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Tarifa Branca: economia em torno de 15% na fatura de energia

Créditos: pixabay

Um modelo adotado há anos pelo setor de telefonia foi implementado, desde de janeiro de 2018, pelo setor energético para consumidores atendidos em baixa tensão. Tal modalidade, intitulada “Tarifa Branca” de energia elétrica visa à transferência do consumo de energia do horário de ponta para o horário fora de ponta ou intermediário. No Piauí, a concessionária de energia elétrica estabelece como horário de ponta (horário com maior consumo) o intervalo diário de 17:30h às 20:30h (à exceção de sábados, domingos e feriados nacionais). O horário intermediário, aplicado exclusivamente aos consumidores optantes pela tarifa branca refere-se ao período de uma hora anterior e posterior ao horário de ponta. O horário fora de ponta refere-se às horas complementares ao horário de ponta e intermediário e compreende também sábados, domingos e feriados nacionais.

A tarifa branca estimula tal mobilidade de consumo através de incentivos financeiros. Portanto, o optante por esta modalidade tarifária pagará um valor bem mais caro pela energia consumida no horário de ponta, um pouco menos caro se o consumo for no horário intermediário e mais barato se o consumo ocorrer no período fora de ponta. Para a concessionária o ganho se dá na medida em que ocorre um “desafogamento” de consumo no horário de ponta, transferindo-o para horários em que o sistema fica mais ocioso. Parece simples, mas tal mobilidade implica no adiamento da construção de novas subestações para atendimento de uma demanda de energia cada vez mais crescente.

Antes de aderir à tarifa branca o consumidor deve analisar o seu perfil de consumo. Isso passa pela análise dos horários de funcionamento de equipamentos que consomem maior quantidade de energia elétrica, tais como ar condicionado, chuveiro elétrico e ferro de passar. Se o consumidor utiliza bastante estes equipamentos nos horários de ponta e não está predisposto a mudar seus horários de funcionamento, então é melhor permanecer na tarifa convencional. Cada caso é um caso! Por exemplo, numa família em que todos saem de casa cedo e só retornam após o horário de ponta, a tarifa branca pode ser atrativa. Já para uma família, na qual as pessoas usam chuveiro elétrico ou ar condicionado em horários diversos o melhor é permanecer na tarifa convencional.

Mudar horários de operação de equipamentos elétricos para se adequar à tarifa branca exige do consumidor disciplina no que se refere ao gerenciamento de seu consumo. Portanto, a mudança requer um planejamento estratégico, integrado e assimilado por todos os membros da família. É preciso que se avalie também a atratividade financeira, o que pode ser feito analisando-se, junto à concessionária, quanto custa o kWh de energia consumida nos três períodos.  Como exemplo, vamos comparar o custo do kWh da concessionária de energia do Piauí: para a tarifa convencional o consumidor em baixa tensão paga R$ 0,58 independentemente do horário. Mas se esse mesmo consumidor optar pela tarifa branca passará a pagar R$ 1,40 no horário de ponta, R$ 0,47 no horário fora de ponta e R$ 0,87 no horário intermediário. Os valores acima estão sem a incidências de impostos. A economia com a mudança pode chegar a 15% ao mês. Portanto a mudança, se não for bem planejada, pode ser um “tiro” no pé. Felizmente é dada ao consumidor a possibilidade de, uma vez insatisfeito com a mudança, retornar para a tarifa convencional.

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