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Matriz elétrica em 2031 terá participação das hidrelétricas inferior a 50%

Crédito: Frans Van Heerden

A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) divulgou recentemente o plano decenal de energia. O plano trabalha como horizonte o ano de 2031 e apresenta um cenário de como será composta a matriz elétrica brasileira naquele ano. O destaque ficou por conta da energia de origem hidráulica, a qual é produzida nas hidrelétricas. Este tipo de energia sempre teve lugar de destaque na matriz. Para se ter uma ideia, em 2002 a fonte era responsável por 91% da matriz, em 2021 a participação foi de 58% e para 2031 a estimativa é de que o índice fique em torno de 45%. 

Mas quais são os fatores que farão com que essa participação seja a menor da história sem que nenhuma hidrelétrica tenha sido desativada? O país não só deve manter as atuais hidrelétrica como provavelmente deve ter a entrada em operação de novas Pequenas Centrais Hidrelétrica (PCHs). Mas isso deve acontecer numa velocidade muito menor do que o crescimento de outras fontes renováveis, como a eólica, a solar e a biomassa. A participação da solar deve aumentar dos atuais 2% para algo em torno de 4% em 2031 e a eólica deve compor entre 11% e 12% da matriz elétrica naquele mesmo ano.

Apesar da redução, a nossa dependência em relação à energia das hidrelétricas ainda deve permanecer forte e, consequentemente, devemos sofrer ameaças de apagão toda vez que tivermos escassez hídrica como tivemos em 2021. Tal situação deve permanecer até que o mercado de baterias de grande porte tenha se consolidado, pois a partir delas será possível acumular a energia que vem do Sol e do vento para uso quando estes recursos naturais não estiverem disponíveis. Quando esse momento chegar, além de reduzir a dependência em relação às hidrelétricas, também recorreremos menos às termelétricas. O bolso e meio ambiente serão gratos.

 

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