Após 23 dias de greve, a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) fez uma nova proposta ao comando nacional dos bancários coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), na madrugada de hoje(11). A nova proposta eleva para 8% (aumento real de 1,82%) o índice de reajuste salarial.
A proposta será apresentada aos bancários do Piauí em assembleia nesta sexta-feira(11), às 17 horas, na sede do Sindicato no Centro de Teresina.
Fotos: Gilson Rocha /Assessoria de Comunicação
O comando de greve está orientando os sindicatos a aceitarem a nova proposta, que inclui ainda reajuste de 8,5% do piso salarial (ganho real de 2,29%) e de 10% sobre o valor fixo da regra básica e sobre o teto da parcela individual da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). A proposta também eleva de 2% para 2,2% o lucro líquido a ser distribuído linearmente na parcela adicional da PLR.
As negociações feitas ontem com a Fenaban duraram 16 horas. A compensação dos dias parados será feita de segunda a sexta-feira, até 15 de dezembro, com uma hora extra diária.
Retorno será segunda
De acordo com o secretário geral do sindicato dos Bancários, Ulisses Oliveira, a tendência na assembleia é dos bancários piauienses aceitarem a proposta.
“A categoria está aceitando de bom grado e estão razoavelmente satisfeitos, já que os banqueiros aumentaram a proposta de 6,1% para 8% e 8,5% do piso”, destacou o secretário geral.
Por isso, Ulisses acredita que há um indicativo pelo fim d greve e o retorno aos trabalhos na próxima segunda-feira(14).
Esta foi a maior greve desde 2004, quando os bancários ficaram 29 dias parados. “Vimos que nossa paralisação não foi em vão, conseguimos um avanço”, afirmou.
Atualmente os bancários do setor privado recebem cerca de R$ 1.500 e terá um reajuste de 8,5% e do setor público, que o piso é de cerca de R$ 2 mil também terá o mesmo reajuste.
Caroline Oliveira
Com informações da Agência Brasil
