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Energia deve ser destaque na COP26

Crédito: divulgação COP26

De 1º a 12 de novembro acontece, em Glasgow, capital da Escócia, a 26ª Conferência das Nações Unidas (COP-26), reunião internacional mais aguardada dos últimos anos para discussão das mudanças climáticas. Existe uma grande expectativa pelo pronunciamento das nações e as medidas a serem implementadas pelas mesmas para a redução das emissões de gases de efeito estufa até 2030. A partir do panorama atual e do planejamento apresentado por cada nação será possível estimar se o mundo está no caminho certo para alcançar a meta do Acordo de Paris, assinado em 2015, o qual definiu um limite do aumento da temperatura média da Terra numa faixa de no máximo 1,5°C a 2°C acima dos níveis do período pré-industrial.

Os gases de efeito estufa, entre eles o gás carbônico, são os principais responsáveis pelo aquecimento do planeta. A intenção do debate, mesmo que numa perspectiva de longo prazo, é eliminar até 2050 as emissões globais de carbono causadas pela queima de combustíveis fósseis. O setor de energia é responsável por um quarto das emissões globais de gases de efeito estufa. Para cumprir os objetivos do Acordo de Paris, precisamos nos afastar do carvão e investirmos em energias limpas numa velocidade 5 vezes mais célere do que ocorre atualmente. Os cenários são favoráveis: as energias solar e eólica agora são mais baratas do que o carvão na maioria dos países. Portanto, é preciso uma soma de esforços para acelerar a transição global do carvão para energia limpa que beneficie empregos, trabalhadores e comunidades. 

A expectativa é de que além das diretrizes para a redução das emissões, sejam anunciadas, durante a conferência, medidas catalisadoras para a difusão do uso das energias renováveis, além de aspectos relacionados à mobilidade urbana, sobretudo no que se refere à redução dos custos para aquisição de carros elétricos. No Conselho de Transição de Energia, os líderes políticos, financeiros e técnicos do setor de energia global estão trabalhando juntos para garantir que a energia limpa seja a opção mais atraente para a nova geração de energia para todos os países. Um documento oficial deve ser apresentado ao final da COP-26, onde serão listados os compromissos, inclusive àqueles mais específicos. A tendência é que todos os caminhos levem ao estímulo de empresas e nações a investirem na economia de baixo carbono e em energias limpas. As metas apresentadas devem ser ambiciosas. Se serão cumpridas ou não, só o tempo dirá. O certo é que há hoje um consenso de que uma transição energética baseada em fontes e tecnologias renováveis é a única maneira realista de cumprir as metas globais da Agenda das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) e do Acordo de Paris. 

 

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