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Sílvio Mendes critica tamanho da máquina pública e defende reestruturação de pastas

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O candidato a governador Sílvio Mendes (União Brasil) questionou nesta quinta-feira (15) o tamanho da máquina da pública do Piauí e disse que o número de secretarias existentes na administração estadual é "maior do que o que deveria ser".

Em entrevista ao Notícia da Manhã, ele afirmou que, caso seja eleito, pretende reestruturar o secretariado e defendeu que as indicações, mesmo que políticas, tenham também perfil técnico para gerir as pastas. 

Na fala, o candidato do União Brasil fez acenos aos produtores rurais e disse que o foco do Governo do Estado tem que ser a atividade fim. Ele também criticou a gestão que é feita atualmente em órgãos como o Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (Emater) e Instituto de Terras do Piauí (Interpi) e disse que os serviços precisam ser reestruturados. 

“Eu preciso conhecer, pois os dados que temos hoje não são transparentes e nem públicos. O que eu sei é que a máquina é muito maior do que deveria ser. Sei que a atividade fim de orientar o grande, médio e pequeno do setor produtivo tem que ter assistência técnica, pois destruíram a Emater. Temos que buscar a atividade fim. A burocracia, como no Interpi, interfere no pequeno e grande produtor. Temos que acabar com isso”, declarou Sílvio Mendes. 

O candidato também afirmou que aceitará indicações políticas na gestão, desde que os nomes estejam aptos para assumir os cargos. 

“A indicação política eu aceito, desde que tenham pré-requisitos. Nada contra, agora, não ‘porteira fechada’, essa maneira indecente de governar para pode se credenciar e ganhar uma eleição. Isso não será feito, eu nunca fiz”, pontuou. 

Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde

SEGURANÇA 

Ainda na entrevista, Sílvio Mendes, afirmou que, caso seja eleito, pretende dobrar o efetivo da Polícia Militar do Piauí e estabeleceu como meta reestruturar o setor de inteligência da corporação. O candidato não detalhou quando ou com quais recursos efetivará as ações, mas avaliou ser possível com organização de gestão. "Reestruturar inteligência para prever e evitar atos violentos", disse. 

Sílvio ainda traçou o perfil que vislumbra para o secretário de Segurança que pretende nomear: “Tem que ser um gestor que separe a segurança pública da atividade política, mas tem que fazer política de segurança pública, não é o que temos visto nos últimos anos. Segundo, é chamar alguém que decida acabar com esse flagelo que acontece no Piauí”, explicou. 

COMPOSIÇÃO POLÍTICA

No campo político, Sílvio Mendes disse que somente é candidato devido ao apoio do Progressistas, comandado pelo ministro Ciro Nogueira. Ele também pontuou que a decisão de filiar-se ao União Brasil foi feita com base em uma estratégia política para as eleições. 

“Por que sou aliado do Progressistas? Porque sem o Progressistas eu sequer seria candidato. Se o governo fosse bom, eu também não seria. Eu sou candidato por convicção”, disse. “Agora, dentro dessa confusão, mais de 30 partidos no Brasil, por uma questão de estratégia de campanha eu fui para o União Brasil”, completou.  

Sílvio Mendes ainda reforçou a posição de se manter neutro em relação ao pleito presidencial.

“Eu preciso pensar muito para tomar uma decisão, olha a importância, então, da questão nacional eu me abstenho, qualquer que seja o presidente eu sentarei para conversar”, disse. 

O ex-prefeito também relatou que a decisão em nada influenciou a relação como ministro Ciro Nogueira, aliado de Jair Bolsonaro (PL), candidato a reeleição. 

“Eu não tenho nada a ver com isso. Não tenho nenhum compromisso com o Ciro, seria indecente, assim como nuca tive com o Firmino [...] Eu vou governar com os prefeitos, com quem me apoiar, agora, não será de qualquer jeito”, frisou. 

Foto: Renato Andrade/ Cidade Verde

SAÚDE

Na Saúde, Sílvio Mendes garantiu ser possível construir 11 novas maternidades com recursos próprios que serão distribuídas nas cidades pólo do estado ao longo dos quatro anos de gestão. Ele destacou que a mortalidade infantil no Piauí tem taxas acentuadas e que, portanto, essa deve ser uma prioridade. 

“Fizemos em Teresina três maternidades e ampliamos do Buenos Aires que é a melhor da capital. Estudamos a população e suas necessidades. Até gestantes de cidades importantes como Picos são transportadas para Teresina para ter seu filho e morrem no caminha. Isso não é justo. A mulher tem que ser protegida no seu direito básico de ser mãe”, destacou. 

AGRONEGÓCIO 

Sílvio Mendes seguiu avaliando o atual cenário do agronegócio no Sul do estado e fez acenos ao setor privado. “Quando você vira as costas para o setor produtivo só pode dar no que dá. Um Piauí ruim, onde a competitividade está lá no fim da fila”, analisou. 

 


Paula Sampaio
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