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Maia quer discutir com governo proposta do Senado que amplia auxílio emergencial

Foto: Roberta Aline

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), quer discutir com o governo o aumento nas despesas provocado pelo projeto do Senado que amplia auxílio a informais, idosos e empresas antes de colocar a proposta em votação.

As medidas contra os efeitos econômicos do novo coronavírus foram aprovadas pelo plenário do Senado na última quinta-feira (1º) e agora dependem do aval da Câmara.

O texto estende o auxílio emergencial (que varia de R$ 600 a R$ 1.200 por mês) a mais categorias, amplia a cobertura do BPC (benefício assistencial a idosos e deficientes carentes) e cria um programa de ajuda a empresas na manutenção do emprego diferente do anunciado pelo governo.

A equipe econômica considera a ampliação de benefícios excessiva e estima que a proposta poderá gerar um custo próximo de R$ 140 bilhões no ano. Além disso, questiona trechos do projeto que criam gastos permanentes, e não apenas durante a pandemia.

Estender despesas para os próximos anos deve comprometer ainda mais a situação das contas públicas.

Maia quer esclarecimentos sobre alguns pontos do texto, especialmente sobre o impacto fiscal. O Senado prevê que o projeto elevaria as despesas em R$ 13,9 bilhões no ano -muito abaixo do número do governo.

Segundo técnicos do Ministério da Economia, o cálculo do Senado considerou apenas a ampliação do auxílio financeiro a ser pago pelo governo a trabalhadores informais e à população vulnerável durante a pandemia.

Pelo texto, a benefício emergencial de R$ 600 será distribuído, por exemplo, a motoristas de aplicativos, associados de cooperativas de catadores de materiais recicláveis, pescadores artesanais e manicures, além de permitir que homens chefes de família recebam o dobro do valor.

Esses grupos não foram incluídos no programa já sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), cujo pagamento deve começar nesta semana, mas ainda passa por ajustes no calendário e na operacionalização -há a dificuldade para rastrear todos que têm direito.

Mas o projeto do Senado não se limita a esta medida.

O time do ministro Paulo Guedes (Economia) calculou o impacto financeiros da proposta com outros pontos. Um deles é a ampliação do BPC.

O governo e o Congresso travam uma disputa nos últimos meses sobre as regras para que idosos e deficientes possam receber esse benefício assistencial, no valor de um salário mínimo (R$ 1.045).

A proposta aprovada no Senado prevê que o BPC será pago a famílias com renda de até meio salário mínimo (R$ 522,50 mensais) por integrante.

Hoje, o teto é de um quarto do salário mínimo, ou seja, R$ 261,25 por membro da família. Esse critério de renda pode subir para meio salário mínimo se a pessoa comprovar ser vulnerável, dependendo do grau de deficiência e nível dos gastos com saúde.

Pelo texto do Senado, é analisado apenas o critério de renda. O Ministério da Economia é contra a regra, mas parlamentares defendem esse modelo.

Técnicos querem a derrubada desse trecho, pois a proposta de ampliação do BPC não seria restrita a esse ano, quando o governo está autorizado a descumprir normas de responsabilidade fiscal por causa do coronavírus.

Por isso, a medida, segundo a equipe de Guedes, precisaria de um estudo detalhado para mostrar como esse gasto será bancado nos próximos anos. O governo estima que a ampliação do BPC custaria R$ 20 bilhões por ano.

O Congresso chegou a aprovar essa mesma mudança no benefício (valendo a partir de 2021), mas foi barrado pelo Palácio do Planalto e pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

Bolsonaro vetou o aumento da cobertura do BPC e, na sexta-feira (3), o ministro Gilmar Mendes, do STF, concedeu uma decisão liminar impedindo a ampliação diante da falta de previsão de recursos para custearem a despesa.

Um terceiro ponto é criticado pelo Ministério da Economia na proposta do Senado. O texto cria o Programa de Auxílio Emprego, para que o governo possa colocar à disposição de empresários até três salários mínimos (R$ 3.135) por trabalhador formal, custeando o pagamento de salários até o fim do ano.

Para a equipe econômica, esse programa pode ter impacto superior a R$ 110 bilhões no ano, muito acima da medida anunciada por Guedes nesta semana, cuja despesa esperada é de R$ 51,2 bilhões.

O programa do governo, já em funcionamento, permite o corte de jornada, com redução salarial proporcional. O governo concederá um benefício para complementar a renda do trabalhador afetado, mas o valor é calculado com base da diminuição do salário e é limitado ao seguro-desemprego, cujo teto é de R$ 1.813.

Fonte: Folhapress

Halle Berry rebate críticas ao vídeo de seu filho de 6 anos usando salto alto

Foto: Reprodução/instagram/@halleberry

A atriz Halle Berry , 53, compartilhou um vídeo caseiro em que seu filho de 6 anos, Maceo-Robert, brinca enquanto usa uma bota de salto alto da mãe.

"Dia 12 da quarentena", escreveu ela na legenda do vídeo, compartilhado em seu Instagram. Alguns seguidores de Berry criticaram a atriz por deixar o filho usar o sapato de salto, e ela resolveu responder a esses comentários.

"Diversão inofensiva. Tentando sobreviver agora", disse a um dos seguidores. "Ele está se divertindo. Tentando lidar com o melhor que pode. O riso ajuda muito agora", respondeu a outro. "Vamos rir e ter um pouco de compaixão".

No final de 2019, Berry se envolveu em uma polêmica familiar envolvendo seu ex-marido, Gabriel Aubry, 43, com quem foi casada por cinco anos. Durante o processo de separação, ocorrido em 2011, a atriz e o modelo disputaram a custódia da filha Nahla Ariela, 11, mas somente no final de 2019 os documentos referentes à ação vieram à tona.

De acordo com o site Radar Online, Berry acusou o ex-marido de racismo, incesto e abuso perante o juiz. segundo a atriz, modelo teve um relacionamento incestuoso por anos com um membro da própria família –não identificado no processo –que só chegou ao fim quando essa pessoa resolveu pôr fim à relação. O ex-modelo teria confessado a história à atriz , o que afetou o casamento deles.

"Após os primeiros seis meses de nosso relacionamento, nossa vida sexual diminuiu e depois só fizemos amor menos de três vezes ao ano", disse a artista. Embora Aubry tenha se mostrado resistente à terapia de casal, Berry o convenceu a falar com um especialista. "Ele não reconheceu ou aceitou responsabilidades por esses problemas. Em vez disso, criticou meu corpo de uma maneira muito degradante para as mulheres".

A atriz disse ainda que Aubry se recusava a reconhecer a filha dos dois como mestiça. Além disso, na tentativa de obter a guarda de Nahla, ela alegou que o modelo tinha um histórico de doença mental. Berry argumentou que o ex-marido sofria de depressão e ansiedade social, mas se recusava a receber tratamento adequado.
À época, Berry foi condenada a pagar a Aubry 14.400 euros mensais –valor equivalente hoje a R$ 66.795– para a manutenção da criança. Ambos chegaram a um acordo amigável sobre a guarda de Nahla somente em dezembro de 2012.

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

#Quarantine Day 12 ????

Uma publicação compartilhada por Halle Berry (@halleberry) em


Fonte: Folha Press

Para combater Covid, alunos de Enfermagem conseguem na justiça antecipação de colação de grau

Foto:Ascom/Uespi

Em meio à pandemia de Covid-19, após a antecipação de colação de grau do curso de Medicina da Universidade Estadual do Piauí (Uespi), foi a vez dos alunos de Enfermagem conseguirem na Justiça decisão para a antecipação da formatura. Quinze alunos foram contemplados com tutela provisória de urgência e irão colar grau antes do previsto.

A decisão é da 2ª Vara dos Feitos da Fazenda Pública da Comarca de Teresina e foi publicada neste sábado (4). A medida dá 24 horas para que a realização da colação sob pena de incidência de multa de R$ 10 mil para a Universidade Estadual do Piauí.

A decisão aponta que a não autorização de antecipação da colação de grau dos bacharéis em enfermagem, feita pela Uespi, não foi “proporcional” ao momento de epidemia do país. 


Alunos de Medicina da Uespi em colação de grau antecipada.

“Embora a Constituição consagre a autonomia das Universidade, no presente estado de coisas, há que se relativizar esta autonomia, em função das consequências epidemiológicas causadas pelas doenças respiratórias do coronavírus. O indeferimento da colação de grau antecipada não se mostra proporcional ante a necessidade de profissionais da saúde aptos para atender e orientar os casos mais leves da doença”, contesta o documento. 

A medida reitera que a decisão é de interesse público na contenção da Covid-19 com contratação de profissionais e “não somente o interesse privado dos autores à colação de grau”.

A decisão prevê a colação com a expedição do Diploma de conclusão para o registro dos enfermeiros no Conselho Federal de enfermagem (Coren) e inscrições em editais de chamamento público de profissionais da saúde.

Valmir Macêdo
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Centros de pesquisa do país vão estudar transfusão de plasma do sangue contra a Covid -19

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

Centros de pesquisa do Brasil estão autorizados a fazer estudos experimentais com o plasma de pacientes curados da Covid-19 para tratar casos mais graves da doença.

O plasma é a parte líquida do sangue. Nele, são encontradas proteínas, sais minerais, gás carbônico e outras substâncias dissolvidas. A autorização partiu da Anvisa, agência do governo responsável por regular esse tipo de iniciativa.
Estudos realizados no exterior mostraram que o plasma teria a capacidade de encurtar a manifestação dos sintomas mais graves em pessoas infectadas pelo novo coronavírus.

Segundo informações da TV Globo, um consórcio firmado pelos hospitais Albert Einstein e Sírio Libanês, além da USP (Universidade de São Paulo) aguarda aval da Comissão Nacional de Ética e Pesquisa para iniciar os estudos.
Mas a própria Anvisa, em nota técnica divulgada na última sexta-feira (3), pediu cautela em relação ao que já se sabe sobre os benefícios do plasma.

"Estudos científicos têm sugerido resultados promissores, porém, derivam de análises não controladas e com tamanho limitado de amostras. Ou seja, eles são insuficientes para a comprovação definitiva sobre a eficácia potencial do tratamento, requerendo uma avaliação mais aprofundada na forma de estudos clínicos", disse a agência.

A Anvisa reforçou que o plasma convalescente (líquido retirado dos pacientes que se recuperaram da Covid-19) seja utilizado apenas em protocolos de pesquisa clínica "com os devidos cuidados e controles necessários, sem prejuízo do disposto em legislação específica sobre a autoridade e a conduta médica do profissional prescritor", complementou.

Os pesquisadores são orientados a recolher o plasmo nos serviços de hemoterapia espalhados pelo país e seguir todos os procedimentos de doação da substância.

Os estudos não precisarão ser aprovados pela Anvisa, mas deverão seguir as regras dos Comitês de Ética em Pesquisa (CEPs), da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep) e do Conselho Federal de Medicina (CFM).

EXTERIOR

A FDA, agência reguladora dos Estados Unidos, aprovou recentemente o teste clínico com o plasma.

Na Itália, um dos países com o maior número de mortes pelo novo coronavírus, o Hospital Policlínico de Pavia, na Lombardia, também iniciou a terapia experimental com plasma.

Na França, a Associação de Hospitais Públicos de Paris, o Instituto Francês de Sangue e o Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica também anunciaram testes com a substância.

Fonte: Folhapress

Justiça suspende decisão contra FMS sobre falta de EPIs

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A aquisição Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais da saúde em Teresina e no Piauí é tema recorrente nas discussões desde o início da pandemia do novo coronavírus. Entidades que representam os profissionais e o Ministério Público alegam a falta dos equipamentos e os governos garantem que não. 

A Justiça já foi acionada pelo MP solicitando que seja garantida o material aos profissionais e os gestores públicos destacam que estão adquirindo, mas que também há falta no mercado. 

Em uma dessas provocações, o desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, Erivan Lopes, suspendeu os efeitos da liminar, concedida pelo juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública ao Ministério Público, em que determinava que a Fundação Municipal de Saúde de Teresina fornecesse Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) a todos os profissionais da saúde em 48 horas, inclusive para terceirizados e que informasse o estoque desses equipamentos a cada três dias. 

Segundo o desembargador, a interpretação dada pelo juiz e pelo Ministério Público parte da premissa de que falta uma ação eficiente do município de Teresina para obter os equipamentos, no entanto, o que está em falta é a disponibilidade dos produtos para comercialização. 

“É público e notório que não há no mercado disponibilidade suficiente de Equipamentos de Proteção Individual (EPI´s) para uso prolongado por todos os profissionais que atuam na linha de frente do combate ao coronavirus. Vários países vêm encontrando dificuldades para adquiri-los. Recentemente, foi noticiado que parte das compras de equipamentos chineses para proteção individual que seriam feitas pelo Brasil foram impedidas pelo grande volume de produtos adquiridos pelos Estados Unidos. Portanto, não e trata de uma questão de escolha no plano ideal (do dever-ser - Sollen), mas sim de uma realidade (plano do ser - Sein)”, argumenta o desembargador. 

A decisão acrescenta ainda que a insuficiência dos recursos reclamados não está associada à uma omissão ou ineficiência do Município de Teresina, “de moto que a solução do problema não pode simplesmente ser resolvida pela medida liminar pleiteada pelo Ministério Público e deferida pelo Juízo de 1º Grau, até porque, no momento, não há como ser efetivada”.

“A documentação que instrui os autos, assim como as notícias propagadas na imprensa, revelam que não há mínimo indicativo de omissão do Município de Teresina no enfrentamento da pandemia. Ao revés, o que sobressai é o eventual abuso do poder legiferante do Chefe do Executivo municipal e das ações proativas de agentes públicos voltadas à fiscalização das medidas decretadas, que se valeriam até mesmo de cerceamentos indevidos de ordem penal”, completa a decisão.  

ESTADO

Em outra liminar, concedida pela Justiça, no dia 24 de março, o Ministério Público solicitou do Governo do Estado a mesma demanda, de garantir o EPIs aos profissionais dos hospitais estaduais. 

O Sindicato dos Médicos do Piauí (Simepi) denunciou que os médicos estão sendo expostos ao novo coronavírus nos hospitais da rede estaduais e municipais do Piauí. Segundo eles, a falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) os coloca em risco de contágio da Covid-19. A entidade afirmou que tem denúncias de médicos de todo o Estado, que estariam sendo obrigados a trabalhar sem a proteção dos equipamentos individuais. 

Mas, nesta sexta-feira(03), a Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi) informou que ainda tem estoque do material e que já foram distribuídos para os Hospitais Regionais do Estado 15.642 máscaras N95; 25.164 aventais cirúrgicos; 7.500 protetores faciais; 15 mil unidades de álcool em gel; 5 mil unidades de álcool etílico; 14 mil máscaras cirúrgicas; 105 mil luvas e 15 mil toucas.

Além dos Hospitais Regionais do Estado também receberam EPIs os profissionais de dois hospitais de referência de Teresina: o Hospital São Marcos e o Hospital Universitário, além do Corpo de Bombeiros, Secretarias de Justiça, da Fazenda, Sasc, Detran, Polícia Civil e Polícia Militar. Foram beneficiados hospitais estaduais das cidades de Marcolândia, Santa Filomena, São Miguel do Tapuio, Santa Cruz, Água Branca e Simões.

A Sesapi ainda tem em estoque 20 mil máscaras N95; 10.500 aventais; 5 mil protetores faciais; 10 mil unidades de álcool em gel; 1.000.663 luvas para procedimentos cirúrgicos; 49.500 máscaras; 65 mil toucas; 93.400 propés e mil unidades de óculos de proteção.

Foto: Sesapi

 

Caroline Oliveira
[email protected]

Juiz permite a restaurante pagar 30% do aluguel na crise do coronavírus

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O juiz Fernando Henrique de Oliveira Biolcati, da 22ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, autorizou que um restaurante da capital paulista pague apenas 30% do aluguel durante a pandemia do novo coronavírus. Normalmente, o estabelecimento paga R$ 30.568,60 de aluguel, mas pagará R$ 9 170,58, enquanto durar a crise sanitária.

"A pandemia do Sars-Cov-2 fará todos experimentarem prejuízo econômico, principalmente no meio privado. Cabe ao Poder Judiciário, portanto,intervir em relações jurídicas privadas para equilibrar os prejuízos, caso fique evidente que pela conduta de uma das partes a outra ficará com todo o ônus financeiro resultante deste cenário de força maior", ponderou o magistrado na decisão proferida na quinta, 2.

Na ação apresentada à Justiça, o restaurante alegou que "teve reduzidos as suas atividades e rendimentos, tornando-se excessivo o valor do aluguel originalmente contratado". Pediu a suspensão da exigibilidade dos alugueres durante o período da pandemia e depois propôs que pagasse 10% do aluguel durante o período da pandemia e que os valores restantes fossem pagos em dez parcelas após a reabertura do estabelecimento.

Ao avaliar o caso, Biolcati lembrou do decreto estadual que proíbe a abertura ao público das atividades de restaurante, afetando o estabelecimento. Ele também pontuou que o decreto estabeleceu a possibilidade de continuidade dos serviços de entrega e retirada. Por outro lado, ponderou o magistrado, o aluguel pago pelo restaurante é fonte de renda para os locadores

Biolcati considerou que, de acordo com o Código Civil, cabe ao juiz, corrigir a prestação quando 'por motivos imprevisíveis, sobrevier desproporção manifesta entre o valor da prestação devida e o do momento de sua execução'.

O juiz seguiu indicando que a crise do coronavírus e as medidas de isolamento decretadas para conter o vírus, 'ocasionou a queda abrupta nos rendimentos da autora (o restaurante), tornando a prestação dos alugueres nos valores originalmente contratados excessivamente prejudicial a sua saúde financeira e econômica, com risco de levá-la à quebra'.

Assim, segundo Biolcati considerou 'cabível a revisão episódica dos alugueres, com a finalidade de assegurar a manutenção da base objetiva, para ambas as partes, gerando o menor prejuízo possível a elas, dentro das condições de mercado existentes'.

O magistrado registrou ainda que a questão dos aluguéis está sendo levada em alta quantidade ao Poder Judiciário, gerando até decisões de suspensão de pagamento. No entanto, avaliou o magistrado: "Ocorre que, no caso em tela, os requeridos são pessoas naturais, presumindo-se,portanto, que a suspensão do pagamento lhes transferirá todo o ônus financeiro do qual a autora busca se livrar."

Prazos contratuais durante a pandemia

O Senado aprovou nesta sexta, 3, um projeto de lei que suspende prazos contratuais até 30 de outubro deste ano por causa da pandemia de covid-19, A proposta foi idealizada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e protocolada pelo vice-presidente do Senado, Antonio Anastasia (PSD-MG).

O projeto aprovado nesta sexta foi um substitutivo apresentado pela relatora, Simone Tebet (MDB-MS). A senadora manteve pontos como o congelamento de liminar para desocupação de imóvel urbano nas ações de despejo, mas retirou a possibilidade de suspensão de pagamento de aluguéis residenciais até outubro proposta inicialmente.

Fonte: Estadão Conteúdo

Com Thomas Bach pedalando em casa, COI lança campanha por atividade física na quarentena


Em tempos de isolamento social provocado pela pandemia do novo coronavírus, o Comitê Olímpico Internacional (COI) lançou neste domingo uma campanha para incentivar as pessoas, atletas profissionais ou não, a praticarem atividades físicas durante a quarentena.

A campanha, cujo lema é "Fique forte, fique ativo, fique saudável", foi divulgada nas redes sociais, com um vídeo em que o presidente do COI, Thomas Bach, aparece pedalando um bicicleta ergométrica em sua casa. A entidade diz que "espera por dias melhores".

"Estamos todos na mesma situação agora. Não podemos viver nossas vidas normalmente. Todos os dias temos que descobrir um novo jeito de lidar com essa crise. O esporte e o exercício físico têm um papel importante para cada um se manter saudável", afirmou Bach, em um trecho do vídeo.

O presidente do COI considera que a Olimpíada de Tóquio, remarcada para 2021 - será realizada entre os dias 23 de julho e 8 de agosto - pode ser celebrada como um grande festival de resiliência depois que o coronavírus for controlado e as medidas restritivas, interrompidas.

"Os Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, por causa da situação que vivemos agora, serão celebrados em 2021. Mas, se você estiver forte, se você estiver ativo, se você estiver saudável, vamos todos poder celebrar um grande festival de nossa resiliência, um grande festival de nossa solidariedade, um grande festival de nossa humanidade em toda sua diversidade. Então, se junte a essa campanha: esteja forte, esteja ativo, esteja saudável e sigamos adiante", disse Bach.

 


 Fonte: Estadão Conteúdo

Confúcio e experiência com epidemias ajudam Ásia no controle da Covid-19


Foto: Claudio Furlan/Dia Esportivo/Estadão Conteúdo

 

 Enquanto o Ocidente se desespera para lidar com a Covid-19 -Espanha, Itália, França e EUA registram centenas de mortos diariamente pela doença causada pelo novo coronavírus-, a Ásia exibe números de fazer inveja.

A Coreia do Sul, que chegou a ser o segundo maior foco da doença depois da China, tem uma das menores taxas de óbitos (1,69%), junto com Singapura (0,07%).

Pela proximidade com a China -onde o surto começou- e pelo número de voos que conectam os dois países, Taiwan poderia ter sido devastado pela doença, mas valeu-se da experiência adquirida durante a epidemia de Sars e registrou até agora apenas cinco mortos por Covid-19 em 24 milhões de habitantes.

Esse sucesso em enfrentar o primeiro momento da pandemia, porém, agora se equilibra em corda bamba e vários países da região tem tomado medidas para conter uma segunda onda de contaminação.

O êxito inicial da Ásia em lidar com a pandemia parece se dar não só porque a região foi a primeira a ser atingida, mas por um tripé formado pela cultura de valorização do coletivo sobre o indivíduo, estruturas avançadas de monitoramento de doentes e uso de inteligência artificial para detectar casos suspeitos.

O sudeste e o leste da Ásia estão de fato se dando melhor no controle da Covid-19 do que países ocidentais, na opinião do diplomata Fausto Godoy, que serviu o Itamaraty em 11 países do continente e hoje coordena o Núcleo de Estudos Asiáticos da ESPM. Isso se deve, diz, ao confucionismo adotado por China, Japão, Coreia do Sul e Singapura.

Nascido no norte da China em 479 a.C., o filósofo Chiu Kung -cujo nome foi europeizado para Confúcio- legou ao Oriente o pensamento de que os governantes devem ser exemplares e de que o Estado existe para beneficiar a população. Seus aforismos, como "não faça aos outros o que você não quer que seja feito a você", pregam a harmonia da vida em sociedade.

"No Ocidente, temos os nossos direitos, você deve respeitar o meu direito. Isto vem da Revolução Francesa e da declaração de independência dos EUA, segundo a qual todos os homens são criados iguais e têm o direito de perseguir a felicidade. O confucionismo é o oposto disso", diz Godoy.

"Você, eu, todos nós só passamos a ter importância quando agregamos algo à sociedade. É assim que se constrói um hospital em dez dias [erguido na China] e assim que a gente consegue fechar uma cidade como Wuhan [onde o surto começou], com 11 milhões de habitantes", acrescenta.

O quadro se completa com a predisposição dos chineses a acatarem as ordens de um governo de partido único: "Eles obedecem convictos".

Itália e EUA, lembra Godoy, estavam desatentos aos perigos do vírus e, quando se deram conta, muitas pessoas já haviam sido contaminadas."

Nosso individualismo é um grande obstáculo. O coletivismo asiático é uma grande diferença", finaliza Godoy.

A preocupação com o outro aparece também em gestos cotidianos, a exemplo do uso de máscaras, hábito que precede o novo coronavírus.

No Japão, as vendas do acessório explodiram em 2009, durante o surto da gripe H1N1, e pessoas contaminadas as vestiam para evitar o contágio de quem estava saudável. Na pandemia atual, o governo está doando duas máscaras por residência.

Após um pico de infecções no final de fevereiro, a Coreia do Sul determinou que 90% da produção local do item seria vendida no mercado interno. O governo aconselhou os cidadãos a vestirem uma por dia.

Seul também estava mais preparada desta vez pois o país enfrentou em 2015 um surto de Mers, cepa de coronavírus que infectou 185 pessoas e matou 38 coreanos.

Jegal Dong-wook, professor de medicina na Universidade Católica da Coreia do Sul, afirmou ao jornal Financial Times que desde então os hospitais contam com unidades de controle de infecção e salas de pressão negativa, usadas para isolar os contaminados.

Em paralelo, pessoas com sintomas respiratórios passaram a se dirigir primeiro a centros de detecção de doenças infecciosas, e não a hospitais, facilitando a triagem.
Aprendizado semelhante teve Taiwan, depois de lidar com a epidemia de Sars em 2003: entre março e julho daquele ano, a doença respiratória cujo epicentro era a China teve mortalidade de 27% entre os taiwaneses contaminados.

Desde então, a ilha criou mecanismos para lidar com epidemias vindas do vizinho, dentre os quais um órgão responsável por coordenar ações em nível federal e regional.

Quando Wuhan notificou a Organização Mundial da Saúde sobre os primeiros casos de Covid-19, agentes taiwaneses imediatamente passaram a entrar nos aviões e medir a temperatura de passageiros vindos da China que pretendiam desembarcar na ilha.

Na contenção do vírus, às medidas sanitárias se aliaram as tecnológicas, com o emprego maciço de inteligência artificial e de câmeras de monitoramento. Na China, forças de seguranças na cidade de Hangzhou se muniram de óculos termais, capazes de medir a temperatura de centenas de pessoas em apenas dois minutos.
Além disso, oficiais se valiam das 200 milhões de câmeras de segurança espalhadas pelo país para detectar pessoas que violavam a quarentena.

"No caso da China, por razões outras eles trabalhavam há muito mais tempo com tecnologia de identificação de pessoas por reconhecimento facial para fins de segurança interna, e agora podem aplicar esse tipo de coisa no controle da pandemia", argumenta Vivaldo José Breternitz, professor da Faculdade de Computação e Informática da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Ele coloca ainda que a adoção maciça de sistemas de vigilância tecnológicos se dá num país onde "o direito à privacidade é nenhum" e no qual os habitantes estão acostumados a seguir as ordens do governo –o que dificilmente seria facilmente aceito em democracias ocidentais.

Mesmo assim, "é de se acreditar que outros países adotarão ou já estão adotando medidas similares, pois governos estão dispostos a utilizar quaisquer ferramentas necessárias para conter a Covid-19, mesmo que estas ameacem a privacidade de seus cidadãos –a ideia é que diante dos interesses da coletividade, aqueles individuais podem ficar em segundo plano".

Após conter a transmissão doméstica, Pequim se preocupa com quem chega do exterior. Na quinta (2), o regime anunciou que endurecerá os controles de fronteira e imporá quarentena aos viajantes que entram no país por terra.

Já Singapura anunciou nesta sexta (3) que fechará o comércio e as escolas pelo próximo mês, enquanto a Coreia do Sulimpôs recentemente uma quarentena obrigatória para estrangeiros, que devem permanecerem em instalações do governo por 14 dias após desembarcarem.

 

Fonte: João Perassolo/Folhapress

Estabelecimentos são multados por descumprir decreto em Teresina

Foto: SSP

Três estabelecimentos comerciais foram multados entre a sexta-feira e sábado (4) por descumprirem o decreto da Prefeitura de Teresina que determina o fechamento do comércio. Foram autuados um depósito de bebidas, um posto de gasolina e uma loja de materiais de construções. Cada um foi multado em R$ 3 mil.

De acordo com o gerente de Fiscalização da SDU Sul, Rogério Rodrigues, no caso do posto de gasolina a irregularidade foi estar funcionado após as 19h. Já o depósito de bebidas, o motivo foi vender bebida alcóolica no local.

“Neste caso, eles poderiam vender a bebidas alcoólicas, mas pelo delivery. No local somente água de coco e suco, mas também sem gerar nenhuma aglomeração de pessoas”, explicou. A casa de materiais de construção também foi multada por estar aberta ao público. Em todos os três casos as empresas foram interditadas pela fiscalização da superintendência.

Além destes locais, as equipes fecharam cerca de 60 empresas na zona Sul nos últimos três dias. Entre os bairros visitados neste sábado estão o Parque Piauí, Vila Irmã Dulce e o Porto Alegre. “Não podemos esquecer que essa é uma medida muito importante. É um sacrifício que muitos estão fazendo e que vai salvar muitas vidas”, disse.

Da Redação
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Novo decreto restringe acesso a áreas de recreação em Teresina; taxa de isolamento é de 60%

Foto: Ascom/Semam

Para evitar ainda mais a aglomeração de pessoas nas ruas de Teresina, o prefeito Firmino Filho assinou um novo decreto suspendendo o acesso e frequência das pessoas em parques públicos municipais, áreas públicas de recreação, lazer e de práticas esportivas. Dentre elas estão as avenidas Raul Lopes e Marechal Castelo Branco, usadas frequentemente para corridas e caminhadas.

Quem for flagrado descumprindo o decreto estará sujeito a abordagens da Guarda Municipal. “As pessoas que ainda insistem fazer atividade física em muitas avenidas da capital e outros lugares abertos, poderão agora ser abordadas e dispersadas pela guarda municipal”, disse o prefeito em seu perfil no twitter.

De acordo com o decreto, a Guarda Municipal está autorizada a conter qualquer tipo de aglomeração ou grande circulação de pessoas. A medida já entra em vigor de forma imediata e deve durar enquanto estiver estabelecido o estado de calamidade pública em saúde na capital. Medidas semelhantes já foram adotadas em outros Estados e municípios, que proibiram o acesso a praias e calçadões. Os especialistas orientam um distanciamento mínimo de pelo menos dois metros entre as pessoas.

 

 

“Atividade física é sim importante nesse momento. Mas podemos nos exercitar em casa. Pessoal, é uma situação temporária. Apesar de muita gente achar que não existe perigo, preciso dizer que não só existe como estimula outras pessoas a sair de casa e fazer o mesmo. Acho que todo mundo é capaz de entender isso”, afirmou Firmino.

Para evitar as aglomerações, a Guarda Municipal já fechou mais de 2 mil estabelecimentos por estarem descumprindo as determinações. 

Taxa de isolamento sobe 

Firmino comemorou ainda nas redes sociais, o aumento da taxa de isolamento na capital, que passou dos 60%. O monitoramento é feito pelo diariamente por meio de georefenciamento.

“Boa notícia nesse domingo. Nossa taxa de isolamento subiu e chegou a 60%. Agora precisamos nos esforçar ainda mais para chegar a 73%, taxa considerada segura para que não repetirmos o cenário da Itália, Espanha e agora, Estados Unidos”, explicou, lembrando que a folga de 27% que sobra na taxa de isolamento ideal deve ser ocupada por quem precisa fazer a cidade funcionar. 

“As que executam serviços essenciais. Então, meu apelo continua. Fique em casa”, declarou.

Hérlon Moraes
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