Foto: Renato Andrade/Cidadeverde.com
Por Breno Moreno
Iniciada em 2022, a obra de restauração do prédio da Estação Ferroviária de Teresina foi alvo de atos de vandalismo antes mesmo da sua conclusão. Parte da estrutura onde o trabalho de pintura já havia sido finalizado foi tomada por pichações. A recuperação do edifício está orçada em cerca R$ 12 milhões, oriundos de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado com uma empresa autuada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) por destruir sítios arqueológicos no Sul do estado.
“É uma obra fantástica onde estão sendo investidos R$ 12 milhões. A empresa está fazendo a restauração com muito esmero, buscando fortalecer os detalhes da obra que é um ícone para a sociedade e cidade de Teresina. Mas à medida que a obra vai avançando, que vão sendo pintados os muros, eles vão acompanhando também, depredando. É isso que está acontecendo, a empresa já fez vários boletins de ocorrência”, lamentou Teresinha Ferreira, superintendente do Iphan no Piauí.
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Inaugurado em 1926, o prédio da Estação Ferroviária de Teresina passa por sua primeira reforma mais ampla. Além da restauração, a estrutura deve abrigar a sede da superintendência Iphan-PI e um espaço reservado para exposições de artefatos e pesquisas arqueológicas desenvolvidas no Parque Nacional da Serra da Capivara. Apesar disso, a gestora reclama da falta de cuidado da própria população com um patrimônio histórico importante para a cidade.
“A partir do momento que vai avançando o restauro, essa obra está sendo depredada com as pichações. Isso é muito triste, porque é o dinheiro público que está sendo destruído. A partir do momento que esta sendo restaurado um prédio que tem importância para a cidade e ele está sendo pichado, só quem vai sofrer as consequências é a própria sociedade”, pontua Teresinha Ferreira.
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A obra de restauração está sendo executada por empresa do Rio de Janeiro, que já realizou trabalhos semelhantes em prédios históricos de outras cidades do país, foi contratada para executar os serviços de reforma e restauração do prédio, tombado em 2013 pelo Iphan por conta do seu valor arquitetônico e importância histórica para Teresina e o Piauí. “Quando o prédio for concluído, vamos organizar e trabalhar a questão da manutenção e cuidado do prédio”, enfatizou a superintendente.
Após a conclusão da reforma, a Estação também se tornará um complexo cultural e exibirá obras de arte de artistas de renome nacional como Píndaro Zerbinatti, Afrânio Pessoa Castelo Branco, Fátima Campos, Mestre Dezinho, Nonato Oliveira, Ivan Serpa e outros que integram o acervo do antigo Banco do Estado do Piauí (BEP) que foi doado ao Iphan do Piauí.
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