As grandes filas para a realização de cirurgias ortopédicas no Hospital Getúlio Vargas foram criticadas hoje (04) pela vereadora Graça Amorim (PTB) no plenário da Câmara Municipal de Teresina. Ela fundamentou seu pronunciamento no caso do paciente Antonio Alves Pereira, 66 anos, que sofre graves sequelas em decorrência da falta de atendimento.

Conforme a vereadora, o paciente a procurou para solicitar que intercedesse por ele no sentido de ser atendido por um ortopedista. “Antonio Pereira já fez a cirurgia, mas faltou o retorno. A perna dele ainda está cheia de pinos, nunca foram retirados e hoje o paciente não anda mais”, denunciou a vereadora.

Graça Amorim acrescentou que a revolta do paciente é maior porque não pode voltar para casa, em Piripiri, pois a quase um ano espera atendimento. “É um descaso na saúde pública. O Ministério Público tem que denunciar a situação pela qual passa hoje o HGV. A informação que eu recebi é que, para cada ortopedista que trabalha lá, há uma fila de cerca de 200 pacientes aguardando cirurgia. Isso é omissão de atendimento. Se tivesse sido atendido dentro do prazo não teria sequela. O retorno deveria estar pré-agendado”, destacou.

 

Ela aproveitou o pronunciamento para elogiar o projeto Ambulatório do Trabalhador direcionado para homens e mulheres que trabalham durante toda a semana, e até mesmo no sábado. 

“O ambulatório atenderá das 18h às 22h, de segunda a sexta-feira, as especialidades de neuropediatra, cardiologista, ortopedia, gastroenterologia, reumatologia, urologia, ginecologia, endocrinologia, dermatologia, neurologia, proctologia, odontologia e psicologia. Com investimentos na ordem de R$ 145.000,00 com recursos da própria Fundação Municipal de Saúde - FMS, o serviço contará com atendimento de 20 profissionais de diversas especialidades. Esta sim é uma boa notícia”, disse a vereadora.