O secretário estadual de Segurança Pública, Robert Rios, criticou duramente as declarações do deputado federal Marllos Sampaio (PMDB/PI), que ameaçou sair da base de apoio ao governo caso a Polícia Civil seja extinta.
Thiago Amaral/Cidadeverde.com
Para Robert Rios, a declaração foi infeliz e Marllos Sampaio está de "TPM" (sigla de tensão pré-menstrual, usada metafóricamente para indicar momentos de nervosismo e descontrole) e "em três dias isso passa". O secretário afirmou que não levará a sério o que o deputado disse. "Ninguém nem vê.
Em entrevista no telejornal Notícia da Manhã desta segunda-feira (2), Marllos Sampaio disse: "Quem quer que tenha dado essa declaração está totalmente fora do mundo. É uma declaração estúpida e se o problema for a greve vamos resolver. [...] Se isso for concretizado eu saio do governo e vou para a oposição. Eu sou delegado e sei da importância da polícia para o Piauí. Isso é inconstitucional".
Robert Rios rebateu dizendo que Marllos Sampaio não é delegado, pois está trabalhando em Brasília/DF como deputado federal. Criticou ainda o ex-delegado do Idoso afirmando que o mesmo foi o que menos abriu inquéritos na história da Polícia Civil: 65 em cinco anos e meio, número que alguns delegados chegam a fazer em um mês, de acordo com a Secretaria de Segurança.
Marllos responde - Ampliada às 19h22min
Sobre as declarações, Marllos Sampaio explicou que maioria dos crimes contra o idoso são tipificados como Termo Circunstânciado de Ocorrênia. Por conta disso, o deputado apresentou projeto para aumentar a pena dos casos e viabilizar a abertura de inquéritos. Além disso, o ex-delegado afirma que passou dois anos fazendo um trabalho educativo para encorajar os idosos a denunciarem.
Além de considerar o termo TPM um "deboche" do secretário, Marllos Sampaio estranhou a postura de Robert Rios. "Não retiro uma palavra que disse no programa da Nadja (Rodrigues, Notícia da Manhã). Acho muito estranho depois de uma declaração de manhã cedo que eu dei na TV o secretário retrucar, quando eu nem citei o nome dele. Apenas pedi prudência, que se entre em um acordo. [...] Não é confrontando uma categoria que você vai conseguir chegar a um acordo."
Yala Sena (flash)
Fábio Lima (Da Redação)
