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O ambientalista Cleonilson Costa denuncia um cenário de poluição na prainha às margens do Rio Piracuruca. De acordo com o especialista em Direito Ambiental, o esgoto proveniente do lixo acumulado em bares e hospitais do município deságua diretamente no rio, sem qualquer tipo de tratamento. 

                      Fotos: Cloenilson Costa

Segundo Costa o problema vem ocorrendo há anos e a situação tem afastado muitos banhistas devido a sujeira e intenso mau-cheiro. "Os proprietários dos bares contam que muitos clientes deixam de visitar o local, considerado ponto turístico da cidade. As pessoas que ainda banham no rio são turistas que não sabem da situação e também do risco que correm de se contaminarem com a água suja", ressalta. 


O ambientalista, que desenvolve também trabalhos relacionados a matança de animais nas rodovias do Piauí e a poluição do Rio Poti, conta ainda que outro problema na região é o acesso à prainha. Cleonilson Costa destaca a situação da Ponte de Ferro de Piracuruca, que segundo ele, está totalmente destruída.


"Além da poluição do rio tem ainda a questão do acesso ao local que fica bastante prejudicado quando a ponte central da cidade é interrompida. A Ponte de Ferro e a estrada  do Riacho Tucuns estão destruídos sem iluminação, o que dificulta o acesso à prainha. Diante da situação os moradores chegaram até a improvisar a passagem da ponte com pedaços de madeira. Quem passa por ali corre inclusive o risco de cair", finaliza.


O prefeito Raimundo Alves Filho (PSDB) nega que o esgoto dos hospitais e bares desaguem no rio. O gestor ressalta que o canal, que aparece nas imagens, trata-se de uma canal pluvial. "O lixo da maternidade e do hospital são recolhidos e levados diretos para o aterro sanitário. O canal serve para escoamento das águas das chuvas, para evitar inundação", destaca.


Em relação a questão da ponte de ferro, o gestor explica que se trata da Ponte Ferroviária que está desativada há alguns anos, quando foi interrompida a passagem de trens. "O local foi construído para a circulação de trens e não de pessoas e já está desativado há algum tempo, por isso não há iluminação no local". 


 

Em relação a administração, o prefeito conta que ainda enfrenta dificuldades herdadas pela gestão anterior, principalmente relacionado à falta de documentação. 


"A transição na cidade foi bastante complicada e podemos dizer que começamos tudo do zero. Mesmo assim, todas as unidades de saúde estão funcionando, as aulas nas escolas terão início no próximo dia 25 e os servidores municipais foram pagos dentro do próprio mês e estamos intensificando a questão da iluminação e limpeza pública", destaca Raimundo Filho. 


Graciane Sousa (Especial para o Cidadeverde.com)
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