teresina, Parnaíba, São José do Divino e outras que têm ou um número grande de confirmações ou um número grande de  pessoas com suspeita de coronavírus. Queremos evitar  que o vírus, através de você, na viagem que você vai fazer, seja transportado para outro município”, afirmou.

 

Lídia Brito
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Brasil tem 553 mortes por coronavírus, diz Ministério da Saúde

Arte: Ministério da Saúde

Passados 40 dias desde a confirmação do primeiro caso da covid-19 no Brasil, o Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira, 6, que o País chegou a 12.056 casos confirmados e 553 mortes pelo coronavírus.

A taxa de letalidade está em 4,6%.

Foram 926 novos casos e 67 mortes registradas apenas nas últimas 24 horas. No domingo, a contagem do Ministério da Saúde estava em 486 mortes pela doença e 11.130 casos confirmados.

Os números são de registros oficiais, mas projeções matemáticas sugerem que eles representam apenas 10% do total real de infectados.

Conforme mostrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, para calcular o número real de casos de coronavírus no País, um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), no Rio Grande do Sul, vai usar uma metodologia similar à de pesquisas eleitorais.

Os testes começam em 15 dias, e antes do fim de maio o país já deve ter uma dimensão mais clara da epidemia.

Originalmente, o objetivo do projeto era fazer o levantamento de forma experimental somente no Rio Grande do Sul, com financiamento de R$ 1 milhão do Instituto Serrapilheira.

Mas o Ministério da Saúde logo percebeu o potencial da ideia. Antes que os técnicos fossem a campo no Sul, firmou um contrato para uma pesquisa de abrangência nacional. Será o primeiro estudo no Brasil a estimar o número de infectados com maior precisão.

 

Por Emilly Behnke e Vinicius Valfré
Estadão Conteúdo

Com Covid-19, primeiro-ministro britânico vai para UTI após ter piora no estado de saúde

Reprodução/Twitter @BorisJohnson

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, 55, foi encaminhado para uma UTI (Unidade de Terapia Intensiva) nesta segunda (6), um dia após ser internado por estar com a Covid-19, informou o governo britânico.

"Ao longo desta tarde, a condição do primeiro-ministro piorou, e por aconselhamento da equipe médica, ele foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva do hospital", afirmou o governo, em nota.

Ele se trata no hospital Saint Thomas, em Londres.

Na manhã desta segunda (6), ele escreveu em uma rede social que "está de bom humor e passou bem a noite". O premiê foi internado às 20h do domingo (5), por recomendação médica, já que sintomas da doença como febre e tosse não estavam cedendo durante o autoisolamento.

Em pesquisa feita pelo instituto YouGov nesta segunda, 45% dos britânicos opinaram que o premiê deveria se afastar do cargo enquanto estivesse doente, e 42% defenderam que ele continue à frente do governo.

Fonte: FOLHAPRESS

 

Bolsonaro avalia demitir Mandetta do Ministério da Saúde

Foto: Isac Nóbrega/PR

 

O presidente Jair Bolsonaro avalia demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, e considera substituí-lo por um nome técnico que seja defensor da utilização da hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com coronavírus.

Nesta segunda-feira (6), o presidente almoçou com os ministros palacianos e com o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), defensor do uso da substância e também cotado para a vaga. Segundo assessores presidenciais, o parlamentar tem ajudado a encontrar um nome para o posto.

Nos últimos dias, Bolsonaro tem se estranhando com Mandetta e chegou a afirmar que falta humildade ao seu auxiliar e que ele extrapolou.

O presidente tem divergido, entre outras coisas, das medidas de isolamento social defendidas por Mandetta para combater a pandemia do coronavírus. Bolsonaro adotou um discurso contrário ao fechamento de comércio nos estados, enquanto Mandetta defende que as pessoas fiquem em casa.

Após essa declaração, dada na quinta-feira (2), o ministro reagiu em seguida e disse: "Não comento o que o presidente da República fala. Ele tem mandato popular, e quem tem mandato popular fala, e quem não tem, como eu, trabalha".

Nos bastidores, Mandetta vem dizendo a aliados que não pretende pedir demissão e só sairá do cargo por decisão de Bolsonaro.

Neste domingo, por exemplo, sem citar nomes, Bolsonaro disse que integrantes de seu governo "viraram estrelas" e que a hora deles vai chegar. Em uma ameaça velada de demiti-los, disse não ter "medo de usar a caneta".

"[De] algumas pessoas do meu governo, algo subiu à cabeça deles. Estão se achando demais. Eram pessoas normais, mas, de repente, viraram estrelas, falam pelos cotovelos, tem provocações. A hora D não chegou ainda não. Vai chegar a hora deles, porque a minha caneta funciona", afirmou Bolsonaro.

"Não tenho medo de usar a caneta, nem pavor. E ela vai ser usada para o bem do Brasil. Não é para o meu bem. Nada pessoal meu", disse o presidente.

Além de Mandetta, outros ministros têm discordado de Bolsonaro nessa crise. Conforme a Folha de S.Paulo mostrou, Sergio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia) uniram-se nos bastidores no apoio ao colega da Saúde e na defesa da manutenção das medidas de distanciamento social e isolamento da população.

O trio formou uma espécie de bloco antagônico, com o apoio de setores militares, criando um movimento oposto ao comportamento do presidente.

Segundo pesquisa Datafolha realizada na semana passada, a aprovação da condução da crise do coronavírus pelo Ministério da Saúde disparou e já é mais do que o dobro da registrada por Bolsonaro. Governadores e prefeitos também têm avaliação superior à do presidente.

Na rodada anterior, feita de 18 a 20 de março, a pasta conduzida por Mandetta tinha uma aprovação de 55%. Agora, o número saltou para 76%, enquanto a reprovação caiu de 12% para 5%. Foi de 31% para 18% o número daqueles que veem um trabalho regular da Saúde.

Já o presidente viu sua reprovação na emergência sanitária subir de 33% para 39%, crescimento no limite da margem de erro. A aprovação segue estável (33% ante 35%), assim como a avaliação regular (26% para 25%).

A relação entre o ministro e Bolsonaro vem numa escalada de tensão e subiu no final de março, quando o presidente resolveu dar um passeio pela periferia de Brasília, contrariando todas as orientações do Ministério da Saúde. O giro de Bolsonaro ocorreu um dia após Mandetta ter reforçado a importância do distanciamento social à população nesta etapa da pandemia do coronavírus.

Neste domingo, Bolsonaro, que já demitiu quatro ministros (Gustavo Bebianno, Ricardo Vélez, Santos Cruz e Osmar Terra) e deslocou outros três (Floriano Peixoto, Gustavo Canuto e Onyx Lorenzoni) desde que assumiu o poder, em 2019, disse ter errado na escolha de alguns deles.

"Escolhi, critério técnico, errei alguns, alguns já foram embora. Estamos vivendo agora um novo momento. Uma crise, chegou no mundo todo, não deixou o Brasil de fora. O outro problema que vivemos é a questão do desemprego", disse Bolsonaro.

Como os auxiliares de Bolsonaro se posicionam no combate ao coronavírus:

Apoiam publicamente o isolamento total
Henrique Mandetta (Saúde)
Paulo Guedes (Economia)
Sergio Moro (Justiça)
Marcos Pontes (Ciência e Tecnologia)
Tereza Cristina (Agricultura)

Apoiam publicamente Bolsonaro e a reabertura do comércio
Abraham Weitraub (Educação)
Ricardo Salles (Meio Ambiente)
Arthur Weintraub (assessor especial da Presidência)
Onyx Lorenzoni (Cidadania)
Ernesto Araújo (Relações Exteriores)
Augusto Heleno (GSI)
Regina Duarte (Secretária Especial da Cultura)

Publicamente afirmam uma coisa e, nos bastidores, defendem outra
Damares Alves (Mulher, Direitos Humanos e Família)
Jorge Oliveira (Secretaria-Geral)
Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional)
André Mendonça (Advocacia-Geral da União)

Fonte: FOLHAPRESS

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