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Caminhada em Teresina marca um mês da barbárie em Castelo do Piauí

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Um mês após a barbárie em Castelo do Piauí, que terminou com a morte de uma adolescente e outras três feridas após estupro coletivo, enfermeiras do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) vão promover uma caminhada em prol das garotas e cobrando justiça. O evento começará às 16h deste domingo (28) no Parque Potycabana e percorrerá a avenida Raul Lopes em direção a ponte estaiada. 

Batizada com o nome "Liberdade para Viver", a caminhada pede que os participantes de vistam de branco ou levem balões brancos para a avenida. A organização também venderá camisas a R$ 15. O lucro será destinado para a única das quatro vítimas do crime que ainda está internada no HUT - segundo as enfermeiras, a mais pobre de todas as garotas. 

"Como a gente conviveu com a situação dessas meninas lá no HUT quando elas chegaram de Castelo, vimos que todo mundo se revoltou com a situação, com esse fato cruel. A gente começou de início a pensar em uma caminhada de protesto contra a violência", conta Denise Dias, uma das enfermeiras que acompanhou a recuperação das garotas. 

As organizadoras da caminhada apoio para a caminhada. Um carro de som acompanhará os manifestantes. Balões brancos e flores também poderão ser vistos durante todo o percurso. As enfermeiras pedem a presença da população seja para ajudar a garota internada ou apenas protestar. "O que importa para a gente é a presença", completa Denise Dias.  

Os crimes ocorreram no dia 27 de maio. Um adulto e quatro adolescentes são apontados como suspeitos de terem violentado as quatro meninas, que possuem entre 15 e 17 anos. As garotas foram amarradas e jogadas do alto de um morro em Castelo do Piauí. Uma delas morreu no dia 7 de junho, após lutar pela vida no HUT. Ela tinha sofrido esmagamento da face e lesões no pescoço e tórax. Outras duas já tiveram alta. A última deve ter alta do HUT nos próximos dias. 

Fábio Lima
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