Cidadeverde.com

Filha faz apelo para mãe com Covid-19 ter vaga em UTI: "vai morrer aqui"

 

Atualizada às 11h18 do dia 07/06/2020

A filha de dona Maria da Graças confirmou que a mãe morreu na noite desse sábado. A vaga para leito de UTI no Hospital Prontomed apareceu, a idosa foi transferida, mas faleceu após chegar na unidade de saúde. 

“Os médicos tentaram reanimar, mas já era tarde demais. Se tivesse ido antes tinha dado tempo. Mas foi tarde demais e era por isso o meu desespero. Quando apareceu a vaga já era muito tarde”, lamenta Maria Luciana. 
 
Maria das Graças,70 anos, não terá velório. O sepultamento acontecerá na manhã deste domingo.

Atualizada às 18h

A  família da aposentada  Maria das Graças de Araújo, 70 anos, denuncia a falta de vagas de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em Teresina. A idosa foi internada no Hospital Dr. Ozéas Sampaio, o Hospital do Matadouro, na última quinta-feira (4) com quadro de infecção urinária. Ao chegar na unidade de saúde,  ela foi submetida a teste para Coronavírus  e, segundo os familiares,  o resultado foi positivo. 

Desde então dona Maria da Graças só tem piora em seu quadro de saúde. Além de ser idosa, a paciente é diabética e sofre com hipotensão arterial.  A filha dela, Maria Luciana Costa, disse ao Cidadeverde.com que o hospital não tem estrutura adequada para atender sua mãe. 

Aos prantos, ela faz um apelo emocionado para que a mãe seja encaminhada o mais rápido para um leito de Unidade de Terapia Intensiva. "Minha mãe vai acabar morrendo aqui. Eu não quero perder minha mãe. Eu amo muito minha mãe e alguma coisa tem que ser feita. Os médicos tentam, mas dizem que não tem vaga. Minha mãe vai acabar morrendo", diz.

Com a respiração fraca, dependendo de um balão de oxigênio, dona Maria das Graças já não consegue falar. 

"A pressão dela é só caindo. Ela está passando muito mal, não abre os olhos, não consegue se comunicar,  só piora", lamenta  a filha Maria Luciana. 

Por meio de nota, a  Fundação Municipal de Saúde informou que a idosa é a "primeira da fila" para ser transferida para leito de UTI assim que houver disponibilidade. Não foi dito um prazo para a transferência ser realizada. 

Veja nota na íntegra

A Fundação Municipal de Saúde comunica que a paciente M.G.A está internada, recebendo cuidados médicos no Hospital do Matadouro e é a primeira da fila para ser transferida para leito de UTI assim que houver disponibilidade.


Izabella Pimentel
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Prefeitura estabelece sete critérios para reabertura do comércio em Teresina

Foto: Roberta Aline

O prefeito Firmino Filho divulgou um vídeo, na tarde deste sábado (6),  onde elenca sete critérios para iniciar a retomada das atividades econômicas em Teresina. A capital, que tem 3.137 casos confirmados de Covid-19 e 117 mortes pela doença, está com o comércio fechado desde março

Entre as condições estabelecidas pela prefeitura de Teresina para dar início à reabertura do comércio, estão o monitoramento da taxa de transmissão da Covid-19, a redução no número de internações e a diminuição de mortes provocadas pelo Coronavírus. 

"Com o cumprimento dessas medidas vamos voltar gradativamente à normalidade, reabrir o comércios e as atividades. Mas precisamos fazer isso com segurança, responsabilidade e sobretudo zelando por sua vida", disse o prefeito.

Os outros quatro critérios estabelecidos pela prefeitura de Teresina são: fortalecer a capacidade de diagnóstico de Covid-19, avaliar capacidade de leitos de observação e de enfermaria, avaliação da capacidade dos leitos de UTI e ampliar o rastreamento de contato. 

 "O momento é de olhar para o futuro, mas com segurança, respeito e coragem de fazer o certo. A velocidade do processo depende de cada um de nós", ressaltou o prefeito. 

 

 

Entenda os critérios: 

1- Monitorar a taxa de transmissão da doença 
Segundo o prefeito, a redução dessa taxa só é possível com distanciamento e isolamento social  

2 -Reduzir número de internações
Firmino explicou que se a queda se mantiver por duas semanas  seguidas , o sistema de saúde passa atender sem risco de entrar em colapso 

3- Diminuir o número de  mortes
A redução diária de casos de morte é sinal positivo de recuperação de pacientes internados 

4-  Avaliar capacidades dos leitos de observação e de enfermaria 
É necessário que pelo menos 30% desses leitos estejam disponíveis

5 - Avaliar capacidade dos leitos de UTIs
É preciso que haja disponibilidade de pelo menos 30% de leitos de UTI antes da reabertura 

6-  Fortalecer  a capacidade de diagnóstico
Firmino ressalta que testar as população é a melhor forma de conter a disseminação do coronavírus. O prefeito acredita que é preciso realizar , no mímino, mil testes por dia para poder realizar a reabertura econômica de forma segura 

7- Ampliar capacidade de rastreamento de contatos
O prefeito explica que é preciso ter  uma força tarefa de 520 agentes treinados para o  rastreamento de contato. Para Firmino, esse rastramento é um controle seguro para estancar o contágio do coronavírus  

 

 

Izabella Pimentel
[email protected] 

Com 4 mil demissões, Construção Civil aguarda retorno e elabora protocolo de segurança

Foto: Arquivo/Cidadeverde


Vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Teresina (Sinduscon), Guilherme Fortes

Um dos setores que mais foi afetado pela pandemia causada pelo novo coronavírus, com mais de 4 mil demissões em Teresina, a Construção Civil está na expectativa para o retorno das atividades. O setor já apresentou um protocolo de segurança ao prefeito da capital, Firmino Filho, e aguarda a deliberação de uma data para a volta dos trabalhos.

Segundo o vice-presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil de Teresina (Sinduscon), Guilherme Fortes, o protocolo é semelhante ao que outros estados estão adotando, como o Maranhão e Ceará, por exemplo.

“Nós da Construção Civil temos uma expectativa muito grande do retorno das obras. Assim que foi anunciada a pandemia, o setor entendeu que era importante parar e estudar as melhores práticas evitando a disseminação da doença. Inicialmente nós propomos uma parada, até antes da prefeitura, de 3 semanas para poder ver as melhores soluções pelo mundo. Após esse estudo nós preparamos esse protocolo, que consegue ser aplicado nas pequenas, médias e grandes obras e tivemos a preocupação de fazer a interlocução com estados vizinhos, como o Maranhão e Ceará. A gente discutiu com eles. Eles adotaram e é prática deles”, afirma o empresário.

Além dos canteiros de obras, o vice-presidente explica que o protocolo serve para toda a cadeia produtiva da Construção Civil, como fábricas e lojas.

“Juntamos com a Fiepi (Federação das Indústrias do Piauí) e fizemos que esse protocolo norteasse também a cadeia da construção civil, como fábrica de tijolos, telhas, tintas, equipamentos, peças. Aplicamos e sugerimos que ele fosse seguido por toda a cadeia”, explica Guilherme.

Segundo o vice-presidente do Sinduscon, em todo o país cerca de 800 obras estão sendo monitoradas em plena pandemia. “O setor da Construção Civil está monitorando em todo o país 800 obras. Não tem nenhuma em Teresina, pois estamos parados, mas ao longo do país são 800 obras com mais de 54 mil pessoas sendo monitoradas. Esse trabalho tem dado certo. O número são muitos bons”, disse.

Foto: Sinduscon


Trabalhadores seguem protocolo com distanciamento em refeitório

Guilherme ressalta que os canteiros de obras são seguros para trabalhar, já que não ficam expostos a visitas externas.

“O canteiro de obra é muito seguro para trabalhar. Não há visita externa. É um ambiente controlado e nós aqui esperamos muito ansiosamente o retorno. Tentamos esse diálogo com a prefeitura, sensibilizá-los. Dialogamos bastante e nosso anseio é que as coisas voltem para ajudar a economia desenvolver”, afirmou.

72 mil trabalhadores aguardam retorno

De acordo com dados do Sinduscon, 72 mil trabalhadores aguardam o retorno das atividades. Eles foram incluídos na Medida Provisória 936/20, que institui o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que autoriza os empregadores, temporariamente, suspender contratos de trabalho por até 60 dias.

“Se as coisas não retornaram corre risco dessas 72 mil pessoas ficarem prejudicadas. A economia é um organismo vivo, as coisas se interligam. A gente precisa que essa interligação aconteça com segurança. Quando a suspensão acabar eles vão querer retornar aos seus posto de trabalho”, declarou.

Veja o que diz o protocolo:

No acesso ao canteiro de obras

Na entrada do colaborador na obra é realizado a medição de temperatura e uma análise visual do estado físico, como possíveis espirros e tosse. Em caso de alteração, o colaborador é isolado e enviado para unidade de saúde.

Utilização do vestiário

Os acessos aos vestiários são controlados, os colaboradores são separados em pequenos grupos para troca de roupas e higienização após execução dos serviços. E nos casos de filas, é respeitado o afastamento entre os colaboradores, conforme recomendações do Ministério da Saúde. As demarcações de afastamentos no piso são importantes para manter o distanciamento e a organização nos acessos.

Utilização do refeitório

A utilização do refeitório segue as regras de restrição de acesso, as filas são espaçadas para recebimento de alimentação e há separação de pequenos grupos de colaboradores para acesso ao mesmo e divisão de turno. As mesas são separadas conforme recomendações e são utilizadas por apenas um colaborador por vez. E para higienização os refeitórios são equipados com álcool gel e com lavatórios externos para lavagem das mãos antes e após as refeições.

Execução dos serviços

Os colaboradores utilizam EPIs como a máscara para execução de todos os serviços. A distribuição do álcool gel em pontos estratégicos das obra é de fácil acesso e utilização.

Limpeza das áreas comuns

A equipe de limpeza da obra executa constantemente a higienização das áreas comuns, focadas em pontos como maçanetas, armários, torneiras, lavatórios e demais objetos que possuem contato com as mãos. O kit de materiais utilizados para a higienização é composto Água sanitária e o desinfetante, ambos são indicados para desinfecção e desodorização de ambientes em geral e possuem ação direta em superfícies como piso, paredes, mesas.

Identificação do grupo de risco

Os colaboradores acima de 60 anos e com doenças como hipertensão, diabetes e problemas respiratórias são identificados e afastados dos canteiros como forma de prevenção e cuidado com o colaborador. Os mesmos entram de férias até o momento propicio para o retorno aos serviços.

Kits de prevenção

Os Kits de prevenção como máscaras estão sendo distribuídos no canteiro de acordo com a necessidade, assim como os procedimentos dos EPIs já utilizados na rotina do canteiro.

Registro de ponto

O ponto eletrônico é substituído pelo cartão de ponto para que o contato dos dedos na máquina não aconteça e impeça a transmissão.

Doação de kits para higiene pessoal

Um Kit contendo sabonete, detergente, Álcool Gel 70% e sabão em barra será entregue para o colaborador para que seja utilizado de forma consciente e responsável.

Reuniões e encontros ao ar livre

As reuniões e encontros com as equipes são realizadas ao ar livre para evitar aglomerações e confinamento em locais fechados e sem circulação de ar.

Hérlon Moraes
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'Não vamos desenterrar mortos', diz Carlos Wizard

O futuro secretário da Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard, disse que o governo Bolsonaro não pretende "desenterrar mortos", como forma de averiguar se os mais de 35 mil óbitos registrados oficialmente pelo próprio governo, em relação à covid-19, foram de fato resultado de mortes pela doença.

"Não pretendemos desenterrar mortos, não tratamos disso. O que pretendemos é rever os critérios dessas mortes", disse Wizard, que espera que sua nomeação como secretário no Ministério da Saúde seja publicada na próxima segunda-feira, 8.

A possibilidade de recontagem provocou reação de entidades. O presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame, afirmou que há uma tentativa "autoritária, insensível, desumana e anti-ética" de dar invisibilidade aos mortos pelo coronavírus.

Carlos Wizard disse que a pasta da Saúde conta com uma "equipe de inteligência" militar que identificou sinais de fraudes em dados prestados por alguns Estados e municípios, mas evitou dizer quais seriam esses locais, ou mesmo quantos. "Temos uma equipe de inteligência no ministério. Essa equipe encontrou indícios de que alguns municípios e estados estão inflacionando os dados para receber benefícios federais, isso é lamentável", declarou.

Amigo próximo do ministro interino da Saúde, o general Eduardo Pazuello, que conheceu durante a Operação Acolhida, em Roraima, Carlos Wizard disse que o governo deverá levar o assunto "à esfera competente" contra as supostas irregularidades, sem detalhar exatamente o que deve ser feito. "Temos uma equipe de militares trabalhando nisso, sob o comando do general Pazuello. Estamos levantando os dados e fatos. Levaremos à esfera competente."

Apesar de ter admitido, em entrevista ao jornal O Globo, que o número de mortos oficialmente divulgado pelo governo deveria cair com a recontagem, Wizard afirmou que o governo não vai alterar o que já foi feito até agora. Até esta sexta, foram registradas 35.026 mortes pelo coronavírus e outros 645.771 casos de contaminação. "Não estamos preocupados com o passado, mas com o futuro. O passado já foi, o número não vai cair", disse.

Na avaliação do futuro secretário, o governo "tem enfrentado quatro guerras, a da covid, a da economia, da informação e a da política. Wizard também defendeu o uso massificado da cloroquina no País e disse que publicações que criticaram a substância estão sendo reavaliadas. "Acusaram o governo federal de forma irresponsável sobre o uso da cloroquina. Publicaram uma inverdade. Cloroquina não é cocaína, que você vai morrer amanhã", comentou.


Fonte: Estadão Conteúdo

TCU e tribunais dos Estados devem fazer balanço próprio de mortes de covid-19

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Tribunal de Contas da União (TCU), em parceria com os tribunais de contas estaduais (TCEs), poderá assumir a responsabilidade de fazer a consolidação de dados diários de mortos e casos de contaminação pela covid-19, como forma de garantir a total transparência e publicidade dos dados.

O assunto já foi discutido pelo ministro do TCU Bruno Dantas e o presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), Fábio Nogueira. A ideia, basicamente, é que os tribunais estaduais atuem junto às secretarias de saúde de cada Estado, para recolher as informações diárias sobre a evolução da doença no País, até as 18h de cada dia. A partir daí, esses dados seriam enviados ao TCU, para consolidação e divulgação das informações.

A obrigação de fazer essa divulgação é do poder Executivo, ou seja, do Ministério da Saúde. Desde sexta, porém, o governo Bolsonaro retirou do ar o site que fazia a divulgação de uma série de informações sobre a evolução diária da doença. Mais do que isso, sinalizou que vai "recontar" as mortes, que já ultrapassam 35 mil óbitos, porque teria encontrado dados inconsistentes repassados por Estados, interessados em obter mais ajuda federal.

"O Estado tem uma obrigação com a sociedade de prestar informações verdadeiras em tempo hábil para que medidas e decisões sanitárias, sejam tomadas levando em consideração o quadro real do País", disse Bruno Dantas. "Os tribunais dos Estados podem fazer essas solicitações às secretarias estaduais. É uma ação cooperativa. O ideal era que o governo superasse os problemas que têm, já que a publicidade das informações é um dos cinco princípios da Constituição. Se o Ministério da Saúde divulgasse diariamente como vinha fazendo, não seria preciso. Mas, no momento em que as estatísticas desaparecem, as pessoas têm de ter acesso às informações."

Fábio Nogueira, presidente da Atricon, disse não se trata de assumir o papel que é do governo, mas de garantir a prestação de um serviço fundamental à sociedade. "Estamos analisando como isso pode ser feito. Podemos estabelecer um prazo diário para que as secretarias enviem esses dados aos tribunais estaduais, que passa as informações ao TCU para serem consolidadas. Os TCEs estão à disposição para colaborar no sentido da transparência e da publicidade."

Foto: Estadão Conteúdo

Votação de marco de saneamento deve ser retomada

Foto: Arquivo/Cidadeverde.com

O avanço da covid-19 no Brasil criou um ambiente favorável para a votação pelo Senado do projeto que cria o novo marco de saneamento do Brasil, que abre espaço para a iniciativa privada atuar com mais força na exploração do setor e institui o regime de licitações aos municípios para a escolha das empresas que prestarão serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto.

A expectativa é de que o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), feche um acordo para votação a partir da segunda quinzena de junho, ainda com o funcionamento do plenário virtual que foi instalada durante a pandemia.

A avaliação é que o projeto está maduro e que é o momento para a sua aprovação, principalmente depois que a covid-19 mostrou a dificuldade da população de baixa renda de enfrentar a doença sem condições básicas de acesso à água potável e saneamento. No Brasil, 100 milhões não têm coleta de esgoto e 35 milhões não têm acesso à rede água.

Estudo da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), divulgado ontem mostra que o Brasil teve mais de 40 mil internações causadas por doenças relacionadas a falhas de saneamento básico no primeiro trimestre deste ano. As internações ocuparam, em média, 4,2% dos leitos do SUS no período, por cerca de três dias. Além disso, elas custaram mais de R$ 16,1 milhões aos cofres públicos.

Uma das possibilidades para agilizar a aprovação do novo marco legal é levar direto ao plenário o texto que recebeu o aval dos deputados. O relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) disse que Alcolumbre e o líder do governo, Fernando Bezerra (MDB-PE), querem votar a proposta, mas há ainda resistências de alguns senadores, que devem ser vencidas até o dia 15.

"Não é um projeto de privatização. É um projeto de universalização de metas para o saneamento básico", afirmou Jereissati que foi relator da proposta aprovada no ano passado. Como houve mudanças na Câmara, o projeto retornou ao Senado.

Pelo projeto, os serviços de saneamento só poderão ser concedidos (outorga de concessão), via licitação. Será permitida a prorrogação, por até 30 anos, dos contratos existentes. O novo marco cria uma meta de universalização estabelecida para 2033. Segundo a Abes, hoje, menos de 100 cidades brasileiras estão perto de atingir a universalização do saneamento básico.

Jereissati destacou que nem União, Estados, municípios e as companhias estaduais têm recursos para fazer andar investimentos para cobrir o que chamou de déficit vergonhoso para o País. Ele ressaltou que já foram feitos mais de 20 audiências públicas sobre o tema no Congresso. "O processo de discussão está esgotado, pode fazer ajuste e aqui e ali", disse. Uma das possibilidades é negociar com o governo eventuais vetos do presidente para fazer os ajustes e evitar que o projeto retorne à Câmara.

O relator rebateu a avaliação de que é preciso esperar o fim da pandemia para avançar na proposta. Para ele, se o projeto tivesse sido aprovado antes o País estaria enfrentando a pandemia numa situação melhor.

Na veia

A presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Simone Tebet (MDB-MS), disse que apoia o movimento para a votação ainda no plenário virtual e que o projeto está em boas mãos com Jereissati. "O projeto está relacionado com a pandemia porque saneamento é saúde pública na veia", disse Tebet, ressaltando que a população pobre ficou numa situação difícil na ausência de saneamento. Segundo ele, depois da próxima semana, quando será votado projeto de combate às fake news (informações falsas), será possível um acordo para a votação até o final do mês.

A equipe econômica também considera importante a votação do projeto para estimular os investimentos na retomada da economia na fase pós-covid. O secretário de Desenvolvimento de Infraestrutura do Ministério da Economia, Diogo Mac Cord, avaliou que o texto está muito bom e é fruto de dois anos e meio de debate.

A previsão é de investimentos de R$ 50 bilhões por ano para a universalização do saneamento até 2033. Hoje, o valor é de investimento é de apenas R$ 12 bilhões por ano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Hospitais de Bom Jesus e São Raimundo Nonato recebem respiradores

Foto: Governo do Piauí

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesapi), enviou, ao todo, dez respiradores para hospitais da região Sul do Piauí. Foram cinco equipamentos para o Hospital Regional Senador Cândido Ferraz, em São Raimundo Nonato, e outros cinco para o Hospital Regional Manoel de Sousa Santos, localizado na cidade de Bom Jesus.

Segundo a diretora do Hospital de São Raimundo Nonato, Nilvania do Nascimento, a unidade de saúde possui dez leitos de UTI para atendimento de pacientes com Covid-19 e 20 leitos clínicos respiratórios. “ tualmente, temos seis pacientes nos leitos clínicos e um na UTI. Com esses respiradores novos que recebemos do Governo, vamos montar mais cinco leitos e aumentar nossa capacidade de atendimento”, diz a diretora.

No Hospital Regional Manoel de Sousa Santos, em Bom Jesus, a estrutura montada foi de oito leitos no Pronto Socorro e dois na estabilização para atender pacientes com infecção do novo coronavírus. Segundo o diretor do hospital, Helder Meneses, com a doação dos novos respiradores pelo Governo do Estado, a capacidade de atendimento vai aumentar. “Além dos cinco respiradores que vamos receber do Governo do Estado, também teremos a doação de mais cinco equipamentos da empresa Enel Green Power Brasil. Nosso atendimento vai melhorar”, afirma o diretor.

O Estado do Piauí recebeu essa semana 141 respiradores, sendo 100 estacionários, comprados na Turquia; dez estacionários do Ministério da Saúde; dez de transporte do Ministério da Saúde e 21 respiradores estacionários comprados na empresa Magnamed, em São Paulo.


Da Redação
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Governo manterá isolamento social, mas vai flexibilizar setores de baixo risco no PI

Foto: Ccom/PI

Atualizada às 12h30

O governador Wellington Dias passa a manhã de sábado (06) em reunião por meio de videoconferência com representantes do COE (Comitê de Operações Emergenciais de Combate a Covid-19). Wellington Dias discute os indicadores de saúde para uma possível reabertura das atividades econômicas na próxima semana. 

O Governo do Piauí analisa informações sobre o atual índice de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo), a taxa de transmissibilidade do vírus - que está em queda chegando a 0,9 - e o índice de mortalidade no estado. Esses três critérios são fundamentais para flexibilizar as atividades econômicas. 

Decreto Isolamento Social

O Cidadeverde.com apurou que o governador Wellington Dias vai manter o isolamento social mesmo com a flexibilização de setores que apresentam baixo risco em levantamento feito pelo comitê. 

O decreto de isolamento social vence neste domingo (07) e o governador deverá prorrogá-lo, mas, ainda assim, poderá abrir setores, que vai depender dos dados epidemiológicos recebidos na manhã deste sábado.

Manter as pessoas em casa ainda é objetivo do governo, que é a ferramenta mais eficaz de combater ao novo coronavírus. 

O protocolo geral criado pelo Comitê prevê que as pessoas permanecem em casa e só saem em caso de necessidade, mesmo com a reabertura das atividades. 

Hoje a tarde, o governador Wellington Dias voltará a se reunir com o COE ampliado, que possui representantes de vários órgãos, dentre eles o Tribunal de Justiça, a Assembleia Legislativa, o Ministério Público, o Tribunal de Contas do Estado e o Conselho Regional de Medicina. No encontro, o governador apresentará aos representantes dos órgãos os indicadores de saúde divulgados hoje pelo COE. Com esses dados em mãos, o governo deve anunciar se haverá ou não a flexibilização de setores. 

O Estado irá fazer 22 protocolos específicos para cada setor: construção civil, comércio, industria, administração pública, bares, restaurantes, igrejas, salão de beleza, por exemplo. 

De hoje para amanhã (07), o governo deve anunciar novas medidas e a data para a retomada das atividades. 


Foto: Ccom/PI

Lockdown descartado 

O Governo do Piauí descartou decreto de um lockdown parcial com restrições neste domingo (7), após três finais de semana seguidos com essa medida. A informação foi confirmada ao Cidadeverde.com pela assessoria do Governo do Estado neste sábado (6), que também informou sobre uma reunião ampliada do governador Wellington Dias com o Comitê de Operações Emergenciais (COE) às 16 horas de hoje para discutir quais medidas serão adotadas com o fim do prazo do decreto de isolamento, que se estende até o dia 7 de junho.

O governo chegou a anunciar protocolos para a retomada das atividades econômicas e abriu uma consulta pública para a participação da população que contribuiu com mais de 700 sugestões.

Na última pesquisa da amostragem revelou uma redução no número de pessoas contaminadas por covid no Piauí. Nas primeiras pesquisas, o número de contaminados crescia 4 vezes a cada 15 dias e na última amostra o número de contaminados foi para 0,5 vezes maior. A taxa de transmissibilidade, segundo a amostragem está em 0,9, abaixo de 1, como recomenda a Organização Mundial de Saúde (OMS) para uma conjuntura favorável para a retomada gradual de atividades econômicas.

O governador Wellington Dias anuncia que a ciência será respeitada e esse retorno só acontecerá se tiver ambiente seguro para a abertura do comércio. 

Indústria, construção civil, comércio e agropecuária estão entre as atividades consideradas de menor risco e que deverão ser liberadas em uma primeira etapa do retorno, ainda sem data anunciada. O decreto de isolamento social encerra neste domingo, e o governo estuda reabertura de alguns setores. Veja na íntegra o plano de retomada apresentado pelo governo

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com


 


Valmir Macêdo e Yala Sena
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Ministério da Saúde quer recontar mortes por coronavírus no País

Foto: Jorge Hely/FramePhoto/Folhapress


O Ministério da Saúde quer recontar as mortes por covid-19 no País, sob o argumento de que haveria óbitos a mais, ocorridos por outras doenças, mas erroneamente registrados como coronavírus. Na avaliação da cúpula da pasta, Estados e municípios estariam manipulando informações para se beneficiarem de recursos do governo federal.

Até o momento, nenhum apontamento sobre esses supostos erros foi feito pelo ministério, que ainda não se posicionou oficialmente sobre o assunto. Ao contrário, há um entendimento de que o problema é inverso: milhares de mortos estariam sendo enterrados sem ter a causa da morte devidamente apurada, ou seja, o número total seria maior. O próprio Ministério da Saúde informava, até a última quinta-feira, 4, que havia mais de 4 mil mortes sendo investigadas, além daquelas já confirmadas. Esses dados já não constavam no balanço desta sexta-feira.

Depois de o Ministério da Saúde atrasar o horário de divulgação de dados do coronavírus e deixar de divulgar o número total de mortos e contaminados, o site do governo que traz os dados sobre a doença no País continua fora do ar.

Em uma rede social, o presidente Jair Bolsonaro disse que a pasta "adequou a divulgação dos dados sobre casos e mortes" para "maior precisão". O portal do Ministério da Saúde que divulga dados do coronavírus está fora do ar desde ontem.

Em sua conta do Twitter, Bolsonaro disse que o ministério optou pela divulgação às 22h para evitar "subnotificação e inconsistências" e que as rotinas e fluxos estão sendo "adequados" para garantir a "melhor extração" dos dados diários, o que demanda aguardar relatórios das secretarias estaduais e a checagem do dados. "A divulgação entre 17h e 19h, ainda havia risco subnotificação. Os fluxos estão sendo padronizados e adequados para a melhor precisão", escreveu.

Ao longo do enfrentamento da doença, a coleta de informações evoluiu com capacitação e serviços laboratoriais. As medidas, assim, permitem obter dados mais precisos sobre cada região.

Nesta sexta, ao ser questionado sobre a mudança no horário, na porta do Palácio da Alvorada, o presidente disse "Acabou a matéria no Jornal Nacional".

No Twitter, Bolsonaro também tentou justificar o fato de o Ministério da Saúde não informar mais os números acumulados de casos e mortes causados pelo coronavírus. "Ao acumular dados, além de não indicar que a maior parcela já não está com a doença, não retratam o momento do país", disse.

O presidente tuitou ainda que "outras ações estão em curso para melhorar a notificação dos casos e confirmação diagnóstica", sem especificar.

Bolsonaro disse ainda na rede social que a coleta de informações evoluiu e permite obter dados mais precisos sobre cada região. "A divulgação dos dados de 24 horas permite acompanhar a realidade do país neste momento e definir estratégias adequadas para o atendimento a população. A curva de casos mostram as situações como as cenários mais críticos, as reversões de quadros e a necessidade para preparação", escreveu o presidente

Diante do atraso do governo em divulgar os números, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, disse que cogita propor à corte de contas que consolide e divulgue os dados diariamente, até as 18 horas. Em sua conta na rede social Twitter, Dantas disse que vai fazer a sugestão aos ministros do tribunal. Caberia ao órgão coletar os dados junto a tribunais de contas estaduais e consolidar as informações.

Com as novas dificuldades para divulgar dados nacionais de infectados, curados e óbitos da Covid-19, as instituições devem ajudar. Cogito propor ao @TCUoficial e aos tribunais de contas estaduais que requisitemos e consolidemos dados estaduais para divulgação diária até 18h.


Fonte: Estadão Conteúdo 

Vídeo: Idoso de 62 anos vence a Covid-19 e tem alta médica em Teresina

Foto: Prefeitura de Teresina


Maryvaldo Barbosa Costa, de 62 anos, foi uma das 750 pessoas que venceram a batalha contra a Covid-19 em Teresina. Apesar da idade e do histórico de hipertensão e diabetes, ele teve alta do Hospital do Monte Castelo na última sexta-feira (05). A família, amigos e equipe de saúde do hospital celebraram sua alta com flores e balões.

Antes do retorno para casa, Maryvaldo gravou um vídeo de agradecimento pelo tratamento recebido no Hospital do Monte Castelo. “Estou me sentindo bem agora. Agradeço a Deus e a essa equipe maravilhosa. Tomei medicamento na hora certa e fui muito bem tratado por todas as pessoas do Hospital. Que Deus proteja eles lá dentro”, afirmou emocionado.

A diretora médica do Hospital do Monte Castelo, Dra. Ana Tecla, afirma que o paciente estava com quadro de saúde grave e em seu tratamento foram usadas medicações e seguido protocolo para Covid-19. “Ele chegou com falta de ar, necessitando de suporte de oxigênio. O exame de tomografia apontava 50% de comprometimento do pulmão”.

“Nossa luta em prol da vida é diária e agora toda a equipe está emocionada com mais essa história de superação. Parabenizamos os servidores envolvidos. Prestamos um atendimento de qualidade e ficamos felizes quando isso se traduz na recuperação plena da saúde dos pacientes com Covid-19”, ressalta a diretora geral do Hospital, Fátima Sousa.

O Hospital do Monte Castelo, localizado na zona Sul de Teresina, foi preparado para atender exclusivamente casos de internação clínica de pacientes com suspeita ou confirmação da Covid-19. O local possui 50 leitos, sendo 43 intermediários e 7 leitos de semi-intesiva, disponíveis para atender casos regulados de outros estabelecimentos.

 

 


Da Redação
[email protected] 

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