No próximo quadriênio, o Piauí vai ganhar 45,6 mil unidades habitacionais populares. Com o incremento do programa “Minha Casa, Minha Vida”, o Estado viu ser incrementado em R$ 2 bilhões os recursos para combater o déficit habitacional da população.
“Tínhamos recursos de R$ 14 bilhões. Agora são R$ 16 bilhões. Esse recurso será empregado na construção de casas por todo o Estado. Somente em Teresina, serão concentradas 70% das unidades habitacionais”, explica o diretor presidente da ADH, Gilberto Medeiros.
Caso seja implantado em sua totalidade, o programa será capaz de gerar cerca de 20 mil empregos diretos no Estado. Entretanto, o gestor da ADH adverte para que a possibilidade da falta de mão-de-obra para cumprir os cronogramas de obras.
“O nosso grande obstáculo ainda é a falta de profissionais especializados. Os trabalhadores têm que despertar para a capacitação. Vai ter muito emprego, mas só pra quem estiver realmente apto a cumprir as demandas do mercado”, alertou Gilberto Medeiros.
A expectativa é que os novos recursos auxiliarão a reduzir em 30% o déficit habitacional do Estado. As áreas de implantação dos residenciais ainda não foram especificadas.
Para concorrer
As regras mudaram para se adequar ao perfil do público. Para concorrer a uma casa da ADH ainda é necessário ter renda familiar mensal de 0 a 10 salários mínimos. Os benefícios continuam para os deficientes físicos e idosos.
As mulheres receberam um incentivo especial. Foi extinguida a necessidade da assinatura do cônjuge para concorrer a uma unidade. “As pesquisas mostram que muitas mulheres são chefes de família e nem sempre contam com a presença masculina. Por isso a facilidade. Elas têm menos interesse de vender o imóvel”, informou o diretor-presidente da ADH.
Também foram incluídas nas prioridades moradores de áreas de risco, áreas insalubres e flexibilidade para a regularização fundiárias de imóveis irregulares.
Lívio Galeno
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12/05/11, 14:09