Aproximadamente 100 ambulantes que vendem aparelhos celulares na Praça da Bandeira realizaram um protesto em frente ao Palácio da Cidade, sede da Prefeitura Municipal de Teresina, nesta sexta. O motivo é a apreensão no início desta manhã de toda mercadoria vendida por ele.
Fotos: Carlos Lustosa Filho/CidadeVerde.com
Os cartazes que dizem “Queremos trabalhar somos cidadãos” e “Um dia antes do Dia do Trabalhador foi a demissão de todos” os camelôs mostram sua indignação.
“Fiscais e policiais do Rone levaram aproximadamente 200 celulares importados, da gente que trabalha aqui”, conta Adriano Flor, presidente da Associação de Microempreendedores e Trabalhadores Informais de Teresina.
Adriano Flor
José de Freitas, que apresenta um problema na perna esquerda, estava trabalhando na praça há um mês. “Eles pegaram 25 celulares, chips e carregadores de dentro da minha bolsa. Eu preciso trabalhar para fazer minha operação”, indigna-se.
Paulo César Pereira de Oliveira está tentando formar uma associação entre os cerca de 120 vendedores de celulares que trabalham na Praça da Bandeira. “Ninguém é bandido ou ladrão. A feirinha do celular já é conhecida no Piauí inteiro, vem gente do Pará, Tocantins e Amazonas. O que nós queremos é trabalhar”.
Os camelôs querem que a Prefeitura devolva todos os aparelhos levados e arrume um local para que eles possam trabalhar.
Ação nas praças será contínua, garante Prefeitura
A gerente de controle de fiscalização da SDU Centro/Norte, Lílian Guimarães, descreve que a operação surgiu da necessidade de desocupar a Praça, que está passando por processo de tombamento.
“Essa não foi uma ação contra a venda de produtos sem nota, mas para a retirada dos ambulantes de um espaço público, já que ninguém tinha licença”, declarou.
A gerente afirma que foram identificados camelôs que já possuíam bancas no Shopping da Cidade ou Espaço Cidadão e que mesmo tendo os boxes estavam na praça da Bandeira.
Ela diz ainda que a ação será continua, principalmente na praça da Bandeira e na praça Rio Branco, onde os ambulantes já tentam voltar e que a polícia foi chamada por motivo de precaução. A devolução do material apreendido está dependendo de um cadastro que os ambulantes devem fazer na SDU, no qual assinarão um termo se comprometendo a não voltar para a Praça.
Lílian Guimarães disse que vai receber uma comissão dos ambulantes e os que não tiverem boxes estará providenciando bancas no Shopping Cidadão e/ou no Espaço Cidadão.
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Flash de Carlos Lustosa (da Prefeitura)
Redação Caroline Oliveira
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