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Três setores vão abrir com 50% da capacidade, prevê plano do governo

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O governador Wellington Dias (PT) garantiu nesta segunda-feira (8) que os três setores que foram autorizados a funcionar  - construção civil, serviços de saúde e automotivos - só irão abrir com 50% da capacidade e atendendo todos os critérios de segurança.

"Nós estamos autorizando a começar com 50%, tirando as pequenininhas, que tem cinco empregados que pode começar com todos, as outras vão começar com a metade. Nós calculamos que 45 mil trabalhadores vão entrar em atividade", disse o governador.  

Veja apresentação do governador aqui

Em pronunciando no Palácio de Karnak, o governador disse que os setores inclui cerca de 80 mil pessoas.

As empresas precisam aderir ao protocolo e adotar as medidas exigidas. O governo vai disponibilizar um link para que os empresários informem os dados e o plano de contenção do novo coronavírus.

Semanalmente as empresas serão reavaliadas e dependendo do resultado poderá autorizar novos setores.

Dados divulgados pelo governador:

Taxa de transmissibilidade do vírus permanece baixa em 0,9.

Queda de infecção. A previsão era de 120 mil infectados e chegou a 87 mil infectados

Óbitos - embora tenha números crescentes, o acumulado da semana mostra dados em queda, saindo de 75% para 39%.

Ocupação de leitos - 53% de leitos ocupados e 47% de leitos livres. 

O governador reforçou o pedido de isolamento social - o decreto foi prorrogado até o dia 22 deste mês, e o uso de máscaras e álcool em gel. 

Wellington Dias destacou que a retomada das atividades é gradual, pactuada e organizada. O governador disse que o plano foi baseado na ciência e elaborada de forma integrada com todas as autoridades. Ele também ressaltou a importância da busca ativa, das barreiras e do paciente procurar, nos primeiros sintomas da covid-19, os postos de saúde para evitar a internação em leitos de UTIs. 

 


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"Plano dá passos para frente ou para trás", diz governador sobre reabertura

 

Flash Yala Sena
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400 profissionais de transporte coletivo de Teresina serão testados para Covid-19

Foto: Roberta Aline

O Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest Senat) realiza, de 8 a 12 de junho, com apoio da Fundação Municipal de Saúde (FMS), a testagem gratuita de trabalhadores do setor de transporte, especialmente motoristas e cobradores, que atuam no município de Teresina.

A ação acontece na sede do Sest Senat, localizada na Praça Landri Sales, 620 - Centro Norte e no posto da Polícia Rodoviária Federal localizado na saída para o município de Demerval Lobão. De acordo com o coordenador do Sest Senat, Cristhian Campelo, serão disponibilizados na capital piauiense 400 testes rápidos. 

"Esta é uma ação do Sest Senat nacional que irá acontecer simultaneamente em mais de 60 unidades espalhadas pelo Brasil para saber como está o trabalhador do setor de transporte. Assim como os médicos, estes profissionais continuam na linha de frente e não podem parar. Então o objetivo é saber como eles estão em relação à infecção neste período", explica. Serão realizados 30 mil testes em todo o Brasil.

O Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Teresina (Setut) avalia como positiva a ação e reforça a importância dos cuidados dos trabalhadores e das empresas para que o vírus não se prolifere e assegure tranquilidade aos passageiros, especialmente os profissionais de serviços essenciais. 

"A iniciativa do Sest Senat é muito importante. A saúde dos profissionais do setor de transporte público deve ser prioridade. A testagem dos trabalhadores, bem como as medidas de proteção e higiene são fundamentais para que possamos evitar contaminações", avalia a coordenadora executiva do Sindicato, Idina Medeiros.

Os testes rápidos serão feitos por meio de agendamento. Para saber mais basta acessar o site: sestsenat.org.br.

 

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Servidores do hospital do Matadouro denunciam "explosão" de Covid entre profissionais

Foto: FMS

Atualizada às 15h

Funcionários da Unidade de Saúde Dr. Ozeas Sampaio, o Hospital do Matadouro, na zona Norte, denunciam que, nas últimas semanas, houve uma “explosão” de casos de Covid-19 entre os profissionais que trabalham no local. 

Segundo denúncia feita ao Cidadeverde.com, há pelo menos 9 servidores, entre médicos, auxiliares de enfermagem, recepcionista e agente de portaria afastados após serem contaminados com o novo coronavírus. 

Uma das profissionais infectadas acabou transmitindo o vírus para todos membros da família entre eles o marido, a irmã(que tem lúpus) e  mãe (paciente oncológica). 

Outro funcionário teve 50% dos pulmões comprometidos após contrair a Covid-19 e passou dias internados. 

Os trabalhadores, que preferem não identificar, denunciam que o hospital do Matadouro não tem estrutura para atender pacientes com Covid-19. Eles afirmam que não usavam Equipamentos de Proteção Individual adequados e que foi apenas “recentemente” que  receberam máscaras mais eficientes. 

“A mesma porta que entra um doente entra os profissionais. A gente não usava EPIs adequados. De um dia para cá que vieram entregar a máscara N95. Parece  que estão fazendo pouco caso de uma situação tão grave. Temos anos de profissão e nunca vivi numa situação desesperadora dessa. Estamos todos sobressaltados, mas como vamos voltar para um lugar desses? O prefeito tem que tomar uma atitude na unidade do Matadouro. Eu quero voltar a trabalhar,  mas trabalhar com segurança, com dignidade. Lá não tem possiblidade. O quadro está todo reduzido” denuncia uma funcionária. 

Os trabalhadores pedem, ainda, que uma Equipe da Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde monitore a situação dos profissionais do hospital. 

Nota de esclarecimento 

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) esclarece que não procede a informação de que estaria ocorrendo muitos casos de Covid-19 em servidores do Hospital Ozéas Sampaio, no bairro Matadouro. O estabelecimento conta com 78 servidores e, até a presente data, 8 testaram positivo para a doença. Eles foram imediatamente afastados de suas atividades laborais, conforme determina o protocolo de manejo desses casos.

Em relação à suposta inadequação de equipamentos de proteção individual, a FMS explica que todos os EPIs adquiridos pela Fundação e entregues aos profissionais da rede municipal possuem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e esclarece que embora haja alta demanda por EPIs no mundo, em decorrência da pandemia do Coronavírus, tem garantido esse material nos serviços de saúde e orientado para o seu uso racional.


Izabella Pimentel
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"Plano dá passos para frente ou para trás", diz governador sobre reabertura

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Em pronunciamento no Palácio de Karnak, o governador Wellington Dias (PT) assinou nesta segunda-feira (8) o Pacto de Retomada Organizada - o Pro Piauí, que define a retomada das atividades a partir dessa semana.

O governo divulgou os protocolos com as exigências para a reabertura das atividades. As primeiras serão a construção civil,  serviços de saúde (psicologia/fisioterapia e terapia ocupacional) e setores automotivos.

Ao lado dos secretários Florentino Neto (Saúde) e Osmar Júnior, o governador garantiu que o plano não é "irresponsável" e foi definindo ouvindo vários setores.

"É um programa que dá passos para frente ou para trás", disse o governador. 

Wellington Dias assinou decreto que institui o Pacto de Retomada Organizada cria o comitê técnico de monitoramento.  O governo apresentou medidas que os empresários terão que adotar no estado, além de dados do diagnostico do vírus no estado. 

O governador pediu que a sociedade mantenha medidas de isolamento. Segundo ele, a abertura deve ocorrer de forma responsável. 

"Prorrogado as medidas de isolamento social. Vamos endurecer a fiscalização. Estamos entrando em uma nova fase, mas para não precisar regredir, temos que seguir de forma organizada. E preciso ter segurança. Vamos trabalhar com a segurança, vigilância, Ministério do Trabalho. Vamos fazer fiscalizações", disse. 

O governador afirma que a partir do lançamento, o Piauí entra em uma nova fase de combate a doença.

"Iniciamos uma nova fase. Uma fase cuidadosa e cautelosa. E uma fase de muita  responsabilidade. Abri muitas conversas com os Poderes, com as pessoas da ciência, empresários, trabalhadores e membros do Ministério Publico. Fiz uma visita pessoalmente ao prefeito Firmino Filho. Temos uma perspectiva de estabilização. Embora crescimento, estamos indo para estabilização tanto na transmissibilidade e taxa de ocupação de leitos e óbitos", disse.

Ele defendeu a necessidade de parcerias com os prefeitos e setores da sociedade.

Com o lançamento foi criado um comitê técnico para acompanhar a reabertura. O governador destacou a tendência de queda da transmissibilidade.

"A transmissão do vírus em tendência de queda. A redução de colapso na capacidade hospitalar.  Vamos trabalhar medidas como busca ativa para reduzir óbitos. Ainda tem muita gente com medo de ir a rede de saúde. Cometemos alguns erros como no sentido de proteger os profissionais de saúde, ficamos esperando o teste. Agora temos equipes de casa em casa para fazer o tratamento mais cedo. Evita mortes e pressão por UTI. Vamos intensificar as barreiras para evitar importação do vírus. Vamos ter sistema de regulamentação como forma de entrada de pacientes de outros estados". 

"O uso de máscaras ainda é o principal meio de proteção. Não podemos relaxar. O simples ato de lavar as mãos. Esse dois são grandes resultados", afirmou.

 

Flash Lídia Brito e Yala Sena

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"Teresina só vai voltar com segurança", diz Fernando Said

Atualizada às 14h

A Prefeitura de Teresina não seguirá o Pacto de Retomada Organizada Pró-Piauí, anunciado pelo Governo do Estado. O secretário municipal de Governo, Fernando Said, afirma que as atividades só serão retomadas quando houver segurança e controle no número de casos do coronavírus na capital. 

"As questões relacionadas a uma abertura lenta, gradual e adequada. A Prefeitura não tem nenhuma previsão de data, de prazo. Nós só iremos fazer qualquer manifestação a respeito de  abertura quando nós tivermos a absoluta segurança e o controle dos dados da doença em Teresina. Não anunciar flexibilização daqui, flexibilização dali sem a segurança necessária para garantirmos a volta das nossas atividades econômicas; todos nós acreditamos que esteja bem próximo. Nós queremos fazer algo solidez, com segurança".

Said explica que o retorno em Teresina seguirá o número de óbitos, a curva de infecção e a disponibilidade de leitos. Ele afirma que a capital chegou ao limite de leitos, mas que a quantidade deverá ser ampliado ainda no mês de junho com a inauguração do hospital de campana ao lado do Hospital de Urgência de Teresina. 

Said explica que a cidade precisa de uma folga de 30% dos leitos. "Estamos no limite, nós não temos mais folga para disponibilização de leitos de UTI. A Prefeitura de Teresina está implantando mais 79 novos respiradores, que dão a possibilidade de 79 novos leitos. Temos mais 60 leitos de UTIs completos no hospital de campanha que deverá inaugurar neste mês de junho ao lado do HUT".  


Foto: Arquivo CV
 

"O seguro é retornar quando tivermos 30% de leitos de UTI disponíveis. Hoje não temos nem 1%. Nossa expectativa é dobrar essa capacidade de leitos.  Como vamos reabrir, para amanhã ter várias pessoas doentes e não ter leitos?", destacou. 

De acordo com Fernando Said, Teresina irá seguir os dados do comitê para retornar. "É um dia de cada vez. Vai depender dos dados. Pode ser daqui a duas semanas. Pode ser só em agosto. Vamos analisar um dia de cada vez", afirmou. 

Apesar da discordância com relação a decisão do governo estadual, Said afirma que a Prefeitura trabalha junto com o Estado. Ele nega qualquer problema.


Flash de Lídia Brito e Carlienne Carpaso
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Bolsonaro responsabiliza governadores e prefeitos por combate à Covid-19

Foto: Isác Nóbrega/PR

O presidente Jair Bolsonaro usou o Twitter nesta segunda-feira (8) para rebater críticas sobre condução das medidas de combate ao novo coronavírus e tentar passar a responsabilidade das ações para prefeitos e governadores. Na rede social, ele afirmou que "forças nada ocultas" tentam deslegitimá-lo e atrapalhar a governança. Neste domingo, dia 7, o Brasil registrou quase 700 mil casos de covid-19 e 36,4 mil mortes decorrentes da doença.

"Ao lado disso forças nada ocultas, apoiadas por parte da mídia, açoitam o presidente da República das mais variadas formas para deslegitimá-lo ou atrapalhar a governança. Com fé em Deus e no povo seguirei meu destino de melhor servir ao meu País", diz Bolsonaro na mensagem.

Abertamente contrário ao isolamento social, Bolsonaro afirmou que as medidas de combate à pandemia são determinadas por governadores e prefeitos, em nova tentativa de se isentar da responsabilidade das ações tomadas. Na semana passada, o Brasil foi citado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como "mau exemplo" na condução da pandemia.

"Lembro à Nação que, por decisão do STF, as ações de combate à pandemia (fechamento do comércio e quarentena, p.ex.) ficaram sob total responsabilidade dos Governadores e dos Prefeitos", escreveu o presidente Bolsonaro nesta segunda. Ele também relembrou que o governo liberou o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores informais, além de ter alocado recursos para medidas de combate ao desemprego.

 


Fonte: Estadão Conteúdo

Paciente com Covid em Teresina pede correção de atestado de três dias

Um paciente atendido na Unidade Básica de Saúde Dr. Fernando Correia Lima, localizada no Portal da Alegria, na zona Sul de Teresina, pede correção no atestado médico que teria liberado ele e a esposa para o retorno das atividades após três dias da consulta, mesmo após o casal testar positivo para a Covid-19. 

"O médico deu uma data querendo liberar a mulher para trabalhar. Ela está com dor no pulmão. Eu também estou com sintomas: dores no rins e estou estourando úlcera no braço, por causa da doença. Eles não querem corrigir o atestado médico e quer que ela volte a trabalhar na segunda-feira para contaminar os outros. Ela foi contaminada lá", diz o paciente. 

Ele conta que, mesmo com sintomas, teve que ir à UBS algumas vezes para pedir a correção do atestado. 

O diretor de Atenção Básica da Fundação Municipal de Saúde (FMS) de Teresina, Kledson Batista, diz que o protocolo definido pelo Ministério da Saúde é rigorosamente seguido que determina o afastamento médico de 14 dias, a partir dos sintomas. A liberação do paciente para o trabalho deve ocorrer a partir do 15º dia. 

"A profissional que emitiu o atestado disse que o paciente compareceu à UBS, relatando o início dos sintomas. Foi agendado um teste rápido e confirmado. É importante saber que quando o teste rápido confirma, essa paciente tem no mínimo sete dias de início da doença. E o que se sabe até agora da doença é que a partir do 14º dia do início dos sintomas já pode voltar ao trabalho com uma segurança razoável em relação a transmissão. Se até o 14º dia o paciente ainda estiver com sintomas sugestivos, ele deve procurar uma UBS para ser reavaliado e a critério do médico, ele será liberado ou dado um novo atestado, com base no protocolo, e até saber se não é uma outra doença e não a Covid-19", explica Kledson Batista. 


Graciane Sousa
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Pandemia cria distorções em estatísticas econômicas

Foto: Roberta Aline

O final de semana foi marcado pela decisão do governo Jair Bolsonaro de divulgar apenas parcialmente as informações sobre os mortos pelo novo coronavírus. Já no espectro econômico, dados sobre atividade econômica, emprego, contas públicas e taxas de juros têm apresentado distorções, ainda que não de forma deliberada.

O motivo é a mudança radical no cenário econômico provocada pela pandemia. A Folha de S.Paulo analisou estatísticas referentes aos meses de março, abril e início de maio já divulgadas e ouviu especialistas que mostram como será necessário mudar a forma de interpretar alguns desses números nos próximos meses.

JUROS BANCÁRIOS
Apesar do aumento do risco de crédito e da dificuldade de acesso de empresas de menor porte a empréstimos, as taxas nas principais linhas para pessoas jurídicas recuaram em abril, segundo dados do Banco Central. Houve queda tanto no custo de captação dos bancos, influenciado pela redução da taxa básica, como no spread bancário, diferença entre a taxa que os bancos pagam para captar recursos e a que é cobrada nos empréstimos. O spread pode refletir, por exemplo, medidas anunciadas pelo governo para aliviar o custo do crédito.

Além disso, a taxa divulgada se refere às operações efetivamente realizadas e houve mudança no perfil de quem contratou crédito, com participação maior de grandes empresas –que oferecem menos risco de calote e tem juros menores. Dados da Febraban (federação dos bancos) mostram que as grandes empresas ficaram com 74% do crédito a pessoas jurídicas de 16 de março a 8 de maio.

Outro número que ajuda a entender o fenômeno é o Indicador de Facilidade de Acesso ao Crédito extraído das Sondagens Empresariais do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da FGV). Ele começou a despencar em fevereiro e atingiu em abril o menor valor desde junho de 2016, com ligeira recuperação em maio.

"O governo está tentando aumentar o crédito, o cenário de Selic está favorável e a gente esperava ver um aumento das concessões, mas as empresas estão reclamando", afirma a economista do FGV Ibre Renata de Mello Franco.

MERCADO DE TRABALHO
A crise também mudou a maneira de se observar os dados do mercado de trabalho. Pelo IBGE, só são considerados desocupados trabalhadores que procuraram emprego nos 30 dias anteriores ao período da pesquisa e que estavam disponíveis para trabalhar naquela mesma semana.

O distanciamento social e o fechamento temporário de empresas e serviços não essenciais fazem com que muitas pessoas não possam buscar trabalho e não estejam disponíveis imediatamente.

Por isso, especialistas avaliam que a estatística mais relevante nos próximos meses será o nível de ocupação e da força de trabalho. Os dados mais recentes mostram que 4,9 milhões de brasileiros deixaram de trabalhar no trimestre encerrado em abril em relação aos três meses encerrados em janeiro.

Desses, 900 mil procuraram trabalho, ou seja, engrossaram a estatística do desemprego, cuja taxa chegou a 12,6%. Os outros 4 milhões são pessoas que ficaram sem ocupação e que não procuraram emprego no período da pesquisa. Outro fator que segurou o desemprego é a possibilidade de suspensão de contratos e redução de jornada durante a pandemia -8,1 milhões de trabalhadores foram incluídos nesse programa.

"O programa de redução de jornada é muito potente. Por causa desse programa, o nosso desemprego não vai crescer na mesma intensidade vista nos EUA. Eles saíram de uma taxa de 4% para 14% em um mês", afirma a economista Margarida Gutierrez, professora de Macroeconomia do Coppead/UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

INDICADORES DE ATIVIDADES E JUROS
Em um momento de mudanças rápidas no cenário econômico e elevada incerteza, a defasagem na divulgação dos dados aumenta a importância da análise de indicadores antecedentes. Entre eles estão sondagens e índices de confiança de empresários e consumidores, risco-país, juros futuros e câmbio.

"Os indicadores de nível de atividade hoje são de menor relevância. O PIB está olhando para trás, a gente já sabe que ele vai cair. O problema está em visualizar uma possibilidade de recuperação, o que depende principalmente da questão da saúde", afirma Gutierrez.

A redução na taxa Selic pelo Banco Central, para 3% ao ano, por exemplo, não é necessariamente um sinal de que a economia terá um forte impulso, segundo ela, que destaca a importância de se olhar toda a curva de juros.

"Quando os juros futuros começam a subir, mesmo com a Selic caindo, significa que isso não vai surtir o efeito esperado no custo de crédito."

O professor João Luiz Mascolo, do Insper, afirma que os primeiros indicadores a sinalizar uma melhora no ambiente econômico devem ser os mercado financeiro, como Bolsa, juros e taxa de câmbio, seguidos pelos dados de atividade, como as pesquisas mensais do IBGE. Ele avalia que os indicadores de confiança vão demorar mais a se recuperar. "O empresário não vai dizer que está confiante antes de ver uma melhora de fato."

CONTAS PÚBLICAS
Outra questão sensível são as contas públicas. As divulgações mais recentes do Tesouro Nacional mostraram queda na dívida mobiliária, mas esse dado trata apenas de títulos públicos e a queda está relacionada à dificuldade do governo em encontrar compradores para os papéis e a uma onda de resgates antecipados por investidores.

O indicador mais importante para o endividamento do país continua sendo a dívida bruta, que deve ultrapassar 90% do PIB neste ano. O patamar recorde, no entanto, também deve ser relativizado, pois todos os países estão se endividando para tentar manter suas economias funcionando durante a pandemia.

Para analistas, o fundamental será manter esses gastos sob controle e evitar um aumento forte dos juros, dois fatores que limitariam o crescimento da dívida nos próximos anos.

Também é importante garantir que o país volte a crescer para que a relação entre dívida e PIB possa voltar a cair e gerar superávits para reduzir o endividamento.


Fonte: Folhapress

Governo promete recuar e manter divulgação detalhada de dados

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

Após forte reação de especialistas, políticos e integrantes do Judiciário sobre a forma de divulgação dos dados do coronavírus nos últimos dias, o governo anunciou um recuo e prometeu retomar a divulgação detalhada dos impactos da doença.

Após um vaivém iniciado na sexta, o Ministério da Saúde divulgou duas notas na noite deste domingo (7) afirmando que está finalizando uma plataforma que trará os números detalhados da pandemia.

Na última delas, voltou a falar em problemas técnicos e oficializou a intenção de divulgar os dados tendo como base a data da morte e não a data em que se confirmou que a pessoa morreu por coronavírus registrado pelas autoridades.

A pasta também prometeu deixar acessível para consulta o acumulado de casos, já que havia o temor de casos cuja confirmação atrasasse sumissem dos registros oficiais. A iniciativa sinaliza um recuo em relação à posição dos últimos dias, quando o governo passou a informar somente o número de casos e mortos computados nas últimas 24 horas (e não o total), omitindo do site informações do acumulado de casos, além do detalhamento por estados.

Agora, o governo diz que a nova plataforma mostraria dados do Brasil, de regiões, estados, capitais e regiões metropolitanas "com os respectivos gráficos de evolução diária dos novos registros". A pasta promete colocar a página interativa no ar nos próximos dias. "Assim, será possível acompanhar com maior precisão a dinâmica da doença no país e ajustar as ações do poder público diante a cada momento da resposta brasileira à doença."

Apesar de mencionar a iniciativa, o governo não informou o horário em que as atualizações diárias ocorrerão. Nos últimos dias, os números atualizados passaram a sair quase às 22h (na gestão de Luiz Henrique Mandetta, os números era apresentados no fim da tarde).

O presidente Jair Bolsonaro, ao ser questionado sobre o horário, respondeu que não haveria mais a divulgação dos números no Jornal Nacional, da Rede Globo."Acabou matéria no Jornal Nacional", disse. "Não interessa de quem partiu, é justo sair às 22h, é o dado completamente consolidado. Muito pelo contrário, não tem que correr para atender a Globo".

As decisões do governo sobre uma nova metodologia dos casos motivou o Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) a elaborar um painel próprio de informações, reunindo dados de contaminados e de óbitos em contagem paralela à do governo federal.

Os primeiros dados do conselho foram informados na noite deste domingo (7), conforme informou a coluna Painel, e apontava que, nas últimas 24 horas, foram registrados 1.113 mortos.Na contagem do governo federal, atualizada na noite de domingo, o número de mortos foi de 1.382 nas últimas 24 horas.

"A proposta é realizar readequações para proporcionar uma informação sobre o cenário atual com uma abordagem técnica, porém mais simples e de fácil entendimento e acesso à população em geral", afirmou o Ministério, na última nota divulgada à imprensa.

"O novo modelo de divulgação de informações sobre a COVID-19 abordará o cenário atual da doença, com análise de casos e mortes por data de ocorrência, de forma regionalizada. Dessa forma, toda a rede de atenção à saúde estará em condições de se adequar e agir com mais efetividade contra a doença. O uso da data de ocorrência (e não da data de registro) auxiliará a se ter um panorama mais realista do que ocorre em nível nacional e favorecerá a predição, criando condições para a adoção de medidas mais adequadas para o enfrentamento da COVID-19, nos âmbitos regional e nacional", acrescentou.


Fonte: Folhapress

Brasil registra 1.382 mortes por coronavírus em 24 horas; total vai a 37.312

Foto: Antonio Molina/Foto Arena/Estadão Conteúdo

 

Enquanto o governo tenta reduzir o acesso aos dados sobre a pandemia do novo coronavírus, a covid-19 continua se alastrando pelo País. O Brasil contabilizou 1.382 novas mortes causadas pela doença nas últimas 24 horas, elevando o total de vidas perdidas pela doença para 37.312, segundo o Ministério da Saúde.

De ontem para hoje, houve registro de 12.581 novos casos de infecção pelo novo coronavírus e agora são 685.427 pessoas contaminadas, sendo registrados mais de 100 mil novos casos em menos de uma semana.

O Brasil soma 37.312 mortes e só está atrás dos Estados Unidos e Reino Unido no total de vidas perdidas para a doença.

Os dados chegam no momento em que muitos Estados e municípios discutem e implementam medidas de flexibilização da quarentena. De acordo com dados compilados pela Universidade Johns Hopkins os números globais da covid-19 mostram que a curva de contágio do Brasil continua ascendente, diferentemente de outros países europeus e asiáticos em processo de flexibilização, cujos dados parecem indicar, uma estabilização no número de casos.

A projeção do avanço do coronavírus no Brasil feita pela Universidade de Washington foi atualizada pela segunda vez, e agora prevê 165,9 mil mortes causadas pela covid-19 no País até 4 de agosto. A primeira estimativa para o Brasil, feita em 12 de maio, projetava 88 mil mortes. O dado foi alterado para 125,8 mil mortes no último dia 25 e novamente revisado no último sábado, dia 6.

Secretários de saúde do Brasil lançam site para divulgar dados sobre coronavírus

O Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass) lançou neste domingo um site para divulgar dados sobre o coronavírus no Brasil. A medida do órgão, que reúne os gestores dos 26 estados e do Distrito Federal, ocorreu após o Ministério da Saúde mudar a forma de divulgação dos números sobre a covid-19 no País. Nos últimos dias, o Ministério da Saúde passou a omitir o número total de casos e mortes causadas por coronavírus no Brasil, divulgando apenas os dados das últimas 24 horas.

De acordo com o Conass, os dados no portal lançado neste domingo serão atualizados diariamente as 17h. Desde a última quinta-feira, o Ministério da Saúde passou a divulgar os dados apenas à noite, a partir das 21h30.

400 mil pessoas perderam a vida para a covid-19 em todo o mundo

Mais de 400 mil pessoas morreram de covid-19 em todo o mundo, segundo balanço da Universidade americana Johns Hopkins, com o número de casos aumentando na América Latina e sem uma perspectiva de chegada ao pico, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS).

O chefe de emergências da OMS, Mike Ryan, afirmou na semana passada que é difícil prever se o pior está por vir nas América do Sul e Central.

Durante algum tempo no início da pandemia, quando a América Latina era mais espectadora do surto ocorrendo na China, depois na Europa e em seguida nos Estados Unidos, havia esperança de que, quando o coronavírus chegasse ao continente, seria diferente. Semanas depois, mais de um milhão de pessoas estão infectadas, dezenas de milhares morreram e aquelas esperanças desvaneceram.

A doença tem sido um desastre no Brasil, que hoje está em segundo lugar, depois dos Estados Unidos, em casos confirmados, com mais de 31 mil mortos. O Peru tem o dobro do número de infecções registrado na China. No Chile, as autoridades alertaram que o sistema hospitalar em Santiago está no limite da capacidade de atendimento.

Fonte: Estadão Conteúdo

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