Um ano após a morte do delegado cearense Lucas Craveiro Alves, 32, que trabalhava na Polícia Civil do Piauí, e foi vítima de latrocínio em Fortaleza, os acusados presos ainda não foram condenados. O processo está em fase de instrução. Uma audiência está marcada para a tarde da próxima segunda-feira (23), quando serão feitas as apresentações de dois dos homens acusados da morte do policial.
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Lucas Craveiro, que era delegado titular em uma Delegacia na cidade de Esperantina, que fica a 174 quilômetros da Capital, Teresina, foi assassinado, com seis tiros, na madrugada de 17 de março do ano passado, após sair de um restaurante na esquina das avenidas Washington Soares e Coronel Miguel Dias, no bairro Guararapes, na Capital cearense. A vítima teria reagido a um assalto e trocado tiros com uma quadrilha.
O delegado foi atacado pelo bando quando saiu do estabelecimento para pegar seu carro, um Volkswagen Jetta de cor branca, que estava estacionado defronte a um edifício comercial. Houve troca de tiros e um dos suspeitos, identificado como o atirador que matou Lucas, foi atingido no ombro e na perna. O policial morreu na calçada do restaurante.
Acusados
Os acusados Lindoval Vicente da Silva, 25; Francisco Rodrigo Marques Silva, 22; Francisco Renato Marques Silva, 21; Pedro Paulo Alves dos Santos, 24; Francisco Antônio Vieira da Silva, 34; Jardel de Souza Façanha, foram presos horas depois do crime.
Com a quadrilha, foram apreendidos a arma do delegado, dois revólveres calibre 38, uma pistola, 40 munições, além de materiais provenientes de outros assaltos, como notebook, vários aparelhos celulares, relógios e carteiras.
Eles tiveram as prisões preventivas decretadas e foram denunciados por roubo, latrocínio, formação de quadrilha e porte de arma. A denúncia, redigida em 13 laudas, foi assinada pelo promotor de Justiça Francisco Gomes Câmara, da Primeira Vara Criminal da Capital. A Associação dos Delegados de Polícia Civil do Piauí e do Ceará, através de seus presidentes, acompanham o processo. Os advogados da Adepol-CE, Leandro Vasques e Holanda Segundo, representam a família como assistentes de acusação no processo.
A última audiência foi realizada no dia 22 de janeiro deste ano. Na ocasião, foram iniciados os interrogatórios, tendo sido ouvidos quatro dos réus, e os dois restantes serão ouvidos em audiência marcada para o dia 23 de março. "Acreditamos na Justiça e esperamos uma punição exemplar, proporcional à gravidade do fato", afirmou o advogado Leandro Vasques.
Família
André Corsini, irmão do delegado, afirmou que a família pede um olhar mais duro da Justiça sobre o caso. "Queremos a condenação máxima para os acusados". As penas dos crimes, somadas, podem chegar a mais de 45 anos de prisão.
Na noite de ontem, às 20h, a missa de um ano da morte do delegado foi realizada na Igreja de Fátima. A cerimônia foi marcada por emoção e homenagens prestadas por parentes e amigos de Fortaleza e do Piauí, onde Lucas Craveiro atuava.
Com informações Diariodonordeste
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