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Pesquisa brasileira: cobra cega pode ser usada para curar cirrose

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O fígado é um dos órgãos mais formidáveis do corpo humano. Dentre as suas funções estão: a) produção da bile; b) síntese do colesterol; c) armazenamento e liberação da glicose; d) desintoxicação do organismo; e) transformação de amônia em ureia; f) processamento de drogas e hormônios; g) metabolismo das proteínas; h) destruição das células sanguíneas desgastadas e bactérias; dentre outras. Diante da sua importância podemos afirmar que as doenças que o acometem podem comprometer fortemente o corpo humano.

A cirrose hepática é uma doença fatal para quem é acometido. A cirrose é fruto de um conjunto de lesões causadas no fígado, ou decorrentes de alcoolismo crônico ou com outras causas como hepatite ou intoxicações causadas por drogas ao fígado. Na tentativa de se recuperar, o fígado passa por um mecanismo de autorreparação, com uma superprodução de colágeno (fibrogênese). Este processo de cicatrização, de modo intenso, promove a falência do fígado, provocando a morte.

Uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e Instituto Butantan, envolvendo pesquisadores da Universidade de Surrey, no Reino Unido, concluiu que células especiais do fígado de cobras-cegas (Siphonops annulatus) chamadas de Melanomacrófagos são responsáveis por digerir colágeno. Testadas em ratos, que possuem o fígado com as mesmas características do fígado humano, as células agiram destruindo os excedentes de colágeno, causa primária da desativação do fígado por ação contínua da “cicatrização” causando a temida degradação hepática.

Os testes ainda estão no início, mas os cientistas veem como muito promissores os resultados. Atualmente a única estratégia para resolver o problema da cirrose hepática é o transplante de fígado.

Até a próxima.

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