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IBGE suspende entrevistas presenciais e revê Censo 2020 por coronavírus

Foto: Ascom/IBGE

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) anunciou nesta terça (17) a suspensão das entrevistas presenciais para a pesquisa de desemprego e disse que revisará o cronograma para o Censo Demográfico de 2020, sua maior pesquisa, que é realizada a cada dez anos.

A suspensão das coletas de dados em domicílio foi solicitada na segunda (16) pela Assibge, sindicato que reúne os funcionários do instituto para evitar riscos de contágios pelo novo coronavírus. A revisão do Censo era uma preocupação de especialistas e técnicos da instituição.

O IBGE não deu entrevistas para falar sobre o Censo. Em nota, afirmou apenas que "em breve", anunciará novo cronograma do Censo Demográfico. Atualmente, estão abertos concursos para a contratação de cerca de 208 mil temporários para a coleta dos dados, agendada para começar no dia 1º de agosto.

O cronograma atual prevê a aplicação das provas no dia 17 de maio. Como é um concurso nacional, a operação envolve locais de prova em todos os estados. A expectativa no instituto é que a data seja adiada, assim como o início do treinamento dos contratados, que estava previsto para julho.

Com o objetivo de traçar um retrato da população brasileira, o Censo Demográfico prevê visitas aos cerca de 70 milhões de domicílios do país. A preparação da pesquisa enfrenta uma série de problemas, que começaram com restrições orçamentárias e culminaram com a renúncia de gestores do IBGE em protesto contra a direção.

O planejamento original previa gastos de R$ 3,4 bilhões. Ao assumir a presidência do IBGE no governo Jair Bolsonaro, Susana Cordeiro Guerra determinou um corte de 25% do valor. Até o momento, 63% deste total estão garantidos no Orçamento da União –o restante depende de aprovação do Congresso.

Nomeada por Guedes, Guerra defendeu que os cortes orçamentários não terão impacto na qualidade da pesquisa. Uma das medidas para economizar foi a redução do tamanho do questionário: em sua versão básica, o número de questões caiu de 34 para 25; na completa, aplicada em 10% dos domicílios, de 112 para 76.

Em relação à pesquisa do desemprego, chamada de Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra Domicilar) Contínua, o IBGE diz que está estudando alternativas que não envolvam a visita a domicílios. A coleta é feita de forma contínua e os resultados, divulgados a cada mês. A última divulgação, em janeiro, mostrou que a taxa de desemprego no país situa-se em 11,2%.

"Toda e qualquer opção ou possibilidade será antes testada e validade para assegurar os padrões de qualidade e excelência do corpo técnico do IBGE, buscando preservar a série histórica dos dados", disse o instituto, na nota divulgada nesta terça.

Fonte: Folhapress

Anti-inflamatórios podem agravar infecção pelo coronavírus, de acordo com pesquisa

O ministro da Saúde da França, Olivier Véran, pediu que as pessoas com febre e suspeita de infecção pelo novo coronavírus evitem tomar anti-inflamatórios como o ibuprofeno para controlar seus sintomas. "Em caso de febre, tomem paracetamol. Os anti-inflamatórios poderiam ser um fator de agravação da infecção", declarou Véran.

As declarações do ministro francês ecoam uma pesquisa que acaba de ser publicada na revista médica Lancet, uma das mais respeitadas do mundo. Um trio de pesquisadores liderado por Michael Roth, do Hospital da Universidade de Basileia, na Suíça, analisou os dados já divulgados sobre mortes e casos graves da covid-19, como é conhecida a doença causada pelo novo vírus.

Já está claro que pessoas com problemas cardiovasculares (em especial hipertensão) e diabetes correm risco aumentado de ter problemas mais sérios com a moléstia, e eles propõem que parte da razão tem a ver com remédios que funcionam de modo semelhante ao ibuprofeno.

Ocorre que pessoas com doenças cardiovasculares e diabetes muitas vezes utilizam medicamentos conhecidos como inibidores de ECA (enzima conversora da angiotensina). Essa molécula, presente de modo natural nas células humanas, é importante nos processos que acabam levando ao aumento da pressão do sangue -portanto, faz sentido que hipertensos e diabéticos usem remédios que barrem a ação da ECA.

O problema é que os inibidores de ECA, bem como outros remédios com efeito similar sobre o sangue, acabam levando à ativação mais intensa de outra molécula parecida, a ECA2. E, conforme mostrou um estudo recente na revista especializada Science, a ECA2 é o receptor, ou seja, a "fechadura química", usada pelo novo coronavírus para invadir as células de suas vítimas. O ibuprofeno também é capaz de aumentar a presença de ECA2 nas células.

Ou seja, o uso de tais remédios multiplicaria as "fechaduras" nas quais o vírus se encaixa, potencializando sua ação. Isso explicaria o porquê de hipertensos, pessoas com doenças cardíacas e diabéticos estariam sofrendo mais: os medicamentos tomados por esses pacientes dariam um empurrão extra à ação do coronavírus.

Na pesquisa da Lancet, Roth e seus colegas apontam que há outros tipos de remédios para essas doenças preexistentes, os quais, pelo que se sabe, não teriam o mesmo efeito facilitador para o coronavírus. É importante lembrar que a análise feita pelos pesquisadores envolveu apenas correlações - eles não chegaram a testar o efeito nocivo dos medicamentos citados analisando células humanas ou cobaias em laboratório, por exemplo.

Fonte: Folhapress

Senhas nos Espaços da Cidadania serão reduzidas em 50% e haverá controle de entrada

Fotos: Arquivo Cidadeverde

Os Espaços da Cidadania em Teresina e nos municípios do interior terão redução de 50% no número de senhas e controle de entrada de pessoas. Os  locais reúnem diversos serviços públicos, como a emissão de identidades, e são foco de precauções para evitar a propagação do Covid-19, o novo coronavírus, no Piauí.

A medida foi oficializada em portaria da Secretaria de Administração e Previdência (SeadPrev) publicada nesta terça-feira (17).

"A partir desta data, será limitada à metade a emissão de senhas para atendimento em todos os Espaços da Cidadania, Centro de Atendimento aos Cidadãos (CIACs) e Salas da Cidadania, em Teresina e no interior do estado", diz o documento.

A medida também prevê que os guichês e as cadeiras de acompanhantes devem ser reorganizados para manter a distância de pelo menos um metro entre os atendentes e usuários.

A portaria também dispensa do expediente, pelo prazo de 14 dias, mulheres grávidas e portadores de doenças crônicas que compõem risco de aumento da mortalidade pelo COVID-19 (diabéticos, hipertensos, pessoas com problemas no coração, asmáticos, doentes renais e outras doenças comprovadamente crônicas).

O secretário de Administração, Merlong Solano, explicou que a redução atende ao alerta para a não aglomeração em locais fechados. 

Valmir Macêdo (Com informações do Jornal do Piauí)
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Arquidiocese de Teresina suspende procissões e vias sacras por 30 dias

Foto: Arquivo/Cidadeverde

A Arquidiocese de Teresina determinou nesta terça-feira (17) a suspensão, pelo período de 30 dias, de todos os eventos com aglomerações como procissões, vias sacras, reuniões, assembleias, encontros, retiros e similares. A medida afeta atos religiosos tradicionais da Semana Santa na capital como a Procissão do Senhor Morto e o Teresina ressuscita com Cristo.

As missas, de acordo com as orientações, permanecem nos mesmos horários, mas a recomendação é que os fiéis assistam em casa, pela TV ou internet, sem ônus de consciência.

A Arquidiocese suspendeu ainda durante esse período, a comunhão sob as duas espécies, comungando apenas o Pão Consagrado. 

Já a Sagrada Eucaristia deve ser recebida na mão e qualquer contato deve ser evitado, como o abraço da paz e na hora do Pai Nosso.

As Igrejas devem colocar álcool em gel à disposição dos fiéis na entrada. “Acompanhando atentos o desenvolvimento desta situação de pandemia, estas orientações poderão sofrer alterações, sempre visando o bem-estar do nosso povo. Colocando-nos em atitude de oração e penitência, atestamos, mais uma vez, por este fato, a fragilidade humana e confirmamos a nossa firme esperança no Senhor, cujo amor não decepciona, jamais! Confiamos à materna intercessão de Maria, saúde dos enfermos, a nossa Arquidiocese e toda a humanidade, certos de que ao batermos o coração de Deus não seremos decepcionados”, disse Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho, que assina a recomendação da Arquidiocese.

Veja as recomendações:

  • As missas permanecem nos mesmos horários, mas recomendamos que os fiéis assistam em casa, pela
  • TV ou internet, sem ônus de consciência.
  • Ficam suspensos pelo período de 30 dias, a partir de hoje, todos os eventos com aglomerações, como
  • procissões, vias sacras, reuniões, assembleias, encontros, retiros e similares.
  • Fica suspensa durante esse período, a comunhão sob as duas espécies, comungando apenas o Pão
  • Consagrado.
  • A Sagrada Eucaristia deve ser recebida na mão.
  • Evitar qualquer contato das mãos em cumprimentos como o abraço da paz, o Pai Nosso, etc.
  • As Igrejas devem colocar álcool em gel à disposição dos fiéis na entrada.

Hérlon Moraes
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Maia defende fechamento de fronteiras e plano de contingenciamento para RJ e SP

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

 

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu o fechamento de fronteiras do País, com restrição de voos internacionais, para combater o avanço do novo coronavírus.

"Eu acho que o governo já deveria ter fechado as fronteiras, deveria ter restringido voos internacionais, deveria ter restringindo a situação das pessoas, principalmente nos estados onde a projeção é de problemas maiores como estados do Rio de Janeiro e São Paulo, mas estas posições são comandadas pelo poder Executivo, se fosse a minha opinião pessoal, pelos melhores exemplos do resto do mundo, acho que já deveria ter fechado as fronteiras.", disse.

"Não podemos, pela questão econômica, correr o risco de ter um problema maior na área de saúde pública. A economia será afetada de qualquer jeito. Achar que manter a circulação vai garantir algum crescimento, do meu ponto de visto isso está errado. Na hora que os problemas começarem a aumentar, as pessoas naturalmente vão começar a ficar em casa", afirmou.

Ele disse ainda que já deveriam ter sido pensadas políticas públicas com ampliação do gasto público. "Como todos os países vem fazendo. É inevitável que a redução do dano na economia seja garantida pelo Estado brasileiro", disse. "Não há outra saída, principalmente porque a arrecadação vai cair".

Para ele, o governo precisa manter sua articulação e comando. "Precisa tomar essas decisões que eu espero que ocorram nos próximos dias que terão total apoio aqui no parlamento".

Remanejo de recursos

Rodrigo Maia também sugeriu que o governo pode remanejar recursos dentro do próprio Orçamento para destinar mais verbas para a área da saúde.

"O governo tem o Orçamento aberto. Quem encaminhou proposta do fundo eleitoral foi o próprio presidente. Se ele quiser utilizar os recursos, ele pode", disse Maia. "Pode utilizar recursos do cartão corporativo, da Secom, aqueles que não estão vinculados à utilidade publica", afirmou Maia.

Para o deputado, o País vai precisar injetar muito mais recurso na área da saúde do que o previsto. "Vai ser tão maior do que vocês estão imaginando, até pelo que estamos vendo em outros países", disse.

Fonte: Estadão Conteúdo

Parque Serra da Capivara e museus são fechados para evitar coronavírus

Foto: Andre Pessoa

O Parque Nacional Serra da Capivara e os museus do Homem Americano e da Natureza estão fechados a partir desta terça-feira (17). A medida segue orientação do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e visa conter o avanço de casos de infecção por coronavírus no Brasil.

"A doença tem se espalhado rápido, segundo as fontes oficiais, e a FUMDHAM achou melhor o Museu da Natureza e Museu do Homem Americano permanecerem fechados a partir desta terça (17), até que isso tudo passe, a fim de proteger e zelar por sua saúde e de nossos colaboradores também", informou a administração do Museu da Natureza em nota.

O Museu da Natureza e Museu do Homem Americano estão fechados para visitação por tempo indeterminado. Os museus abrem seis dias da semana entre as 9h e 17 horas.

O Parque Serra da Capivara está fechado por uma semana. O prazo poderá ser extendido 

“Está fechado por tempo indeterminado. Só está funcionando a recepção para prestar informação ao público, via telefone”, informou ao Cidadeverde.com a secretária da Fundação Museu do Homem Americano (Fumdham), Maíra Alves.

Ministro

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse nesta terça (17) que todos os parques nacionais terão visitação suspensa por uma semana.

A informação foi publicada pelo ministro em seu perfil no Twitter.

"Por determinação do Presidente da República, a visitação em todos os Parques Nacionais ficará suspensa pelo período de uma semana a contar da presente data", escreveu.

São Paulo

Museus, bibliotecas e centros culturais de São Paulo também fecharam ao público a partir desta terça-feira (17). As atividades ficam encerradas por 30 dias, em uma medida decretada pelo governador João Doria para conter a disseminação do novo coronavírus.

Nota Museu da Natureza

Querido amigo e visitante, seguindo as recomendações o IBRAM e OMS, até o último domingo (15) havíamos anunciado medidas e ações preventivas no #MuNa para evitar contaminação pelo COVID-19. Mas a doença tem se espalhado rápido, segundo as fontes oficiais, e a FUMDHAM achou melhor o Museu da Natureza e Museu do Homem Americano permanecerem fechados a partir desta terça (17), até que isso tudo passe, a fim de proteger e zelar por sua saúde e de nossos colaboradores também.

Até o momento não há casos confirmados no Piauí e desejamos que o quadro permaneça assim. Porém entendemos que esse é um momento de isolamento necessário para todos, por um bem maior. Para todos nós.

Siga as recomendações oficiais de prevenção e vamos todos nos manter saudáveis neste momento. A gente avisa quando for abrir seus museus favoritos novamente, viu? Vamos deixar para matar a saudade quando tudo estiver bem.

Gratidão pela parceria e compreensão neste momento!

 

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Querido amigo e visitante, seguindo as recomendações o IBRAM e OMS, até o último domingo (15) havíamos anunciado medidas e ações preventivas no #MuNa para evitar contaminação pelo COVID-19. Mas a doença tem se espalhado rápido, segundo as fontes oficiais, e a FUMDHAM achou melhor o Museu da Natureza e Museu do Homem Americano permanecerem fechados a partir desta terça (17), até que isso tudo passe, a fim de proteger e zelar por sua saúde e de nossos colaboradores também. . Até o momento não há casos confirmados no Piauí e desejamos que o quadro permaneça assim. Porém entendemos que esse é um momento de isolamento necessário para todos, por um bem maior. Para todos nós. . Siga as recomendações oficiais de prevenção e vamos todos nos manter saudáveis neste momento. A gente avisa quando for abrir seus museus favoritos novamente, viu? Vamos deixar para matar a saudade quando tudo estiver bem. . Gratidão pela parceria e compreensão neste momento! . #MuNa #FUMDHAM #BNDES #pandemiamundial #museusbrasileiros #museufechado #museuparatodos #piaui #brasil

Uma publicação compartilhada por Museu da Natureza - Oficial (@museudanaturezapi) em

 

Valmir Macêdo
[email protected]

Abrasce recomenda que shoppings funcionem em horário reduzido

A Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) recomendou aos associados com empreendimentos localizados em áreas com casos confirmados de coronavírus que funcionem em horário reduzido, das 12 horas às 20 horas, a partir desta quarta-feira 18. Isso significa uma redução de 4 horas no expediente diário dos shoppings, que costumam ficar abertos das 10 horas às 22 horas.

Já os shoppings localizados em áreas que não tiveram nenhum caso confirmado da doença devem monitorar a evolução do quadro local, mas não há recomendação para mudança no horário de operação, de acordo com comunicado publicado há instantes pela associação nacional.

"Tal medida atende a solicitação dos lojistas e está alinhada com a recomendação do Poder Público para a redução de circulação de pessoas", afirmou a Abrasce, em nota.

A associação observou que a medida evita paralisar totalmente as atividades econômicas nos shoppings, em especial os serviços de utilidade pública, como bancos, farmácias, laboratórios e supermercados, por exemplo.

"A associação entende que tais medidas, somadas às ações preventivas individuais, tais como higienização das mãos, cuidados redobrados com a limpeza e espaçamento de mesas nos locais de alimentação, colaboram com os esforços de combate à epidemia do novo coronavírus", completou.

A nota divulgada pela associação não informa como anda o movimento nos shopping centers. Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na sexta-feira, 13, as redes de lojistas de pequeno porte já sentiam uma queda na ordem de 20% a 30% nas vendas ao longo das 48 horas anteriores, quando o receio da população com a propagação da covid-19 se intensificou.

Fonte: Estadão Conteúdo

Mais 4 mortes em hospital do 1º óbito por covid-19 aguardam confirmação

Em coletiva realizada nesta terça-feira, 17, o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann, e o infectologista David Uip, que coordena o comitê estadual para crise do coronavírus, afirmaram que o mesmo hospital que registrou o primeiro óbito pela covid-19 também reportou outras quatro mortes que podem ter sido causadas pelo vírus, ainda sem confirmação sobre o agente responsável.

Quanto ao paciente que morreu por infecção do novo coronavírus, Germann afirmou que era um homem de 62, que tinha como comorbidades diabetes e hipertensão.

Ele estava internado em um hospital privado, onde também realizou o exame.

De acordo com Uip, o paciente foi infectado no Brasil, apresentou sintomas no dia 10 de março, internou-se em UTI no dia 14, e faleceu na segunda-feira, 16.

Reforçar medidas

O secretário de Saúde ainda falou que, diante da primeira morte pelo coronavírus, a determinação do governo de São Paulo é de reforçar as medidas preventivas para reduzir a capacidade de alastramento do vírus no Estado.

Apesar disso, David Uip afirmou que a confirmação da morte não deve chegar à população como algo inesperado e, por consequência, criar situação de pânico.

Bancos de sangue

Uip ainda fez um apelo para que a população de São Paulo ajude a abastecer os bancos de sangue do Estado.

"Nossos bancos de sangue estão praticamente vazios. O banco com melhor condição tem sangue pra uma semana, isso é extremamente grave para o que vamos enfrentar", afirmou o infectologista.

Fonte: Estadão Conteúdo

Governo deve usar hospitais das Forças Armadas para tratar doentes

Foto: Isac Nóbrega/PR

As medidas previstas pelo governo federal para conter o novo coronavírus incluem, nas áreas de defesa e segurança, o emprego das Forças Armadas para instalar hospitais de campanha em áreas com maior número de casos.

O pedido de apoio foi feito nesta segunda-feira (16) pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, ao titular da Defesa, Fernando Azevedo, em uma reunião por videoconferência da qual também participaram os chefes de outras pastas, como Sergio Moro (Justiça) e Walter Braga Netto (Casa Civil).
 
A equipe de Mandetta solicitou à Defesa que informe sobre qual estrutura e contingente poderão ficar disponíveis para essa missão. O uso de unidades hospitalares provisórias foi necessário na China, epicentro original da pandemia, que as construiu em tempo recorde. Aqui, segundo autoridades da saúde, também poderá haver demanda semelhante, a depender do avanço da doença.
 
As Forças Armadas têm cinco hospitais de campanha, que são estruturas em barracas e contêineres para emprego em tempos de guerra. Em períodos de paz, elas são usadas em empreitadas humanitárias. O Rio de Janeiro, por exemplo, já precisou delas durante epidemia de dengue.
 
As unidades estão espalhadas pelo país e, segundo pessoas que participam das discussões, o tempo para instalá-las depende dos locais em que serão demandadas.
 
Nos módulos, é possível montar ambulatórios, salas de isolamento e UTIs (unidades de terapia intensiva). As Forças Armadas designariam seu pessoal de saúde para o atendimento, sem prejuízo de que os estados também o façam.
Questionado pela imprensa nesta segunda, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, disse que a pasta está contando com as Forças Armadas para a instalação das unidades provisórias.
 
Os gargalos do SUS (Sistema Único de Saúde) são uma das principais preocupações das autoridades, entre eles a ocupação dos leitos de UTI disponíveis, já próxima de 100%. O pacote de medidas para a área de segurança está a cargo do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, que também as discute com a Saúde.
 
Está prevista para esta terça-feira (17) a publicação, pelas duas pastas, de uma portaria conjunta que prevê a responsabilização de pessoas que descumprirem ordens de internação ou quarentena compulsória.
 
A iniciativa está prevista em lei aprovada em fevereiro, com o objetivo de evitar a proliferação do novo coronavírus. Mas ainda carece de regras para regulamentá-la. Uma minuta do texto foi concluída pela Justiça, que a encaminhou para análise da Saúde. Uma das discussões é a de dispensar ordem judicial para a internação ou quarentena, quando houver ordem médica.
 
O Ministério da Justiça também tomou providências para evitar a proliferação do vírus na população carcerária, mas a atuação nessa área tem limitações.

Portaria divulgada nesta segunda suspendeu temporariamente visitas sociais e de advogados a presos, mas a restrição só se aplica aos cinco presídios federais, que abrigam 437 dos 726 mil presos do país.
 
Nas demais unidades prisionais, medidas preventivas e de contenção do vírus estão a cargo dos estados, cujas autoridades têm autonomia para decidir o que fazer.
 
Dez deles, que têm 28% dos presos do país, também proibiram visitas provisoriamente. A medida foi tomada pelos governos de Distrito Federal, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Goiás, Amazonas, Roraima, Tocantins e Alagoas.
 
Em Minas Gerais e Santa Catarina, houve suspensão parcial. Outras unidades da federação adotaram providências alternativas.
 
Paraíba, São Paulo, Ceará, Piauí, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul estão fazendo triagem de visitantes. São Paulo, que tem cerca de 235 mil presos, ainda não interrompeu as visitas nas 176 unidades prisionais. É o estado com a maior população carcerária do país e o maior número de casos confirmados de coronavírus.
 
A SAP (Secretaria de Administração Penitenciária) diz que tem monitorado a situação e que vai anunciar as medidas aos poucos.
 
No último fim de semana, os funcionários das prisões foram orientados a proibir a entrada de pessoas que apresentassem sintomas da doença ou tenham viajado para locais com alto índice de contaminação pelo novo coronavírus. Mato Grosso, Sergipe, Maranhão, Pernambuco e Paraná elaboraram uma nota técnica com orientações sobre a doença no sistema prisional.
 
A população carcerária é considerada mais vulnerável, tendo em vista que grande parte dos presos do país está em celas superlotadas, com pouca ventilação e submetidos a más condições de higiene.
 
Além da questão sanitária, uma das preocupações das autoridades de segurança é que as restrições impostas aos detentos durante a pandemia desencadeiem motins.
 
Com apoio da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Depen (Departamento Penitenciário Nacional), ligado ao Ministério da Justiça, tem feito videoconferências com representantes dos estados para repassar orientações a respeito da prevenção e dos cuidados sobre o coronavírus no sistema prisional.
 
A norma divulgada nesta segunda pelo departamento proíbe as visitas sociais nos presídios federais por 15 dias. Já os atendimentos de advogados aos presos não poderão ocorrer por 5 dias, salvo se houver necessidades urgentes, que envolvam prazos judiciais não interrompidos.
 
A pasta comandada por Moro também é responsável pela Força Nacional de Segurança, grupo que pode ser acionado para assegurar a ordem pública em qualquer região do país. Por ora, segundo a pasta, nenhum estado requisitou auxílio da força.
 
Os governadores de algumas unidades da federação, a exemplo do Distrito Federal, publicaram decretos cancelando a realização de aulas em escolas e proibindo a abertura de estabelecimentos como academias de ginástica, teatros e cinemas. No DF, para assegurar o cumprimento da ordem, estão sendo escalados fiscais, que, eventualmente, podem acionar a Polícia Militar.
 
Fonte: Folhapress

Ministério da Economia determina trabalho remoto e suspende viagens

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

Diante do avanço do novo coronavírus no País, o Ministério da Economia reviu as orientações dadas aos órgãos e entidades da administração pública federal semana passada e tornou mais restritivas as medidas que deverão ser adotadas no serviço público para conter a doença. Dentre as novas instruções, a pasta recomenda suspensão de viagens internacionais, suspensão de eventos presenciais com muitas pessoas e o trabalho remoto para determinados grupos de servidores.

As novas recomendações constam de instrução normativa (IN) que foi publicada nesta terça-feira, 17, no Diário Oficial da União (DOU) com alterações em relação à primeira, divulgada na sexta-feira.

De acordo com a nova IN, os órgãos deverão suspender viagens internacionais a serviço enquanto perdurar o estado de emergência decorrente do vírus. Casos excepcionais de viagens ao exterior poderão ser autorizados mediante justificativa.

Na IN anterior, a pasta recomendava apenas que houvesse análise criteriosa para a liberação de viagens internacionais. Agora, porém, a regra geral é pela suspensão desses deslocamentos. Para as viagens domésticas, no entanto, a orientação é ainda para que os órgãos reavaliem "criteriosamente" sua necessidade.

Além disso, a nova instrução determina o trabalho remoto durante o período de emergência para os servidores e empregados públicos: com 60 anos ou mais; imunodeficientes ou com doenças preexistentes crônicas ou graves; responsáveis pelo cuidado de uma ou mais pessoas com suspeita ou confirmação de diagnóstico de infecção por covid-19, desde que haja coabitação; e as servidoras e empregadas públicas gestantes ou lactantes. A determinação não se aplica aos servidores e empregados públicos em atividades nas áreas de segurança, saúde ou de outras consideradas essenciais.

O trabalho remoto também poderá ser autorizado aos servidores e empregados públicos que tenham filhos em idade escolar ou inferior e que necessitem da assistência de um dos pais. "Caso ambos os pais sejam servidores ou empregados públicos, a hipótese será aplicável a apenas um deles".

O novo ato também determina aos órgãos que suspendam a realização de eventos e reuniões com elevado número de participantes enquanto perdurar o estado de emergência do novo coronavírus. A ideia é avaliar a possibilidade de realização dos eventos por meio de videoconferência ou de outro meio eletrônico

A instrução diz que o ministro de Estado ou autoridade máxima da entidade poderá adotar uma ou mais das seguintes medidas de prevenção, cautela e redução da transmissibilidade: adoção de regime de jornada em turnos alternados de revezamento; trabalho remoto, que abranja a totalidade ou porcentual das atividades desenvolvidas pelos servidores ou empregados públicos do órgão ou entidade; melhor distribuição física da força de trabalho presencial, com o objetivo de evitar a concentração e a proximidade de pessoas no ambiente de trabalho; e flexibilização dos horários de início e término da jornada de trabalho, inclusive dos intervalos intrajornada, mantida a carga horária diária e semanal prevista em lei para cada caso.

"Caberá ao ministro de Estado ou à autoridade máxima da entidade, em conjunto com o dirigente de gestão de pessoas, assegurar a preservação e funcionamento das atividades administrativas e dos serviços considerados essenciais ou estratégicos, utilizando com razoabilidade os instrumentos, a fim de assegurar a continuidade da prestação do serviço público", diz a IN, assinada pela Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia.

Na semana passada, quando editou as primeiras recomendações, a pasta da Economia disse que a equipe de gestão de pessoas do governo federal, em coordenação com o Ministério da Saúde, vem monitorando e avaliando diariamente o cenário epidemiológico no Brasil.

Fonte: Estadão Conteúdo

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