Credito: Narcisa Aciko
Após duas semanas de intensas negociações, chegou ao fim, no último sábado (13/11), a COP26. O relatório final da Conferência evidencia vitórias e fracassos. Para o setor de energia, pontuaremos os três aspectos mais relevantes que farão parte da agenda de muitos países. Entenda como isso pode impactar nossas vidas. O primeiro aspecto diz respeito à mobilidade urbana. Mudar para um carro elétrico está entre uma série de mudanças no estilo de vida que provavelmente faremos. Os especialistas prevêem que os novos veículos elétricos podem custar o mesmo que os novos carros a gasolina ou diesel nos próximos cinco anos. Também é possível alugar um veículo elétrico, e há um crescente mercado de usados, onde esses veículos são mais baratos. Dezenas de países, regiões e empresas automotivas concordaram em aumentar o uso de veículos elétricos e trazer novos ônibus e caminhões com emissão zero. Enquanto isso, outros argumentam que precisamos de menos carros na estrada - caminhar e andar mais de bicicleta também pode ser uma das mudanças que faremos.
O segundo aspecto trata de como a nossa energia se tornará mais verde. Mais de 40 países se inscreveram para eliminar o carvão. Um número semelhante se comprometeu a garantir que a energia limpa seja a opção mais confiável e acessível para abastecer nossas casas e empresas. Para países como o Reino Unido, isso significará continuar a avançar em direção a fontes renováveis, como a energia eólica e solar - e possivelmente mais dependência da energia nuclear. Embora China, EUA e Índia não tenham assinado o acordo de eliminação do carvão, espera-se que os anúncios feitos em Glasgow sinalizem ao mercado que vale a pena investir em energia renovável.
O terceiro aspecto se refere à mitigação do uso da energia em nossas residências. Painéis solares e bombas de calor (em regiões mais frias) podem se tornar padrão em nossas casas. Vamos construir novas casas usando alternativas de baixo carbono para cimento e concreto - e tentar reformar as antigas. As pessoas poderão gerar a sua própria energia solar. Para isso são necessárias políticas públicas para a difusão do uso deste tipo de energia, sobretudo na criação de novas linhas de financiamento com taxas acessíveis.