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Tesouro vê déficit de R$ 400 bi no setor público em 2020 com crise do coronavírus

Foto: Pixabay/Reprodução Gratuita

O Tesouro Nacional estima que o déficit do setor público consolidado, que inclui estados e municípios, vai se aproximar de R$ 400 bilhões neste ano se consideradas as medidas econômicas de mitigação da crise do novo coronavírus e a queda prevista na arrecadação.

Considerando apenas o governo central (que reúne Tesouro, Banco Central e Previdência), o rombo previsto está ao redor de R$ 350 bilhões. "Ao que tudo indica, pelo conjunto de medidas já anunciadas e de perda de arrecadação que poderá ser ainda maior do que aquela já projetada no primeiro relatório bimestral, o déficit primário do Governo Central, em 2020, poderá alcançar ou superar a cifra de R$ 350 bilhões", afirma o Tesouro.

O órgão demonstra preocupação em relação aos riscos provocados pela expansão de gastos do governo e defende que essas despesas não sejam prolongadas para além de 2020.
"Enquanto a expansão da despesa para combater os efeitos da crise do Coronavírus ficar restrito a programas temporários, ou seja, despesas que começam e terminam neste ano, não deverá haver problemas para a retomada do ajuste fiscal estrutural", diz em nota.

Apesar das preocupações, as medidas anticrise são vistas no Tesouro como necessárias. "A piora fiscal deste ano é justificável, no Brasil e no mundo. Mas temos que ter cuidado para não transformar despesas temporárias em permanentes", ressaltou o secretário do Tesouro, Mansueto Almeida.

Segundo ele, as estimativas de resultado para 2020 vão passar por constante revisão conforme são atualizadas as previsões de receitas e despesas. "Os R$ 350 bilhões [de déficit para o governo central] é o número de grandeza que temos hoje, mas ele será continuamente avaliado", afirmou.


Mansueto foi questionado sobre o ritmo das medidas por parte do Ministério da Economia e mencionou a burocracia exigida pela legislação orçamentária como um entrave. Por isso, comemorou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de flexibilizar o atendimento a determinados artigos da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal) neste ano.

A decisão libera o governo de fazer compensação orçamentária ao criar novas despesas. Entre os artigos alvo da flexibilização, está também o que exige a estimativa orçamentária de novos gastos.

Mansueto diz que o governo vai continuar apresentando tais estimativas, mas agora com o conforto de que elas não precisam ser tão exatas. "A gente não pode se dar ao luxo de passar meses discutindo se uma planilha deve ter R$ 1 bilhão ou R$ 2 bilhões a mais. Tem que ser muito rápido e fazer uma estimativa da melhor maneira ao longo de dias", afirmou.

De acordo com o Tesouro, os próximos três meses terão maior concentração de crescimento dos gastos públicos, com a implementação de programas como o auxílio de R$ 600 a informais, a antecipação de benefícios a aposentados e trabalhadores e o reforço no programa Bolsa Família.
A meta de resultado primário para este ano foi estabelecida em R$ 124,1 bilhões de déficit. Após a decretação de estado de calamidade pública, porém, o governo não precisará respeitar esse resultado.

Os comentários foram feitos pelo Tesouro em apresentação sobre o resultado de fevereiro, que ainda não reflete os efeitos das medidas tomadas em meio à pandemia. As contas do governo central registraram um déficit de R$ 25,9 bilhões em fevereiro. O dado é o pior para o mês em três anos.

Diante da chegada do vírus ao país e do agravamento da crise, o governo federal anunciou, a partir de março, ações que vão gerar impacto aos cofres públicos.
No combate à pandemia, o Tesouro sugere que sejam evitados "erros cometidos em 2009", quando, segundo o órgão, ações de combate à crise se tornaram políticas permanentes de concessão de subsídios e intervenção do Estado na economia.

"Em um contexto que as empresas estão fechadas, com restrições à mobilidade urbana e isolamento social, o desafio não é a expansão da demanda para combater o desaquecimento da economia, mas sim aumento do gasto público para amenizar a perda de renda de uma parcela significativa de trabalhadores e das empresas que precisam da ajuda do setor público para manter suas necessidades financeiras básicas e mesmo para a manter o emprego ao longo do período mais crítico da crise", afirma.

Fonte: Bernardo Caram e Fábio Pupo/Folhapress

Ciro, Haddad, Boulos e Dino pedem renúncia de Bolsonaro em manifesto

Foto: Marcos Corrêa/PR

Os principais líderes de diversos partidos de oposição se uniram de forma inédita para lançar um documento acusando Jair Bolsonaro (sem partido) de ser "um presidente da República irresponsável", que agrava a crise do coronavírus pois "comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos".

"Deveria renunciar" diz o texto, assinado pelos pelos ex-presidenciáveis Fernando Haddad (PT-SP), Ciro Gomes (PDT-CE) e Guilherme Boulos (PSOL-SP) e pela candidata a vice de Haddad, Manuela Davila (PCd0B).

O documento é endossado ainda pelo governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), pelo ex-governador do Paraná, Roberto Requião (MDB-PR), pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, e pelos presidentes do PT, Gleisi Hoffmann, do PSB, Carlos Siqueira, do PDT, Carlos Lupi, do PCB, Edmilson Costa, do PSOL, Juliano Medeiros, e do PCdoB, Luciana Santos.

O texto afirma que "Jair Bolsonaro é o maior obstáculo à tomada de decisões urgentes para reduzir a evolução do contágio, salvar vidas e garantir a renda das famílias, o emprego e as empresas. Atenta contra a saúde pública, desconsiderando determinações técnicas e as experiências de outros países.".


Em outro trecho, afirma: "Bolsonaro não tem condições de seguir governando o Brasil e de enfrentar essa crise, que compromete a saúde e a economia. Comete crimes, frauda informações, mente e incentiva o caos, aproveitando-se do desespero da população mais vulnerável. Precisamos de união e entendimento para enfrentar a pandemia, não de um presidente que contraria as autoridades de Saúde Pública e submete a vida de todos aos seus interesses políticos autoritários".


E pede que o presidente da República seja contido: "Basta! Bolsonaro é mais que um problema político, tornou-se um problema de saúde pública. Falta a Bolsonaro grandeza. Deveria renunciar, que seria o gesto menos custoso para permitir uma saída democrática ao país. Ele precisa ser urgentemente contido e responder pelos crimes que está cometendo contra nosso povo".

Fonte: Mônica Bergamo/Folhapress

Não há medicamento ou terapia comprovados contra coronavírus, afirma OMS

Foto: EDUARDO MATYSIAK/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO


O comando da Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou nesta segunda-feira (30) que não há medicamento ou terapia já comprovados contra a covid-19. Em entrevista coletiva, autoridades da entidade lembraram que há estudos preliminares apontando que alguns remédios podem ser úteis contra o novo vírus, mas ressaltaram que ainda não está estabelecido exatamente em que quantidades, para quais casos específicos e em que contextos eles podem ser utilizados.

A OMS defendeu a importância de que esses estudos continuem, mas lembrou que não há ainda uma resposta padronizada para a covid-19 já avalizada. Segundo a entidade, alguns países podem permitir o chamado "uso por compaixão" de remédios não totalmente testados para casos individuais, mas defendeu que não se encoraje o uso disseminado de medicamentos ainda não comprovados. Algumas autoridades, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, têm mencionado a cloroquina como um possível remédio para a doença.

A máscara, por sua vez, não é recomendada para uso cotidiano para todos, mas apenas para pessoas com sintomas da doença, reafirmou a OMS. "As máscaras são mais úteis para os trabalhadores (de saúde) na linha de frente", lembrou a entidade, alertando para a importância de que isso seja garantido.

Além disso, a OMS insistiu na importância da realização de testes para mapear o problema e isolar os casos confirmados. "O isolamento não precisa ser em um hospital", lembrou o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, que citou que em alguns países isso poderia ocorrer, por exemplo, em centros comunitários.

Fonte: Estadão Conteúdo

MPT: indústrias devem proteger saúde dos trabalhadores

Foto: Ascom/TRT

Mais uma notificação recomendatória expedida pelo Ministério Público do Trabalho no Piauí visa garantir a proteção de trabalhadores. Agora, os contemplados são os empregados das indústrias do Piauí. O MPT orienta às indústrias, quando permitido o funcionamento, a reorganizar os ambientes de trabalho, proporcionando uma distância mínima de dois metros entre os postos de trabalho. Nos refeitórios, essa distância também deve ser respeitada. A sugestão é que sejam feitas escalas de trabalhadores por horário. 

“É preciso advertir e fiscalizar os trabalhadores para que não utilizem equipamentos dos colegas de trabalho, como fones, celulares, mesas e outros comumente utilizados em atividades laborais”, alertou a procuradora-chefe, Maria Elena Rêgo, que recomendou às indústrias a fornecerem esses materiais para cada trabalhador individualmente.

As superfícies de trabalho e os equipamentos devem ser regularmente limpos e desinfectados com produtos recomendados pelas autoridades sanitárias. No caso de expediente de dois turnos, a limpeza e desinfecção precisam ser realizadas no momento da troca de turno e repetidas durante o turno. É importante também que os empregados não compartilhem armários, nem para a guarda de EPIs, nem para pertences pessoais. 

Quanto às medidas de infraestrutura, as indústrias precisam providenciar filtros de alta eficácia e garantir a renovação de ar que atenda às prescrições da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). 

“Nesse momento crítico em que estamos vivendo, as indústrias precisam orientar seus trabalhadores sobre a identificação de potenciais sinais da Covid-19 e encaminhar aos serviços de saúde aqueles que apresentarem sintomas característicos da doença”, observou Maria Elena. Os trabalhadores que estiverem com os sintomas da infecção ou tiverem algum familiar que resida no mesmo local com a doença devem permanecer em casa.

As indústrias têm até a quarta-feira (1) para informar o Ministério Público do Trabalho no Piauí sobre o cumprimento das recomendações, especialmente, quanto ao Plano de Contingência a ser elaborado e que visa reduzir a exposição de trabalhadores a situações de risco.

 

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Especialista detalha medida provisória sobre regras trabalhistas durante a quarentena

O mundo vem sofrendo graves consequências em decorrência da pandemia do coronavírus. No mercado de trabalho, por exemplo, muitas empresas estão recorrendo ao teletrabalho com o objetivo de continuar oferecendo os serviços. Porém, o impacto da pandemia poder ser ainda mais complexo na relação empregador e empregado.

Diante desse cenário de muitas incertezas, o Governo Federal editou a Medida Provisória nº 927/2020, que dispõe sobre as medidas trabalhistas que poderão ser adotadas pelas empresas para preservação do emprego e da renda, e para o enfrentamento do estado de calamidade pública devido ao coronavírus.

O advogado especialista em direito trabalhista, Ézio Amaral, explica como deve ficar as relações de trabalho com a nova iniciativa do Governo. "A partir de agora com a Medida Provisória, o empregado e o empregador poderão realizar acordos individuais com a finalidade de garantir a permanência do vínculo empregatício. A iniciativa terá poder legal sobre os demais instrumentos normativos, legais e negociais, mas claro que respeitando os limites estabelecidos na Constituição. Para tanto, a MP estabelece importantes mudanças no que diz respeito a prestação dos serviços por meio do teletrabalho, a antecipação das férias individuais e coletivas, banco de horas, diferimento do recolhimento do FGTS, entre outros pontos de grande relevância ", disse o advogado.

Medidas que poderão ser adotadas pelos empregadores

Em relação ao local da prestação dos serviços, o empregador poderá modificar o regime de trabalho presencial para o teletrabalho ou trabalho remoto. Passado o período de calamidade, o empregador poderá determinar o retorno do trabalhador ao regime de trabalho presencial, independentemente da existência de acordos individuais ou coletivos, dispensado o registro prévio da alteração no contrato individual de trabalho, devendo apenas firma contrato previamente ou até o prazo de 30 dias após início do teletrabalho. O item ainda acrescenta que caso o trabalhador não possua a infraestrutura adequada para o exercício de suas funções, o empregador poderá fornecer os equipamentos em regime de comodato e pagar por serviços de infraestrutura.

No que diz respeito a antecipação das férias individuais, o empregador terá que informar ao empregado sobre a antecipação das mesmas com a antecedência de no mínimo 48 horas. O período escolhido pelo empregado também deve ser informado nesse prazo. A Medida Provisória afirma ainda que, tais férias podem ser concedidas mesmo que o período aquisitivo a elas relativo não tenha transcorrido, ou seja, o trabalhador não tenha atingido o prazo de 12 meses para ter esse direito. 

Já nas férias coletivas o empregador deverá conceder as mesmas e notificar os empregados com antecedência de no mínimo 48 horas. Além disso, fica dispensada a comunicação prévia à Secretaria Especial do Trabalho e às Entidades Sindicais.

A medida ainda aborda sobre o aproveitamento e a antecipação de feriados no qual os empregadores poderão antecipar os feriados não religiosos federais, estaduais, distritais e municipais e deverão notificar os empregados beneficiados com antecedência de 48 horas. Tais feriados poderão ser utilizados para compensação do banco de horas.

O banco de horas é outro ponto que passará por mudanças após a edição da Medida Provisória. Diante disso, teremos constituído um regime especial de compensação de jornada, por meio de banco de horas. O mesmo deverá ser estabelecido por meio de acordo coletivo ou individual formal, para a compensação no prazo de até dezoito meses a partir do encerramento da pandemia.

A suspensão de exigências administrativas em segurança e saúde no trabalho é outra mudança prevista pela MP. Por isso, fica suspensa a obrigatoriedade de realização dos exames médicos ocupacionais, clínicos e complementares e também a obrigatoriedade de realização de treinamentos periódicos e eventuais dos atuais empregados.

Recolhimento do FGTS

Segundo determina a Medida Provisória, o empregador poderá optar pelo diferimento do recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço que prevê que fica suspensa a exigibilidade do recolhimento do FGTS pelos empregadores, referente às competências de março, abril e maio de 2020, com vencimento em abril, maio e junho. Além do mais, o empregador fica obrigado a declarar as informações, até 20 de junho de 2020, sob pena de perder a prerrogativa do parcelamento, obrigando-o a pagar integralmente os juros e encargos.

 "Nesse momento de tantas incertezas, cabe as empresas conversarem com seus empregados com o intuito de preservar a saúde de todos, além de manter a prestação de seus serviços e o emprego de todos que compõem o corpo funcional de cada empresa. "Nesse cenário precisamos entender que os interesses das empresas e trabalhadores necessitam caminhar para um mesmo lado, que é a preservação do emprego e renda no país", disse o advogado Ézio Amaral.

Em relação à possibilidade de suspensão do contrato de trabalho para qualificação do empregado, o Governo voltou atrás e editou nova medida provisória (MP-928/2020), que revogou a disposição que tratava desse tema.

 

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Presidente busca centralizar as decisões na crise e esvazia comitê

Foto:Alan Santos/PR

A intempestividade do presidente Jair Bolsonaro e seu perfil centralizador têm esvaziado o Comitê de Crise para Supervisão e Monitoramento dos Impactos da Covid-19. Bolsonaro tem concentrado em si os anúncios de ações do governo de combate ao novo coronavírus.

O colegiado, criado no dia 16, perdeu a função consultiva para o qual foi formado.

O esvaziamento do grupo foi sentido na semana passada, quando deixou de ter a atuação direta de ministros e passou a ser gerido por auxiliares com a criação do CCOP (Centro de Coordenação de Operações). No sábado (29), os ministros cobraram de Bolsonaro a necessidade de ter uma única voz para guiar para dentro e para fora as medidas contra a pandemia.

No mesmo dia, o ministro Gilmar Mendes, do STF, sugeriu ao presidente um comitê de crise com poderes, a exemplo do que fez Fernando Henrique Cardoso durante o apagão elétrico em 2001.

Três episódios nas últimas duas semanas deixaram claro para técnicos e ministros ouvidos pela Folha que o colegiado perdeu força.

Um exemplo é a campanha de publicidade #OBrasilNaoPodeParar, que acabou não circulando oficialmente após críticas e por decisão judicial.

O governo produziu um vídeo de duração de um minuto e meio em que são mostradas imagens de trabalhadores com o slogan de que o país não pode ser paralisado diante da pandemia.

A campanha não foi discutida pelo comitê, que conta inclusive com um representante da Secom (Secretaria de Comunicação Social).

Após a publicação de reportagens sobre o vídeo, a Secom divulgou uma nota negando a existência da campanha.

Outro exemplo de ação tomada à margem do colegiado foi o pronunciamento à nação feito por Bolsonaro na terça (24), no qual defendeu a reabertura de comércios e escolas.

O texto foi elaborado com a ajuda dos filhos do presidente, em especial de Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).

Insatisfeito com a condução da crise, o presidente, além de alterar as decisões técnicas do comitê, passou a exigir ter a palavra final sobre todas as deliberações tomadas. A centralidade atinge até as orientações do Ministério da Saúde.

No sábado (28), o ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde) e outros sete membros do primeiro escalão foram a Bolsonaro pedir moderação e receberam sinal positivo.
Menos de 24 horas depois, Bolsonaro passeou pelo comércio de Brasília e deu um recado. "Alguns querem que eu me cale. 'Ah, siga o protocolo'. Quantos médicos não seguem o protocolo."

Outro momento em que o comitê não foi consultado foi quando o presidente, na quarta (25), anunciou que iria determinar que a população adotasse o "isolamento vertical", deixando apenas idosos e pessoas com doenças preexistentes fora do convívio social.

Em entrevista à TV Bandeirantes, na sexta-feira (27), Bolsonaro foi questionado sobre a interferência no ministério. "Há um comandante no navio", afirmou o presidente.
Originalmente formado pelos 22 ministros, presidentes dos bancos públicos federais e o representante da Agência de Vigilância Sanitária, a atuação do comitê ficou nas mãos de 32 representantes técnicos.

A coordenação saiu do ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto, escolhido por Bolsonaro como gestor da crise, e passou ao seu subordinado, o subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, Heitor Freire de Abreu.

Uma das primeiras medidas debatidas pelo colegiado foi alterada por determinação direta do presidente.

Na quinta (26), o governo liberou o funcionamento de loterias, igrejas e templos religiosos, contrariando diagnóstico inicial do comitê publicado no dia 20. A decisão foi suspensa pela Justiça.


Fonte: Folhapress

Em live, governador prorroga decreto de quarentena no Piauí e determina novas restrições

Foto: Ascom/governo

Atualizada às 13h40

Em live no início da tarde desta segunda-feira (30), governador Wellington Dias (PT) anunciou que vai prorrogar o prazo do isolamento social e ampliar as restrições para entrada e saída de pessoas nas divisas do estado. O decreto mantém a suspensão de todas as atividades comerciais, educacionais, religiosas, eventos esportivos e culturais até o dia 30 de abril.

Veja na íntegra decreto do governo do estado

De acordo com o governador, a análise do histórico de pessoas infectadas pelo coronavírus no Piauí aponta que algumas contaminações se deram por ligação com o Ceará, que atualmente é o terceiro estado com maior número de casos.

Na medida anterior, apenas passageiros de ônibus coletivos interestaduais deveraim ser submetidas à quarentena. Agora, com a atualização do decreto, a medida vale para qualquer tipo de entrada no estado. 

“Entrou no Piauí, vai ter que cumprir quarentena”, garantiu Wellington Dias. 

Pelo menos dois pacientes com Covid-19 do Piauí tiveram histórico de contaminação pelo Ceará. “Por isso que esse cuidado é fundamental, garantir que a pessoa fique no isolamento social de pelo menos 7 dias”, afirmou.  A medida vale também para os estados vizinhos. O governador disse que a ação é acertada com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT).

Serviço essenciais

"Todos os serviços que são essenciais para a vida estão mantidos. Saúde, segurança, área social, bancos, farmácias, supermercados. Nessas áreas, o decreto determina as medidas protetivas. É uma responsabilidade de cada estabelecimento. A área da produção e indústria prosseguem.  Temos a necessidade do funcionamento das transportadoras. A atividade dos pescadores pode permanecer. Se sua atividade não está colocada aqui, estamos lidando com o governo federal para que haja a compensação"

Bancos, lotéricas

"Foram reduzidas as atividades presenciais, mas tem o funcionamento. Os aposentados vão receber por meio de cartão de crédito. A nossa Agência de Fomento continua operando, bem como todos os bancos".

O decreto vale para todo o Piauí?

"Vale. Tínhamos uma situação em Parnaíba, mas a justiça nivelou com as regras do estado. As regras vão permanecer até 30 de abril. Estou dialogando com todos os prefeitos, independente de partido. Não há disputa de lado A ou lado B. Temos um inimigo em comum, o coronavírus. Queremos evitar o colapso”

Aulas suspensas

“Estão suspensas. O decreto prevê até 30 de abril e só quando encerrar a fase de risco voltar. Mas o decreto permitiu as aulas não presenciais”

IPVA

“Prorrogado por 90 dias com desconto de 5%”

Divisas

“Temos toda uma operação integrada para fiscalizar. Fiz uma proposta para o Exército para que os reservistas possam atuar na segurança, assim como faz a guarda municipal. Ficamos de trabalhar essa agenda”

Prefeitos

“Peço a colaboração dos prefeitos para que a gente possa juntos fazer a fiscalização. Se tiver aglomeração, a vigilância sanitária do município atuar”

Ampliação dos leitos de UTI

“Temos hoje 11 municípios em que trabalhamos com UTIs e estamos ampliando com salas de estabilização”.

EPIs

“O Piauí tomou a iniciativa de não esperar. Está chegando a conta gotas. Vai chegar vacina? Chegou uma parte. O Piauí foi na frente. Nós compramos respiradores e acertamos com os governadores do Nordeste a compra de mais 80 respiradores”

Hospitais de campanha

“Estamos adotando uma série de medidas. Uso de hotéis que estão vagos para fazer atendimento, bem como hospitais do município e o hospital da universidade. Estamos trabalhando em vários hospitais, além do Verdão em Teresina. O Verdão vai ser uma base importante de estabilização”.

Merenda escolar

“Em cada escola temos receita para a merenda ou refeição. Esse dinheiro nós estamos transformando em ticket alimentação e vamos repassar para 77 mil famílias do Piauí. Já estamos acertando com a empresa para trabalhar essa semana”

Caminhoneiros

“Terão todos as condições de borracharia, oficinas e alimentação, integrado com os municípios”

Matéria original 

O governador Wellington Dias (PT) vai renovar os decretos - que proíbe aulas na rede estadual e a realização de atividades comerciais em todo o estado - mantendo a quarentena para os piauienses. Somente os serviços essenciais serão mantidos. 

Os decretos do governador irão vencer essa semana e após orientações dos especialistas, Wellington Dias permanece com a decisão de não reabrir os estabelecimentos comerciais e deixar as escolas sem aulas.

Na manhã de hoje (30), Wellington Dias se reuniu com o Comitê de Enfrentamento do Coronavírus para discutir a renovação dos decretos, que tem validade de 15 dias, e avaliar as ações no estado.  

O Cidadeverde.com falou com fontes ligados ao governador e todas confirmam que Wellington Dias não tem intenção de adotar medidas para amenizar o isolamento social.

Neste domingo, Dias usou a rede social e fez novo apelo pedindo aos piauienses para que fiquem em casa e condenou as "brincadeiras" com o coronavírus. 
Com o registro de três mortes no estado - a do prefeito de São José do Divino e o casal de idosos - o governo redobra as atenções para as medidas de prevenção e assistência ao grupode risco. 

 

 

Flash Yala Senae e Valmir Mâcedo
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Atriz que interpretou Luna, em Harry Potter, relata sintoma da Covid-19

Fotos: Reprodução/instagram/@msevylynch

A atriz Evanna Lynch, 28, conhecida por interpretar Luna Lovegood na franquia Harry Potter, usou suas redes sociais neste domingo (29) para dizer que está sentindo alguns sintomas do novo coronavírus. Ela, no entanto, afirmou que tem achado interessante esses sintomas.

"Mais alguém perdeu misteriosamente o senso de paladar e olfato? E está realmente gostando? Eu estou me sentindo como um ser humano aprimorado, mais eficiente, que não se deixa desviar por aromas e cheiros? (...) Eu entendo por que os robôs são o futuro agora", brincou ela em sua conta no Twitter.

Alguns fãs se preocuparam com a atriz e a alertaram de que a diminuição ou perda do olfato pode ser um sintoma de Covid-19. Lynch então tranquilizou a todo dizendo que está bem e em isolamento. "Estava apenas observando isso como um sintoma interessante. Eu não tinha notado outras pessoas falando sobre eu", completou.

Lynch afirmou ainda que, além da perda do olfato e do paladar, ela sente apenas uma leve dor de cabeça.

Vários outros famosos já contraíram o novo coronavírus. Entre eles, estão o ator britânico Idris Elba, 47; o ator norueguês Kristofer Hivju, 41, conhecido por atuar na série "Game of Thrones"; e a atriz Itziar Ituño, que vive a personagem Raquel Murillo na série "La Casa de Papel".

No Brasil, também foram diagnosticados com a doença a atriz Fernanda Paes Leme, 38, a ativista Luísa Mell, 41, e o cantor Dinho Ouro Preto, 55. Já a apresentadora Ana Hickmann, 39, relatou ter febre alta, calafrios e dores no corpo, mas disse que não fará o exame ainda, já que não apresenta insuficiência respiratória.


Fonte: Folha Press

Projeto reúne pequenos comerciantes a divulgar dellivery na quarentena

Um projeto que visa colaborar com os pequenos negócios nesse mometo em que todos estão sendo afetados com a crise provocada pela pandemia da Covid-19, está sendo desenvolvido em todo país e chegou a Teresina. O ComprePerto tem o objetivo de formar uma rede que apoia o comércio local, por meio de um sistema de bot, que disponibiza um link automático, para consultar todos os pontos comerciais que estão realizando delivery em diversas regiões da cidade, tudo de maneira gratuita.

O projeto é uma iniciativa da BluBots em parceria com o The Hub, associação sem fins lucrativos e agente de conexão entra todos os players de inovação do Piauí. 

Inicialmente está sendo feito o cadastro de empresas e negócios, segmentados por área de atuação e localização geográfica, que estão fazendo entregas em casa para os seus clientes.

Depois qualquer pessoa poderá acessar o link e encontrar o fornecedor mais próximo da sua casa.

 

Da redação
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Jornalista Mari Palma está com coronavírus e fica isolada

Foto: Reprodução/Instagram@mariapalma

Os jornalistas Mari Palma e Phelipe Siani foram afastados da apresentação do programa Live CNN após Mari sentir sintomas do novo coronavírus. Com isso, ela e Phelipe, que são namorados, ficarão em quarentena na casa em que moram em São Paulo.

A CNN divulgou um comunicado na manhã desta segunda-feira (30) afirmando que Mari sentiu sintomas de gripe na noite da última sexta-feira (27) e, após consulta com os médicos, concluiu-se diagnóstico de infecção pelo novo coronavírus. Siani, no entanto, não teve sintomas.

Durante isolamento domiciliar, os dois jornalistas deverão fazer participações especiais de casa. Na manhã desta segunda, Siani já apareceu ao vivo falando que Mari teve perda de olfato e paladar como sintomas da doença. Por enquanto, eles estão sendo substituídos por Diego Sarza e por Elisa Weeck no programa.

Segundo a CNN, cerca de 40% de seus profissionais estão trabalhando em sistema home office por conta do novo coronavírus.

Vários outros famosos já contraíram o novo coronavírus. Entre eles, estão o ator britânico Idris Elba, 47; o ator norueguês Kristofer Hivju, 41, conhecido por atuar na série "Game of Thrones"; e a atriz Itziar Ituño, que vive a personagem Raquel Murillo na série "La Casa de Papel".

No Brasil, também foram diagnosticados com a doença a atriz Fernanda Paes Leme, 38, a ativista Luísa Mell, 41, e o cantor Dinho Ouro Preto, 55. Já a apresentadora Ana Hickmann, 39, relatou ter febre alta, calafrios e dores no corpo, mas disse que não fará o exame ainda, já que não apresenta insuficiência respiratória.

Fonte: Folhapress

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