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Bolsonaro: petróleo encontrado nas praias pode ter sido despejado "criminosamente"

O presidente Jair Bolsonaro disse à Agência Brasil, nesta terça (8), que as manchas de petróleo que atingem o litoral do Nordeste podem ter sido despejadas “criminosamente". As manchas, que são um tipo de petróleo cru (que não se origina de nenhum derivado de óleo), começou a ser localizado no mês de setembro e atingiu o litoral de todos os estados do Nordeste.

“É um volume que não está sendo constante. Se fosse de um navio que tivesse afundado estaria saindo ainda óleo. Parece que criminosamente algo foi despejado lá”, disse Bolsonaro ao deixar o Palácio da Alvorada, após reunião com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles.

No Piauí, o comandante Dante Duarte, da Capitania dos Portos, informou ao Cidadeverde.com que as primeiras manchas de óleo no Piauí foram identificadas na Praia do Arrombado no dia 27 de setembro. E, um dia após essa data, manchas já foram localizadas na Praia da Lama em Cajueiro da Praia. No dia 30 de setembro, o material foi recolhido nas praias Peito de Moça, Atalaia, Pedra do Sal e Coqueiro.

Nesta terça (08), o comandante reforçou que não houve alteração quanto a localização do material, permanecendo o número de  seis praias piauienses afetadas com a substância. 

As manchas seguem se movimentando pela costa brasileira. De acordo com Bolsonaro - em entrevista à Agência Brasil - a densidade da substância é “um pouquinho maior” que a água salgada, por isso, quando no mar, fica submersa.

O ministro Ricardo Salles também prestou esclarecimentosexplicou que o movimento do óleo tem sido de ida e volta do mar para a costa. “Nosso papel é agir rápido para retirar aquilo que está em solo”, disse o ministro. Mais de 100 toneladas de borra de petróleo já foram recolhidas, de acordo com o ministro. 

Ontem (7), após reunião de emergência sobre o assunto no Ministério da Defesa, o presidente Bolsonaro destacou que o óleo não é produzido e nem comercializado no Brasil e que há uma suspeita sobre o seu país de origem. Hoje, perguntado novamente, ele voltou a dizer que essa é uma informação reservada. “Eu não posso acusar um país e vai que não é aquele vai, eu não quero criar um problema com outros países”, disse.

Inquéritos 

A Polícia Federal abriu um inquérito para apurar a origem da substância. A contaminação também está sendo  monitorada por órgãos de fiscalização, como o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), além da Capitania dos Portos com assistência do Corpo de Bombeiros. 

Bolsonaro também determinou, por meio de decreto, publicado no último sábado (5), uma investigação sobre as causas e a responsabilidade sobre o derramamento do óleo. 

A Marinha instaurou um inquérito administrativo para apurar as causas e responsabilidades do desastre

 

Carlienne Carpaso (com informações da Agência Brasil) 
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