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Entenda o que motivou a prisão de mais um suspeito de envolvimento na morte de Samynha

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Foto: Reprodução

Por Bárbara Rodrigues

Pedro Teixeira Soares Neto, preso suspeito de participação na morte da influencer Samynha Silva, em depoimento alegou que seria corretor de veículos, ao justificar o motivo de estar em posse do carro que teria sido usado no assassinato. A jovem foi morta em outubro de 2023.

Pedro é alvo de investigação no segundo inquérito do DHPP sobre a morte da blogueira. O primeiro inquérito realizado para investigar a morte de Samya Silva foi concluído em fevereiro deste ano, e resultou no indiciamento de quatro pessoas que teriam participado diretamente do assassinato. São elas: Felipe de Sousa Amorim e sua companheira, Raimundo Nonata Vitória da Silva; Davdy Jhorrany Moreira Dourado e Israel Boanerges Ribeiro de Sousa.

Como o crime envolve uma organização criminosa, foi aberto um segundo inquérito, já que outras pessoas podem ter participado indiretamente para que o crime fosse realizado.

Foto: Reprodução/ Instagram 

A delegada Nathalia Figueiredo afirmou que apura o fato de ter sido repassado para Pedro Neto um carro que foi usado para dar apoio ao assassinato. Ele é apontado como membro da mesma facção criminosa responsável pelo assassinato. 

"No primeiro inquérito que foi instaurado para investigar a morte da Samynha, a gente teve acesso a diversas imagens. E nessas imagens foi visualizado esse veículo de cor branca prestando apoio à moto, tripulada por duas pessoas, que realmente foram os responsáveis por realizar os disparos. Esse veículo prestou apoio. A gente tinha, inclusive, imagens em que a gente vê o momento que o atirador, o David, já indiciado no primeiro inquérito, entra nesse carro e sai pouco tempo depois. Então, é o momento que a gente acredita que teria sido repassada a arma para ele. Essa arma que a gente, no primeiro inquérito, já constatou que pertencia a Felipe, que também já foi indiciado", explicou.

Pedro nega envolvimento na morte, e alegou que recebeu o veículo sem saber que ele teria sido usado no crime. "Ele afirma que o veículo foi repassado para ele, após a morte da Samya, mas que não teria nenhum envolvimento com a morte dela, que não sabe quem foi, que não teria, assim, nenhum tipo de envolvimento", disse a delegada, que informou que no início deste ano o veículo foi localizado.

Foto: Bárbara Rodrigues/Cidadeverde.com

A polícia apura se ele recebeu o veículo já sabendo que tinha sido usado no assassinato, já que seria membro da mesma organização criminosa dos acusados que já foram indiciados. “Ele disse que foi repassado, que ele trabalha como corretor. Eles trazem sempre para gente uma atividade lícita para justificar. Então, ele disse que como corretor, repassaram esse veículo para ele, mas é uma coisa estranha. Se ele sabia que tinha um problema, por que ele ficaria com o carro?”, questionou a delegada.

Nathalia Figueiredo disse que no momento não é possível dizer quantas pessoas podem ter participado do crime. “A investigação de organização criminosa é muito complexa. Tanto que a gente instaurou um segundo inquérito para ver o desmembramento, o desenrolar de todos esses fatos. Então, é muito prematuro chegar e trazer quantidade de pessoas envolvidas. Agora, uma coisa certa, quem tiver envolvido vai ser responsabilizado criminalmente”, destacou.

O preso já tem passagem pela polícia e é investigado por vários crimes, inclusive é um dos réus na ação penal sobre o roubo da aeronave do médico Jacinto Lay, em janeiro de 2023. A polícia espera com a prisão conseguir mais informações sobre o homicídio.

 "Olha, ele já é investigado em outros inquéritos, inclusive, com elementos de que ele faria parte de uma facção criminosa. Já foi, inclusive, investigado em crime de homicídio. Nós estamos atentos ao fato de que o veículo foi repassado para ele após o fato. Ele está preso de forma temporária. A prisão temporária é uma prisão investigativa. Se, ao final, for constatado que ele teve participação, que ele tem alguma ligação com o fato, certamente será indiciado. Se não, será pedido a revogação da prisão temporária dele e não haverá indiciamento. Mas tudo isso virá através da investigação”, afirmou.

Foto: Tiago Melo / TV Cidade Verde

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