O delegado da Delegacia de Proteção aos Direitos Humanos e Condutas Discriminatórias, Emir Maia, declarou que o número de denúncias relacionadas a racismo e crimes contra a honra tem aumentado no Estado. Além do caso da empregada doméstica que alega ter sido chamada de "macaca" e "negra fedorenta", ele também citou o caso de um jovem que foi impedido de entrar em uma academia.
"A vítima foi convidada pelo proprietário da academia a não frequentar mais o ambiente, mas ele pagava as mensalidades em dia. Tudo indica que é um crime de racismo, que é imprescritível e não tem anistia", explicou o delegado.
Emir destacou que todos os dias são registrados novos casos de racismo e crimes contra a honra. "Com a nova roupagem da delegacia, estamos empenhados em investigar esses casos. Na segunda-feira (30), haverá uma audiência pública para tratar das práticas que atentam contra a homossexualidade, que são os crimes homofóbicos", disse.
A delegacia especializada funciona no Centro de Teresina, na Rua 24 de Janeiro, nº 500. Telefone: (86) 3216-5256. Emir destacou que é importante registrar as denúncias para evitar que esse tipo de crime fique impune e continue acontecendo do Estado.
Jordana Cury
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