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Goleada no Brasil desanima mercado de ações, diz UBS

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Goleada no Brasil desanima mercado de ações, diz UBS

O senso comum era que uma derrota do Brasil em casa na Copa do Mundo seria positiva para os mercados financeiros do país. Um revés, dizia o argumento, azedaria o humor nacional e levaria os eleitores a derrubarem a presidente Dilma Rousseff, que afundou a economia na estagflação.

A derrota por 7 a 1 para a Alemanha, ontem, contudo, foi tão esmagadora que derruba essa teoria, segundo Geoffrey Dennis, chefe de estratégia de mercados emergentes do UBS AG, que cobre o Brasil desde o início dos anos 1990.

Sim, a derrota prejudicará as chances de reeleição de Dilma em outubro, mas o resultado desigual ao mesmo tempo pode desferir um golpe na confiança do investidor e do consumidor em um país obcecado por seu esporte nacional, disse ele.

“Trata-se de uma derrota tão humilhante que você fica imaginando se ela terá um impacto negativo sobre a psique dos brasileiros”, disse Dennis, em entrevista por telefone, ontem, de Boston. “Isso confirmará para as pessoas que ‘nossa economia está mal, não conseguimos crescer e nem sequer temos uma seleção de futebol decente’”.

Com os mercados brasileiros fechados hoje por um feriado no estado de São Paulo, o iShares MSCI Brazil Capped ETF subiu 0,5 por cento mais cedo nas negociações em Nova York, enquanto os recibos de depósito americano da Petrobras somavam, 0,4 por cento às 8h17 da manhã também em Nova York.

O Ibovespa subiu 19 por cento em relação à baixa de 14 de março porque a queda na popularidade de Dilma desencadeou a especulação de que uma nova administração assumiria e ajudaria a alavancar a economia.

Desde que Dilma assumiu, em 2011, o crescimento desacelerou para uma taxa média anual de 2 por cento, o ritmo mais lento para um presidente brasileiro desde Fernando Collor, que deixou o cargo em 1992 em meio a acusações de corrupção.

As políticas da presidente, que visavam a reanimar a economia, alimentaram uma inflação anual acima dos 6,5 por cento, o limite máximo da faixa-meta do governo.

Fonte: Reuters

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