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Ondas eletromagnéticas presentes no ar podem carregar celulares

Crédito: Ron Lach

Pesquisadores de várias partes do mundo estudam meios de transmitir a energia sem nenhum contato físico entre a fonte e a carga, ou seja, livre dos fios condutores. Na semana passada, uma empresa brasileira desenvolveu um dispositivo que capta ondas eletromagnéticas para carregar a bateria do celular. O fundador da empresa afirma que “o dispositivo trará uma experiência para o usuário similar ao que o wifi trouxe para o acesso à internet". Os primeiros testes foram realizados na avenida Paulista, em São Paulo, local com grande concentração de antenas, as quais no processo de transmissão usam ondas eletromagnéticas, mas uma parte dessas ondas é perdida e é exatamente essa “sobra” que o dispositivo capta e transforma em energia para o celular. Por enquanto, o dispositivo que capta essas ondas é externo ao celular e só funciona em locais com grande concentração de ondas eletromagnéticas. Com a continuidade e possível avanço da tecnologia, o dispositivo deve integrar internamente o celular e ter capacidade para captar essas ondas mesmo em locais sem uma densidade elevada de antenas.

A possibilidade de converter sinais eletromagnéticos de redes sem fios em energia não é novidade. Em 2019, pesquisadores do MIT, Instituto de Tecnologia de Massachusetts, desenvolveram uma nova tecnologia que utiliza antenas de rádio frequência flexíveis, que podem ser extremamente finas, com espessura aproximada de três átomos. Os pesquisadores acreditam que o recurso possa ser proveitoso para a área da medicina, ajudando no desenvolvimento de aparelhos bidimensionais flexíveis para diagnóstico de organismos. No entanto, a capacidade de aproveitamento das ondas de rádio frequência ainda é limitada e não passa de 30% dos sinais expostos. Os cientistas estão trabalhando para aumentar a eficiência na conversão dos sinais e permitir que as novas antenas gerem mais de 10 GHz de sinais sem fio em energia.

É importante ressaltar que em um processo de aproveitamento de ondas eletromagnéticas, algumas questões merecem atenção redobrada, como por exemplo: qual o impacto dessas ondas na saúde dos usuários? Ou ainda: esse aproveitamento das ondas não vai interferir no funcionamento dos celulares?. Contudo, o que se espera é que em um horizonte de médio prazo, associado com a chegada da tecnologia 5G, essa realidade seja cada vez mais exequível. 

 

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