Em pronunciamento nesta segunda-feira (8) na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Antônio Félix (PSD) pediu o afastamento da diretora do Hospital Regional de Campo Maior, Juliana Linhares. Ele teve requerimento nesse sentido aprovado em plenário, segundo o site da Alepi. Em nota, a diretora rebateu as acusações feitas pelo parlamentar, entre elas de tentativa de intimidação. 

Félix classificou a diretora como uma "estrangeira" e denunciou o que seriam maus-tratos por ela cometidos. “Já na entrada do hospital eu fui intimidado a não acessar o estabelecimento. Eu denunciei ao secretário de Saúde e lá constatei a tentativa de intimidação aos servidores. Recebi um relatório denunciando as “atrocidades” cometidas pela atual diretora. São 200 servidores, dos quais 70 prestadores de serviços e 60 gratificados”, declarou. 

“O descaso no hospital é tão grande... uma ditadura contra servidores, que denunciaram os desmandos cometidos pela diretora. Inclusive os servidores colocados pela diretora. Os blocos de receituários ficam com esses servidores. Os médicos não ficam com os receituários. E tem que pedir a eles sempre que precisam receitar algum medicamento. Há desvio de função. Serviço gerais é secretária da diretora. Um técnico em raio X mora em Fortaleza. Outro absurdo são os exames de ultrassonografia feitos de madrugada. As refeições são distribuídas como se fosse para peão”, denuncia o relatório.

À tarde, Juliana Linhares divulgou nota rebatendo as denúncias feitas pelo deputado. Ela afirma ter encontrado vários problemas de desorganização administrativa e assistencial quando assumiu o cargo, em abril de 2011. Segundo a diretora, normas e rotinas foram estabelecidas para melhorar a qualidade dos serviços.

"Enfatizamos que não existem atrocidades ou mesmo maus tratos a funcionários e usuários do Hospital Regional de Campo Maior por parte desta Direção Geral, sempre procuramos tratar todos os profissionais da casa com respeito e seriedade, como também nos colocamos disponíveis para todos os esclarecimentos solicitados e respondemos a todas as fiscalizações realizadas durante esta atual gestão", diz a nota.

Sobre a falta de liberdade para prescrever receituários, Juliana Linhares afirma que os próprios funcionários escolheram o diretor clínico através de eleição e todos os protocolos de prontuário, medicamentos e material precisam passar por ele. Sobre desvios de função, a diretora explica que alguns servidores foram "convidados a fazer parte das Comissões que compõe a estrutura administrativa do Hospital".

A respeito do técnico em Radiologia que mora em Fortaleza (CE), a diretora confirma Athanasius Madeiro Tsirmpas é efetivo do quadro da Secretaria de Sáude e "a Direção Geral procura encaixá-lo da melhor maneira possível nas escalas do setor de radiologia, pois o mesmo exerce normalmente suas funções básicas e esforça-se para não perder seu vinculo efetivo de servidor do Estado do Piauí". 

Juliana Linhares esclareceu que os exames de ultrassonografia são feitos entre 6h e 7h da manhã para pacientes internados ou em horários variados quando solicitado. E negou que ter conhecimento de problemas na alimentação, elaborada por três nutricionistas que trabalham em regime de plantão. 

Por fim, a diretora desmentiu o deputado afirmando que o mesmo visitou o hospital sem maiores problemas. "Informamos a todos que ao contrário do que foi relatado, o Excelentíssimo Deputado Estadual Antonio Félix, visitou as dependências do Hospital Regional de Campo Maior, na sexta feira, 05 de Julho de 2013, aproximadamente às 20h, acompanhado de vereadores do município, na ocasião o Excelentíssimo Deputado e Comitiva, foram gentilmente recebidos pela Psicóloga Elenice Macedo que se disponibilizou em apresentar as dependências do Hospital aos mesmos, a referida Psicóloga informou a esta Direção que foi atenciosa e gentil com as autoridades que visitavam a unidade", concluiu.

O jovem Isac Alves da Costa, 22 anos, foi assassinado na manhã desta segunda-feira, 08, após uma discussão em um bar que fica na BR-343, próximo a secretaria de Saúde em Campo Maior.

 

A mãe do jovem conta que o filho foi morto na presença do irmão. "Meu filho se desentendeu com um homem identificado por Louro que durante a briga teria colocado um celular na boca do acusado. Neste momento, Louro pegou uma facada e desferiu um profundo golpe abaixo das costelas dele que caiu morto. Meu outro filho pensou que o irmão estava bêbado, mas ele já tinha era morrido”, disse Rosa Alves.

A vítima residia no Bairro Cidade Nova com uma avó e havia havia retornado, recentemente, de Teresina. Em Campo Maior, Isac Alves trabalhou como ajudante no Mercado Público e vendedor de picolé.

Equipes do IML estão no município para remover o corpo para Teresina, onde será periciado. O homicídio foi registrado no 1º Distrito Policial de Campo Maior e a polícia realiza diligências para capturar o acusado.