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Fluminense descarta atuar no Maracanã mesmo se conseguir remarcar jogos

FOTO: LUCAS MERÇON/ FLUMINENSE F.C.

 

O Fluminense segue em sua batalha jurídica para não voltar a atuar em junho, mas já tem algumas definições claras para quando for entrar em campo. Ao mesmo tempo em que promete acionar o STJD para só jogar no Campeonato Carioca no próximo mês, o clube tomou a decisão de não atuar no Maracanã, especialmente porque há um hospital de campanha instalado na estrutura do complexo.

Foi lá, inclusive, que o torneio estadual foi retomado na última quinta-feira, com o triunfo do Flamengo por 3 a 0 sobre o Bangu. O presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, afirmou ser um desrespeito disputar jogos no estádio nesse momento. E se tiver êxito em sua ação no STJD para só voltar a atuar em julho, pedirá para suas partidas serem agendadas para outro estádio no Rio, como o Engenhão ou São Januário.

"Acho que não deveria ser marcado jogo no Maracanã, ao lado de um hospital de campanha. Não deveria estar tendo jogo hoje. Vamos fazer um pedido para mandar nossos jogos no Nilton Santos ou mesmo em São Januário", afirmou o dirigente em entrevista ao SporTV.

O Fluminense tem partidas agendadas pela Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro para os dias 22 e 25, diante de Volta Redonda, no Maracanã, e Macaé, em Bacaxá, pelas rodadas finais da fase de classificação da Taça Rio. Mas descarta entrar em campo, ainda mais que as atividades no seu CT serão retomadas apenas nesta sexta-feira.

Antes da volta, o clube comunicou os resultados dos testes para coronavírus realizados na segunda e terça-feira. Foram 191 exames, com quatro resultados positivos (dois funcionários administrativos e dois parentes de atletas) e um ainda inconclusivo, de um atleta, que será feito novamente no próximo sábado. Sem esse jogador, que não teve a identidade revelada, outros 38 atletas e a comissão técnica vão iniciar os trabalhos presenciais.

Fonte: Estadão Conteúdo

Em 2020, a Covid-19 matou 59 vezes a mais que a gripe em Teresina

Foto: Folhapress

Muitos associam à Covid-19 a uma "simples gripe", e a Prefeitura de Teresina (PMT) aproveita essa situação para alertar aos teresinenses que o "número de mortes causadas pela Covid-19 em Teresina já é 59 vezes maior do que o registro de mortes por gripe ou influenza". 

O dado foi divulgado nesta quinta-feira (18) e reafirma a alta taxa de letalidade da doença provocada pelo novo coronavírus.  Ele tem como base o período de 29 de março a 28 de junho. 

"A doença causada pelo novo coronavírus já tirou a vida de 238 pessoas enquanto a gripe matou quatro pacientes durante todo o ano de 2020. Em três meses, o novo coronavírus já infectou mais de 5 mil pessoas em Teresina, enquanto apenas 104 casos de influenza foram notificados na capital durante todo o ano de 2020", informa  a PMT. 

O infectologista Walfrido Salmito, membro do Centro de Operações Emergenciais (COE) da Fundação Municipal de Saúde (FMS), explica que "a Covid-19 é uma doença bem mais perigosa que a gripe por ser mais contagiosa e letal. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que a taxa de mortalidade da Covid-19 já é 10 vezes superior à da Influenza”.

Salmito acrescenta que a cada dia tem-se verificando o aumento do número de casos da doença e, consequentemente, o número de óbitos. "A FMS tem tomado todas as medidas para atender a demanda, no entanto, se muitos adoecerem simultaneamente acontecerá um aumento súbito que pode acarretar em uma sobrecarga nos hospitais”, alerta. 

Diferenças

O médico esclarece que a Covid-19, causada pelo novo coronavírus, e a gripe, causada pelo vírus Influenza, são doenças respiratórias diferentes, que podem apresentar vários níveis: desde formas assintomáticas até problemas respiratórios graves e a morte. 

“Diferente da Influenza, ainda não existe vacina para a Covid-19. Por isso, precisamos cumprir o isolamento social, que é considerado até o momento a melhor forma de contenção da doença. Pedimos que todos usem máscara, lavem as mãos com frequência, mantenham o distanciamento de 2 metros das pessoas e só saiam de casa se for necessário”. 

Conscientização

O prefeito de Teresina, Firmino Filho, usou as redes socias para mais uma vez pedir a conscientização dos moradores da cidade. 

"Para quem aprendeu a não ter mais medo da doença, por ver tantas pessoas curadas ou sequer sentindo algo mais grave, lembre: apesar de mais perigosa pra quem tem comorbiddae, a Covid-19 continua sendo uma grande incógnita. E a próxima vítima pode ser qualquer um de nós".

Firmino Filho lamenta a perda de tantas vidas que não conseguiram sobreviver as consequências graves da doença. "Se as famílias das 16 pessoas que se foram nas últimas 24h por Covid-19 em Teresina pudessem ser ouvidas nos quatro cantos da cidade, certamente falariam qued ainda tinham muito para viver ao lado de quem hoje se despedem".

O prefeito ressalta que "com o apoio da grande maioria dos que vivem em Teresina, conseguimos evitar uma tragédia ainda maior. Mas não tem sido suficiente. As UTIs estão cheias, o número de infectados só aumenta e continuamos correndo contra o tempo para cuidar de quem precisa". 

 

 

Carlienne Carpaso (com informações da PMT)
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OMS fala pela 1º vez em possibilidade de vacina para este ano

Foto: Roberta Aline


A Organização Mundial da Saúde (OMS) espera que centenas de milhões de doses de uma vacina contra o novo coronavírus possam ser produzidas ainda neste ano e outros 2 bilhões de doses até o fim do ano que vem, afirmou nesta quinta-feira a cientista-chefe da organização, Soumya Swaminathan.

A OMS elabora um planos para ajudar a decidir quem deveria receber as primeiras doses quando uma vacina for aprovada, afirmou a cientista. A prioridade seria dada a profissionais da linha de frente, como médicos, pessoas vulneráveis por causa da idade ou outra doença e a quem trabalha ou mora em locais de alta transmissão, como prisões e casas de repouso.

"Estou esperançosa, estou otimista. Mas o desenvolvimento de vacinas é uma empreitada complexa, envolve muita incerteza", disse ela. "O bom é que temos muitas vacinas e plataformas, então, se a primeira fracassar ou se a segunda fracassar, não deveríamos perder a esperança, não deveríamos desistir."

Cerca de dez imunizantes em potencial estão sendo testados em humanos, na esperança de que um possa se tornar disponível nos próximos meses para prevenir a infecção da covid-19. Países já começaram a fazer acordo com empresas farmacêuticas para encomendar doses antes mesmo de se provar que alguma funciona. Soumya descreveu o desejo por milhões de doses de uma vacina ainda neste ano como otimista, acrescentando que a esperança de até 2 bilhões de doses de até três vacinas diferentes no ano que vem é um "grande se".

Sem mutação

A cientista afirmou que os dados de análise genética coletados até agora mostraram que o novo coronavírus ainda não passou por nenhuma mutação que alteraria a gravidade da doença que causa.

A Agência Europeia de Medicamentos estimou em maio, sendo "otimista", que uma vacina poderia estar pronta em um ano. No mesmo período, a OMS ainda falava em 18 meses.

Mas muitos países já esperam desenvolvimentos até o fim do ano, até para evitar uma segunda onda da epidemia com a chegada do inverno no Hemisfério Norte. Assim, os Estados Unidos esperam distribuir 300 milhões de doses em janeiro de 2021, por meio de projetos de financiamento a laboratórios. No caso, a intenção também é dar prioridade a idosos, cidadãos com histórico médico e trabalhadores essenciais.

Na China, a empresa farmacêutica estatal Sinopharm, que atualmente prepara duas vacinas em potencial, espera lançá-las no mercado até o início de 2021. Na Europa, onde vários projetos estão em andamento, esses prazos também estão em queda. Alemanha, França, Itália e Holanda assinaram um acordo com a AstraZeneca para fornecer à UE 300 milhões de doses. Grupos farmacêuticos repetem que as vacinas serão vendidas a um preço acessível, e mesmo a preço de custo. A AstraZeneca prometeu "não lucrar nada", segundo o presidente Olivier Nataf, que estima um preço de 2 euros (US$ 2,24 ) por dose. (Com agências internacionais).

Fonte: Estadão Conteúdo

Ministério da Saúde vê estabilização na curva da pandemia e prepara protocolo de flexibilização

Foto:Erasmo Salomão/MS


Ainda com média de mil novas mortes confirmadas ao dia, o Ministério da Saúde informou nesta quinta-feira (18) avaliar que o país caminha para uma tendência de estabilização da curva de casos e mortes pela Covid-19.

A tendência, porém, ainda precisa ser confirmada nas próximas semanas.

"Quando olhamos a inclinação da curva de novos casos de Covid, dá a entender que estamos entrando em um platô e que curva se encaminha para uma estabilidade", afirmou o secretário de vigilância em saúde, Arnaldo Correia de Medeiros.

Segundo ele, a pasta diz ter verificado uma tendência mais intensa desde a última semana.

"Precisamos confirmar se tendência permanece com o passar dos próximos 15 dias, mas já conseguimos perceber que estamos talvez entrando efetivamente em um platô de novos casos", disse.

O secretário apresentou dados que indicariam, na visão da pasta, uma desaceleração da média semanal de novos casos diários.

Entre as duas últimas semanas, a média ainda teve aumento –foi de 24.915 para 25.381. O avanço, porém, foi menor do que vinha ocorrendo até então, diz Medeiros.

Já em relação às mortes, a média de novas confirmações passou de 1.014 para 970 nas duas últimas semanas, apontam os dados.

A possível tendência de estabilização na curva de casos no Brasil já havia sido citada pela Organização Mundial de Saúde.

A entidade, porém, recomendou cautela e frisou ainda que medidas de prevenção são necessárias para evitar nova alta de casos.

"Este é o momento de redobrar a cautela, pois já vimos em outros países que uma estabilização pode rapidamente se transformar em um aumento", disse na ocasião o diretor-executivo da OMS, Michael Ryan.

No mesmo dia em que anunciou ver uma tendência de estabilidade, o ministério também informou que deve lançar uma portaria com recomendações de medidas de prevenção a gestores que decidirem flexibilizar o isolamento social.

A previsão é que a portaria seja publicada até essa sexta no Diário Oficial da União.

Segundo o secretário-executivo, Antônio Elcio Franco Filho, a portaria orienta medidas de prevenção em diferentes atividades, "desde o convívio social num salão de festas até retomada das atividades".

"Ela orienta que, quando o gestor flexibilizar ações de distanciamento de acordo com avaliação da curva e capacidade de resposta da área de saúde, ele vai conseguir com medidas de prevenção mitigar contaminação coletiva da população", disse.

"Óbvio que ele vai ter que dar um passo atrás caso haja aumento da contaminação", afirmou. Ele não deu detalhes das medidas.
Questionado, disse apenas que inclui ações como uso de álcool em gel, ambientes ventilados e medidas para transporte público. Também negou que o anúncio tenha relação com a avaliação de tendência de estabilidade e disse que a decisão pela flexibilização cabe ao gestor, mas que a orientação visa que isso ocorra "com segurança".

A medida, porém, vai ao encontro da defesa de flexibilização do isolamento adotada pelo presidente Jair Bolsonaro.

AVANÇO AO INTERIOR

Ao mesmo tempo em que registra uma possível tendência de estabilização no número geral de novos casos de Covid, o país ainda vive avanço da doença no interior, afirmou o secretário de vigilância do ministério.

Atualmente, 4.590 municípios do país, ou 82,4%, já registram ao menos um caso da Covid. Do total, 2.165, ou 38%, tiveram ao menos uma morte confirmada.

A concentração de casos ainda é maior nas capitais e regiões metropolitanas, mas já é possível ver um avanço para mais cidades, aponta Medeiros.

Segundo ele, os dados gerais apontam tendência de estabilização da curva em todas as regiões, mas ainda é preciso ver o impacto da chegada no inverno no Sul e Sudeste, regiões com menor incidência de casos em comparação ao Norte e Nordeste.

Isso ocorre devido a tendência de aumento de casos de vírus respiratórios nesse período. "Estamos muito atentos ao que pode acontecer com chegada do inverno [nessas regiões]."

Após evitar comentar dados atualizados, atrasar divulgações e chegar a retirar de boletim números do total de casos e mortes pela Covid-19, o ministério voltou a apresentar nesta quinta-feira os dados mais recentes em coletiva de imprensa.

Dados da pasta apontam quem foram registrados 22.765 novos casos de Covid-19 nas últimas 24h, com 1.238 novas mortes. O balanço segue dados até 17h30 desta quinta.

Com isso, o total já chega a 978.142 casos confirmados, com 47.748 mortes pela doença.

 

Fonte: Folhapress

Prefeito Mão Santa é multado em R$ 75 mil por reabrir o comércio

A Justiça aplicou uma multa de R$ 75 mil ao prefeito de Parnaíba, Mão Santa. A sentença é da  juíza Anna Victória Muylaert Saraiva Cavalcanti Dias, 4ª Vara Cível da cidade. A decisão se deve a decreto do gestor que reabriu o comércio do município em meio à pandemia do coronavírus. 

O prefeito também fica proibido de reabrir as atividades econômicas até decreto do governo do estado autorizando.  O descumprimento pode ser enquadrado como improbidade administrativa. 

“O não atendimento pode acarretar ao infrator a prática do crime de desobediência, bem como, a prática de ato de improbidade administrativa. (....)conduta essa que pressupõe omissão do agente em realizar medidas que são dever de seu ofício, bem como de todos agentes públicos ligados a tais fatos”, diz a decisão. 

De acordo com a Justiça, a aplicação da multa se deve porque no dia 15 de abril foi determinada a anulação do decreto municipal que permitia a reabertura do comércio. Segundo a juíza, a decisão foi descumprida por pelo menos três dias. Para cada dia de descumprimento, foi aplicada uma multa de R$ 25 mil. 
 

Lídia Brito
[email protected]

Teresina altera protocolo e recomenda dexametasona em quadros leves de Covid-19

A Prefeitura de Teresina, por meio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), alterou o protocolo de abordagem clínica de casos de Covid-19 e incluiu a  dexametasona para casos leves da doença. 

O protocolo assinado pelo prefeito Firmino Filho, o presidente da FMS, Manoel Moura Neto, e infectologistas da pasta, recomenda os médicos considerar a prescrição de dexametasona 6mg/dia por dez dias se os sintomas estiverem persistindo por mais de sete dias (fase inflamatória) , sempre associada à azitromicina 500mg/dia por cinco dias. 

"Sempre que possível realizar avaliação laboratorial e radiológica prévia ao uso de corticóide", diz o protocolo. O documento também estabelece que o ideal é que uso de corticoides seja realizado em ambiente hospitalar, sob monitoramento do controle glicêmico e nível pressórico.

Em quadro moderados de Covid-19, o protocolo da prefeitura de Teresina recomenda prescrever dexametasona  6mg/dia por dez dias associada à ceftriaxona durante, no mínimo, sete dias. Nestes casos a dexametasona pode ser substituída por prednisolona 40mg/dia ou metilprednisolona 30 mg/dia. Veja protocolo

No quadro graves da doença o protocolo do uso de dexametasona é o mesmo dos tipo moderado de Covid-19.

O protocolo de abordagem clínica da prefeitura de Teresina é alterado na mesma semana em que houve divulgação de resultado de testes de pesquisadores da Universidade de Oxford, na Inglaterra. 

O mundo foi surpreendido positivamente na última terça-feira (16) com os resultados de testes, onde ficou comprovado que o corticoide conhecido como dexametasona foi capaz de reduzir as taxas de mortalidade em cerca de um terço entre os casos mais graves de infecção por Covid-19. 

Em entrevista ao Jornal do Piauí, o médico infectologista Carlos Henrique Nery fez um alerta de que a medicação é para ser usada em casos de internação.e, não, preventivamente. 

 

 

Izabella Pimentel
Com informações do Notícia da Manhã
[email protected] 

Em 3º dia com mais mortes de Covid no Rio, Flamengo joga, vence e faz eco no Maracanã

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No mesmo dia em que o Rio de Janeiro passou a marca de 8,4 mil mortes por Covid-19, registrando o terceiro maior número de óbitos (274) em um único dia desde o início da pandemia, o Flamengo venceu o Bangu por 3 a 0 na reabertura do Estadual do Rio em um Maracanã vazio, com as vozes dos atletas em campo ecoando pelo estádio.

Não teve troca de abraços na comemoração do gol de Arrascaeta, o primeiro no futebol brasileiro em três meses, desde o novo coronavírus paralisou o esporte no país. A última vez que o Flamengo havia jogado foi em 14 de março, vitória por 2 a 1 contra a Portuguesa-RJ. Na semana seguinte, o Carioca -e estaduais por todo o Brasil- foram interrompidos.

Bruno Henrique e Pedro Rocha fizeram os outros dois gols do atual campeão brasileiro.

O clima de desânimo sentido na comemoração do gol do Flamengo era um reflexo do ambiente que emanava no Maracanã. As arquibancadas estavam vazias pela proibição de público. Era possível contar quantas pessoas ocupavam as cadeiras do estádio. No meio do 1º tempo, a reportagem somou 39 no anel inferior, entre jornalistas e funcionários dos clubes.

A ausência de público fez com que os gritos dos goleiros fizessem eco nas arquibancadas. Os goleiros podiam ser ouvidos do anel superior do estádio. O momento de mais intensidade foi quando jogadores do Bangu reclamaram um pênalti, em gritaria que assustou quem não prestava atenção na partida. A narração dos locutores de rádio quebravam o silêncio.

Enquanto isso, a poucos metros de onde a bola rolava, um hospital de campanha funciona para ajudar a cidade no combate à Covid-19. O local foi construído especialmente para isso e conta com cerca de 400 leitos. A taxa de ocupação atual é 56% dos leitos de enfermaria e 77% nos leitos de UTI.

O retorno do futebol em meio a um cenário pandêmico mudou a rotina no Maracanã. Até a entrada parecia atípica. Para ingressar no estádio, a reportagem chegou a portão 12, indicado pela organização, mas não havia ninguém no local, que estava pouco iluminado. Precisou chamar a atenção de três homens do lado de dentro, atrás de uma pilastra, para entrar.

Os profissionais de imprensa presentes tiveram que passar por protocolos de segurança antes de entrarem no estádio. A exigência era de um exame negativo de Covid-19, mas foi aceito o teste rápido, que tem menos eficácia do que o PCR. Como a partida foi confirmada 36 horas antes, não era possível realizar um exame do tipo em tempo hábil.

A temperatura de todos também foi medida antes do ingresso ao Maracanã e um questionário sobre eventuais sintomas recentes ou comorbidades teve que ser preenchido. Os jornalistas ainda tiveram que atravessar um box neutralizador preventivo, que rapidamente higienizava quem passasse pelo equipamento.

Os atletas também passaram por procedimentos parecidos. Na tarde desta quinta, jogadores de Flamengo e Bangu fizeram testes da Covid-19 antes de irem ao estádio. Nas últimas 24 horas, em todo o Brasil, só São Paulo registrou mais óbitos que o Rio de Janeiro. O estado é também o segundo no número total de óbitos, atrás do vizinho paulista.

Segundo o painel mantido pela secretaria de saúde, já são 87.317 casos acumulados, sendo 354 contabilizados nesta quinta. A letalidade está em 9,63%. As internações chegam a 17.419. Já o número de internados por Síndrome Aguda Respiratória Grave são quase o dobro, 34.250, sendo que 13.008 deles passaram por UTI.

Desde a semana passada, o Rio de Janeiro vem adotando a flexibilização do distanciamento social, determinadas pelo governo do estado e pela prefeitura da capital. A Justiça chegou a barrar reabertura ordenada pelo Poder Executivo, mas a decisão foi suspensa.

No começo de junho, entrou em curso no município do Rio a fase um da retomada anunciada pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos), com a permissão para a prática de atividades no calçadão da praia, no mar e em parques e para o funcionamento de lojas de vendas de carros, móveis e decoração.

A fase 2 começou nesta terça (16), etapa em que a retomada das atividades econômicas prevê o retorno das competições esportivas, mas com os portões fechados. O jogo entre Flamengo e Bangu faz parte desse processo. O retorno do Campeonato Carioca foi definido em reunião na manhã desta quarta-feira (17), entre o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) e os clubes do estado.

O encontro decidiu, inclusive, os próximos compromissos de Fluminense e Botafogo, que são contrários à volta imediata do estadual e ainda nem voltaram a treinar. Contra a vontade dos times, suas partidas foram marcadas para segunda (22). O Vasco joga na véspera.

FLAMENGO
Diego Alves; Rafinha, Rodrigo Caio, Léo Pereira, Filipe Luís; Arão (Diego), Gerson (Thiago Maia), Everton Ribeiro, Arrascaeta; Bruno Henrique, Gabigol. T.: Jorge Jesus
BANGU
Matheus Inácio; Juliano, Michel, Rodrigo Lobão, Dante; Dieyson, Felipe Dias, Josiel, Juan Felipe; Rodrigo Yuri, Rhainer. T.: Eduardo Allax
Estádio: Maracanã, no Rio de Janeiro
Juiz: Wagner do Nascimento Magalhães
Cartões amarelos: Nenhum
Cartões vermelhos: Nenhum
Gols: Arrascaeta, aos 18min do primeiro tempo; Bruno Henrique, aos 20min, e Pedro Rocha, aos 43min do segundo tempo

DIEGO GARCIA
RIO DE JANEIRO, RJ (FOLHAPRESS)

Brasil registra 1.204 mortes por covid em 24 horas; total de óbitos ultrapassa 47 mil

Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO

 

O Brasil registrou pelo terceiro dia consecutivo mais de mil mortes por covid-19 em 24 horas. Foram 1.204 mortes registradas de ontem para hoje, elevando o total de vidas perdidas para 47.869 no País, segundo dados do levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL junto às secretarias estaduais de Saúde.

O número de casos confirmados da doença no País saltou de 960 309 para 983.359 entre quarta-feira, 17, e quinta-feira, 18, foram 23.050 novos registros em 24 horas.

O Estado de São Paulo, que desde o início da pandemia é o epicentro da doença, já tem mais de 192 mil casos confirmados do novo coronavírus. Foram 1.111 novos casos de contaminação e 325 mortes, elevando o total para 192.628 e 11.846 respectivamente. A elevação do número de óbitos acontece em um momento de flexibilização da quarentena e retomada das atividades econômicas. Nesta semana, o Estado teve o recorde de mortes nesta quarta-feira, 17, com 389 óbitos. Em números absolutos, São Paulo continua liderando o ranking nacional de mortes e casos confirmados da doença.

O Rio de Janeiro vem na sequência da lista de Estados mais afetados, com 274 mortes registradas por covid-19 e 354 novos casos da doença no período de 24 horas. Agora são 8.412 mortes e 87.317 casos no total. Se fosse um país, o Estado do Rio seria o 19º do mundo com mais infectados.

Em números absolutos, o Brasil é, desde o dia 12, o segundo país no mundo com mais mortes por covid-19, atrás apenas dos Estados Unidos, que contam 118,2 mil óbitos, de acordo com os números da Universidade Johns Hopkins atualizados até 20h desta quinta-feira. Em termos de infecção, o Brasil também está em segundo lugar no ranking mundial.

Divulgação de dados

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os jornalistas dos seis meios de comunicação, que uniram forças para coletar junto às secretarias estaduais de Saúde e divulgar os números totais de mortos e contaminados. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Jair Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia.

Mesmo com o recuo do Ministério da Saúde, que voltou a divulgar o consolidado de casos e mortes, o consórcio dos veículos de imprensa continua com o objetivo de informar os brasileiros sobre a evolução da covid-19 no País, cumprindo o papel de dar transparência aos dados públicos.

Nesta quinta-feira, a pasta informou, por volta das 18h35, que o Brasil contabilizou 1.238 óbitos e mais 22.765 pessoas infectadas pelo novo coronavírus. Com isso, segundo o Ministério da Saúde, no total são 978.142 casos confirmados e 47.748 mortes causadas pelo coronavírus.

 

Por Sandy Oliveira
Estadão Conteúdo

TJD indefere pedido de Botafogo e de Fluminense e mantém a disputa do Carioca

O presidente do Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro (TJD-RJ), Marcelo Jucá, indeferiu, nesta quinta-feira, os pedidos de liminar de Botafogo e Fluminense e manteve a tabela do Campeonato Carioca.

Por causa da pandemia do coronavírus, os clubes entraram com uma ação também nesta quinta-feira para não jogarem na segunda-feira, como determinado pela Federação de Futebol do Rio de Janeiro (Ferj) na segunda-feira no reinício da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. Ambos queriam adiar os jogos dos dias 22 e 25 de junho para 1º e 4 de julho.

"Os fundamentos jurídicos lançados pelos clubes requerentes são absolutamente razoáveis, mas se postos em uma balança conjuntamente com a soberana vontade da maioria, não podem pesar mais. Lamento pessoalmente não flexibilização das datas, pois quem mais sofrerá com isso é a competição, contudo, por outro lado, seria absolutamente leviano entender que a vontade expressa por 14 (quatorze) clubes deve ser posta de lado em razão de outros dois", disse Jucá.

Se Botafogo e Fluminense não entrarem em campo, poderão ter sua atitude considerada como abandono do torneio. Neste caso, o artigo 9º, parágrafo 2º do regulamento geral de competições da Ferj em 2020 prevê "multa e rebaixamento para a categoria, divisão ou série imediatamente inferior, no ano seguinte, em se tratando das Séries A e B, ou ficará impedida de participar no ano seguinte, em se tratando de associações da Série C".

Restam duas rodadas para o fim da fase de grupos da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca. O Botafogo é o quarto colocado do Grupo A com quatro pontos, empatado com o Bangu, em terceiro, e dois atrás do Boavista, em segundo, posição que vale a última vaga da chave.

O Fluminense lidera o Grupo B com nove pontos e pode garantir vaga direto para a final do campeonato por ter a melhor campanha geral, pois soma no total 24 pontos.

Fonte: Estadão Conteúdo

Piauí registra 14 mortes e 468 novos casos do coronavírus em 24 horas

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Piauí registrou 468 novos casos e 14 mortes de pacientes infectados pelo novo coronavírus. Os dados foram atualizados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), na noite desta quinta-feira (18). 

Com os novos números, são 12.567 casos confirmados e 435 óbitos por covid-19 desde março. 

Contudo, a Sesapi informou que os dados das últimas 24 horas foram atualizados parcialmente, por conta de uma instabilidade na plataforma do Ministério da Saúde. Em nota, o órgão do Governo do Estado afirma que "esta instabilidade frequente no sistema causa prejuízo na avaliação epidemiológica da evolução da doença". 

Metade das novas mortes confirmadas é de pacientes de Teresina, que tem 246 vidas perdidas para a covid-19. Os registros desta quinta-feira são de quatro mulheres (70, 72, 77 e 80 anos) e três homens (52, 67 e 71 anos). 

Com mais um óbito confirmado (mulher, 83 anos), Parnaíba é o segundo município na lista - 34 mortes.

União agora contabiliza seis óbitos. Foram confirmadas duas novas mortes: homens de 48 e 91 anos. 

Foi confirmada ainda a quarta morte de paciente de Luzilândia: um homem de 94 anos.  

Ribeiro Gonçalves registrou seu segundo óbito: uma mulher de 80 anos. 

 

Casos confirmados
São 188 municípios com casos confirmados do novo coronavírus - Tanque do Piauí entrou na lista. 

Entre os 468 novos casos, estão um bebê de dois meses e uma pessoa de 94 anos. 

Teresina (5.237), Parnaíba (1.619), Campo Maior (413), Barras (368) e Picos (326) são os municípios com maior número de casos. 

Situação hospitalar
Foram 30 altas médicas nas últimas 24 horas - o maior número registrado até agora. 

Nem assim, a ocupação de leitos para covid-19 diminuiu. O número de pacientes internados subiu para 740 - eram 715 no dia anterior. 

São 465 pacientes em leitos clínicos, 265 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 10 em leitos de estabilização. 

A ocupação das UTIs chegou a 68,65%. Somados leitos de terapia intensiva e estabilização, que contam com respiradores, a ocupação é de 61,94%. 

 

Fábio Lima
[email protected]

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