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Energia para atendimento das necessidade básicas do ser humano

A estrutura da demanda de energia elétrica e seu respectivo suprimento dependem das estratégias escolhidas para aliviar a pobreza de um país, e uma especialmente promissora é a alocação de recursos para satisfazer as necessidades básicas do ser humano. As implicações da política de energia num trabalho de atendimento das necessidades básicas do ser humano variam de um país para outro. A determinação dessas implicações pressupõe uma coleta detalhada de dados e análise de uso final e de sua respectiva demanda de energia, a estimativa da disponibilidade de recursos energéticos e avaliações de diferentes combinações de tecnologia de suprimento e uso de energia para atender estas demandas.
 
A falta de acesso à energia elétrica implica na privação de utilização de vários bens de consumo, muitos dos quais são instrumentos que levam a um melhor conforto e bem-estar. Nessa perspectiva, o abastecimento de energia, sobretudo nas comunidades rurais, deve ser visto como uma medida que leve cidadania às pessoas, garantindo a estas pelo menos um “mínimo existencial” energético, conceito que remete à ideia de que necessidades essenciais sejam atendidas tais como conservação de alimentos, acesso a comunicação e iluminação noturna.  
 
A pobreza energética é um conceito que vem ganhando espaço a nível mundial e sua compreensão requer o entendimento sobre as diversas formas, por vezes complexas, que este fenômeno atinge milhares de pessoas em diversos países e nas variadas condições socioeconômicas. O Índice de desenvolvimento Humano Médio (IDHM) está fortemente relacionado com o consumo de energia de uma região. Com efeito, a disponibilidade de energia elétrica é fator preponderante para o estabelecimento de melhores condições de vida das populações. Na figura abaixo é apresentada a relação existente entre IDHM e consumo de energia nos estados brasileiros no ano de 2010. Na figura, o estado do Piauí, detentor de um dos menores valores de IDHM do país, destaca-se como o que menos consome energia. Na outra extremidade está o estado de São Paulo, com maior consumo. São várias as razões intrínsecas nesta relação, dentre as quais podemos destacar presença/ausência de um parque industrial consolidado. Levar eletricidade a todas as habitações deveria ser prioridade de muitos programas voltados para as necessidades básicas do ser humano. Um enorme desafio seria a eletrificação de áreas rurais onde o acesso às redes elétricas centralizadas é dispendioso.
 
Relação entre IDH-M e consumo per capita de eletricidade dos estados brasileiros para o ano de 2010. Fonte: LIRA (2015).

 

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