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Retrospectiva energética de 2023

Crédito: Jason Villanueva

 

Segurança energética

No início de 2023, o Brasil registrava um alto nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas, superior a 70%. Isso foi resultado de um período de chuvas acima da média histórica no ano anterior. A afluência modesta no ano também contribuiu para esse cenário, assim como a inflexibilidade das usinas térmicas, que não puderam ser despachadas por conta do alto custo da energia. O nível de armazenamento nos reservatórios das hidrelétricas continuou a se manter elevado durante todo o ano, com média de 60%. Isso contribuiu para a segurança energética do país, evitando a necessidade de acionamento de termelétricas mais caras e poluentes.

Expansão das fontes renováveis

O setor elétrico brasileiro continuou a se expandir em 2023, com destaque para as fontes renováveis. A energia solar fotovoltaica e a eólica foram as que mais cresceram, com participação de 14% e 13%, respectivamente, na matriz elétrica brasileira. A energia solar fotovoltaica registrou um crescimento de 60% em 2023, impulsionada pelo aumento da demanda por energia limpa e pela queda dos custos dos equipamentos. A energia eólica também cresceu 60%, impulsionada pela expansão do parque eólico brasileiro. O crescimento das fontes renováveis contribuiu para a diversificação da matriz elétrica brasileira e para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Liberalização do mercado

O Brasil avançou na liberalização do mercado de energia em 2023. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) publicou novas regras para o mercado livre, que ampliaram as possibilidades de participação de consumidores e empresas. As novas regras permitiram que consumidores de baixa tensão, como residências e pequenos comércios, passassem a contratar energia no mercado livre. Isso representou um avanço significativo para a liberalização do mercado, que até então era restrito a consumidores de alta tensão. A ANEEL também publicou novas regras para o mercado regulado, que aumentaram a transparência e a competitividade do setor.

Principais desafios

Apesar dos avanços, o setor elétrico brasileiro ainda enfrenta alguns desafios, como a necessidade de investimentos em infraestrutura, a volatilidade dos preços da energia e o risco de escassez hídrica. O setor elétrico brasileiro precisa de investimentos em infraestrutura para atender ao crescimento da demanda por energia. Esses investimentos são necessários para expansão da rede de transmissão e distribuição, assim como para construção de novas usinas.

A volatilidade dos preços da energia é um desafio para o setor elétrico brasileiro. Os preços da energia são influenciados por diversos fatores, como a disponibilidade de água, o preço do petróleo e a demanda por energia. A volatilidade dos preços pode gerar incertezas para consumidores e empresas. O risco de escassez hídrica é outro desafio para o setor elétrico brasileiro. O Brasil é um país dependente da água para a geração de energia elétrica. As mudanças climáticas podem aumentar o risco de escassez hídrica no país.

 

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