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Nova regra de eficiência energética retira do mercado 80% das geladeiras produzidas no Brasil até 2027

Crédito: Kevin Malik

Em 8 de dezembro de 2023, o Ministério de Minas e Energia (MME) publicou a Resolução nº 2/2023, que estabelece novos padrões de eficiência energética para geladeiras e congeladores de uso doméstico. A resolução entrará em vigor em duas etapas:
- 1º de janeiro de 2024: os novos padrões passarão a valer para a fabricação e importação de geladeiras e congeladores.
- 31 de dezembro de 2025: os novos padrões passarão a valer para a comercialização de geladeiras e congeladores.

Com a publicação, ficam definidos os seguintes Índices de Eficiência Energética: na Etapa 1, 85,5% do consumo padrão e na Etapa 2, 90% do consumo padrão. Assim, a nova resolução vai garantir que, a partir de 2028, os produtos que estarão disponíveis nas lojas sejam, em média, 17% mais eficientes que os disponíveis hoje no mercado nacional.

Os novos padrões estabelecem um limite máximo de consumo de energia para cada tamanho de geladeira.  Por exemplo, uma geladeira de 200 litros não poderá consumir mais do que 225 kWh por ano. A expectativa é que os novos padrões resultem em uma economia de energia elétrica de 11,2 terawatt-hora (TWh) até 2030. Isso equivale ao consumo de energia de cerca de 3,5 milhões de residências brasileiras. Além dos ganhos ambientais, os novos padrões também podem trazer benefícios econômicos aos consumidores. Isso porque geladeiras mais eficientes consomem menos energia, o que significa que as contas de luz serão menores.

No entanto, é importante ressaltar que os novos padrões também podem levar a um aumento no preço das geladeiras. Isso porque os fabricantes precisarão investir em novas tecnologias para atender aos novos requisitos. De acordo com a Associação Brasileira de Refrigeração, Condicionadores de Ar, Ar-condicionados Industriais e de Veículos (Abrava), o preço das geladeiras pode aumentar em até 20%. Ainda é cedo para dizer qual será o impacto real dos novos padrões no mercado de geladeiras. No entanto, é certo que eles trarão mudanças significativas para os consumidores brasileiros.

 

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