Cidadeverde.com

Justiça do Rio de Janeiro suspende reabertura de escolas da rede pública estadual

Foto: RobertaAline/CidadeVerde.com

A 1ª Vara da Infância, da Juventude e do Idoso do Rio de Janeiro determinou neste sábado (6) a suspensão da reabertura de escolas da rede pública estadual prevista para a próxima segunda (8).
A suspensão atende a pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro, que considerou a reabertura contrária às normas sanitárias vigentes contra o novo coronavírus.

O objetivo da reabertura planejada pelo governador Wilson Witzel, realizada pelo decreto nº 47.105/2020, era prover aos estudantes de baixa renda alimentação. Não havia, no entanto, previsão de retorno dos estudantes às aulas. O descumprimento da decisão custará ao governo estadual R$ 5 mil por dia. 

 

Fonte: FolhaPress

MP abre investigação sobre atraso de dados de covid-19 do Ministério da Saúde

Foto: Cadu Rolim /Fotoarena/Folhapress

O Ministério Público Federal abriu procedimento extrajudicial para apurar o atraso e a omissão na divulgação de dados sobre o novo coronavírus no País. A Procuradoria enviou pedido de cópia dos atos administrativos do Ministério da Saúde que resultaram nas mudanças promovidas pelo governo e cobrou esclarecimentos sobre os fundamentos técnicos sobre o caso.

Desde o boletim de sexta, 6, o governo federal deixou de apresentar o número acumulado de mortes por covid-19 desde o início da pandemia, informação que sumiu do site oficial sobre a doença. Os balanços também passaram a ser publicados às 22h.

O Ministério Público Federal também quer saber qual foi a urgência que motivou a retirada imediata do número de mortos do painel de vítimas do Covid-19 e por qual motivo técnico se faz necessária a revisão dos óbitos pela doença.

Os pedidos foram encaminhados ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, com prazo de resposta em até 72 horas.

A notícia de fato é assinada pelos procuradores Célia Regina Souza Delgado e Edilson Vitorelli Diniz Lima, da Câmara de Direitos Sociais e Fiscalização de Atos Administrativos. Nesta etapa, a Procuradoria realiza apurações após notar indícios de atos ilícitos. Ao abrir o procedimento, os procuradores destacaram trechos da Lei de Acesso à Informação (LAI) sobre a obrigação de transparência sobre dados públicos e as punições a omissão, e a lei sobre improbidade administrativa.

A investigação da Procuradoria ocorre paralela a pedido da Defensoria Pública da União, que foi à Justiça Federal de São Paulo para obrigar o governo a apresentar os dados. Em outra frente, parlamentares da oposição ouvidos pela reportagem planejam entrar com ações no Supremo Tribunal Federal para garantir a transparência das informações da pandemia.

A omissão dos dados sobre mortos no novo coronavírus, segundo o governo, é porque eles não retratam o momento do País. A estratégia do Planalto é divulgar somente os números do dia, ignorando o acumulado desde o início da pandemia. "A divulgação dos dados de 24 horas permite acompanhar a realidade do país neste momento e definir estratégias adequadas para o atendimento à população. A curva de casos mostram as situações como cenários mais críticos, as reversões de quadros e a necessidade para preparação", disse o presidente Jair Bolsonaro no sábado, 6.

Além do boletim, o site com os números de covid-19 no Brasil ficou fora do ar durante a noite de sexta até o final da tarde deste sábado, 6. Procurado, o Ministério da Saúde não informou a razão até o fechamento deste texto. A página exibiu apenas que estava em manutenção. Agora, o site não exibe mais os dados acumulados, divisões por Estado e até a possibilidade de download das informações.

O indicado para a secretária de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Wizard, afirmou que Estados e municípios estariam inflando o número de óbitos para obter benefícios fiscais, mas não apresentou nenhum embasamento sobre isso. Segundo ele, a informação teria sido repassada por uma equipe de inteligência militar do Ministério da Saúde. Ao Estadão, Wizard negou que o Planalto esteja querendo desenterrar mortos ao revisar critérios sobre óbitos por covid-19.

A iniciativa foi criticada pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde, que enxergou uma tentativa autoritária, insensível, desumana e anti-ética de dar inviabilidade aos mortos pelo coronavírus. "Não prosperará. Nós e a sociedade brasileira não os esqueceremos e tampouco a tragédia que se abate sobre a nação", disse o presidente da entidade, Alberto Beltrame.

Fonte: FolhaPress

Governo deve ceder a empresários e sindicatos para aprovar MP de corte de salário e jornada

Foto: Alan Santos/PR

Pressionado por entidades sindicais e o meio empresarial, o governo Jair Bolsonaro deverá ceder em dois pontos do texto em tramitação da MP (medida provisória) da redução de jornada, corte de salário e suspensão de contratos de trabalho. O corte na jornada é acompanhado de uma diminuição de salário. A medida vale por até três meses.

Para evitar mudanças no texto já aprovado na Câmara, o governo admite oferecer, por meio de projeto de lei, a garantia de que demissões e quitações de rescisão trabalhista só tenham validade com supervisão do sindicato. Essa é uma das principais reivindicações sindicais.

Em contrapartida, outro projeto de lei traria alterações no que diz respeito à correção das dívidas trabalhistas, defendida pelo setor empresarial. A ideia é que seja retomada a atualização pela TR (Taxa Referencial, atualmente zerada) -a Câmara aprovou o IPCA-E, índice mais vantajoso para o trabalhador.

Segundo o líder do governo no Congresso, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), a ideia é votar a MP como está. "Vamos criar um novo termo: uma MP com efeito colateral, que pode trazer resultado aos dois lados [sindical e empresarial], com discussões para depois da MP", disse.

A medida deve ser votada pelo Senado na terça (9). O relator é o senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO). Ele diz que as mudanças são necessárias para evitar prejuízos. "Estamos discutindo formas que o texto não volte para a Câmara, mas, da forma que está, há uma agonia tanto para sindicatos quanto para empresários. Todos vão ter de ceder numa parte", disse.

Entre os pontos que as entidades de representação dos trabalhadores não querem abrir mão está a retomada do poder sindical nas negociações trabalhistas. Na parte empresarial, a principal reivindicação é a retomada da TR na correção das dívidas trabalhistas. Em um documento enviado ao relator, entidades empresariais afirmam que há "descompasso com a conjuntura do país, resultando em aumento desproporcional do débito judicial".

Fonte: FolhaPress

Witzel 'abre' Rio dois dias após ter recorde de óbitos

Foto: Marcos Correa/PR/Arquivo

Pouco mais de quatro horas depois de confirmar 2.134 novos casos de covid-19 e a morte de 146 pessoas pela doença no Estado do Rio, o governador Wilson Witzel (PSC) divulgou decreto que flexibiliza as regras de isolamento, permitindo desde o sábado, 6, a reabertura de bares, restaurantes e shoppings, além da volta dos jogos de futebol.

O decreto com as novas regras foi publicado em edição extra do Diário Oficial e divulgado às 23h24 de sexta. Ele autoriza o funcionamento de setores do comércio e da indústria, em horários específicos, e prorroga até o dia 21 a proibição de aulas presenciais. A prefeitura da capital, por sua vez, informou que vai seguir cronograma próprio.

Segundo o decreto, a partir do sábado, 6, bares e restaurantes podem voltar a funcionar, respeitando 50% de sua capacidade. Shoppings e centros comerciais poderão abrir das 12 às 20 horas, com limitação de 50% da capacidade, garantindo fornecimento de álcool em gel 70%. As praças de alimentação podem reabrir, obedecendo ao limite de 50% de ocupação. Áreas de recreação, cinemas e afins devem permanecer fechados.

Equipamentos e pontos turísticos, como Cristo Redentor e Pão de Açúcar, estão autorizados a funcionar, respeitando o limite de 50% de sua capacidade de lotação. Templos religiosos estão liberados, desde que seja observada a distância de 1 metro entre as pessoas.

O funcionamento dos parques está liberado, desde que não haja aglomeração. Ficam autorizadas as atividades esportivas individuais ao ar livre, inclusive em praias e lagoas, preferencialmente próximo da residência. Atividades esportivas de alto rendimento passam a ser autorizadas, desde que sem público e com os protocolos de higienização. Jogos de futebol estão autorizados, desde que sem público.

Todos os estabelecimentos abertos devem seguir protocolos e medidas de segurança recomendadas pelas autoridades sanitárias, como assegurar a distância mínima de 1 metro entre as pessoas e oferecer álcool em gel 70%. Deve ser observada a obrigatoriedade de máscaras por clientes e funcionários.

De acordo com o decreto, estão suspensos até o dia 21 as aulas presenciais das redes de ensino estadual, municipal e privada; atividades coletivas em cinemas, teatros e afins; e o funcionamento de academias de ginástica. Em caso de descumprimento das medidas previstas, as forças de segurança pública poderão atuar em eventuais práticas de infrações administrativas e crimes previstos.

No decreto, o governo justifica as medidas de flexibilização alegando que "levou em consideração dados epidemiológicos da Secretaria de Estado de Saúde, incluindo a redução do número diário de óbitos e internações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)".

Apesar da decisão do governador, a prefeitura informou que a cidade segue o plano por fases, e "os municípios têm autonomia para regulamentar as medidas de restrição, de acordo com a realidade de cada um".

Também em nota, a prefeitura carioca informa que segue avaliando diariamente as curvas da contaminação pela covid-19 com o Comitê Científico, "deixando claro que pode recuar se as curvas subirem, mas esperando que caiam e possa continuar flexibilizando, mas seguindo todas as chamadas regras de ouro, de precauções". No dia 1.º de junho, a prefeitura do Rio anunciou que o fim das restrições ocorrerá em seis fases, com intervalo de 15 dias entre cada uma delas, com abertura total prevista, portanto, para agosto. Primeiro serão abertos os setores com grande impacto econômico e baixo risco de contaminação.

Crivella

Marcelo Crivella (Republicanos) afirmou que só neste domingo vai decidir sobre a reabertura ou não de comércios. Por enquanto, segundo ele, esses estabelecimentos devem ficar fechados. "Neste domingo, vou me reunir com o conselho científico", afirmou o prefeito, referindo-se ao órgão criado pela prefeitura para aconselhar a administração em questões relativas ao combate à covid-19.

Quem abrir antes da hora será notificado para que feche. "O governo estadual já esclareceu que o decreto é uma recomendação, não uma determinação. Mas nós entendemos que o decreto estadual criou uma dúvida, então pedimos que os comerciantes aguardem nossa reunião antes de abrir."

Crivella afirmou que concorda com alguns itens do decreto, como a liberação dos cultos religiosos. "Esse tipo de atividade é de baixo risco, porque o fiel sempre vai respeitar o que o padre ou seu pastor pedir."

Balanço

No sábado, o Estado do Rio de Janeiro registrou 166 mortes pela covid-19, atingindo o total de 6.639 óbitos desde o início da pandemia. E mais 1.467 casos.

O decreto de Witzel foi publicado dois dias depois de o Rio ter batido o recorde de 324 mortes em 24 horas. Segundo a Secretaria de Saúde, são 64.533 pessoas contaminadas pelo novo coronavírus. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fonte: Estadão Conteúdo

Piauí registra 15 novas mortes e 373 casos do coronavírus em 24 horas

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

O Piauí registrou 15 óbitos e 373 casos do novo coronavírus nas últimas 24 horas. O total de mortes chegou a 239, enquanto os testes positivos acumulados desde março somam 7.478. 

Os dados foram divulgados somente às 22h20 deste sábado (6). A Secretaria de Estado da Saúde do Piauí (Sesapi) informou que houve um problema para importação dos dados no sistema utilizado pelo órgão. 

Dos 15 novos óbitos, nove foram em Teresina, que contabiliza 128 mortes por Covid-19 desde março. As vítimas mais recentes são oito homens (51, 54, 70, 72, 74, 77, 88 e 92 anos) e uma mulher de 101 anos. 

A quarta morte de Esperantina foi de um homem de 77 anos. 

Barras, que continua na lista dos municípios com maior número de casos (246 no total), registrou sua terceira morte. A prefeitura do município informou que trata-se de um homem de 68 anos, hipertenso e diabético, que estava internado no hospital Leônidas Melo. 

O segundo óbito de Elesbão Veloso foi de um homem de 91 anos de idade. 

Flores do Piauí, que ainda não estava na lista de casos confirmados, registrou seu primeiro óbito: uma mulher de 79 anos. 

Foram confirmados também os primeiros óbitos de pacientes de Beneditinos (mulher de 102 anos) e Olho D'Água do Piauí (homem de 56 anos).

 

Casos confirmados
Neste sábado, terminou a 23ª semana epidemiológica de 2020, como os órgãos de saúde dividem as semanas para a a avaliação do cenário de diversas doenças. Em relação ao coronavírus, foram 2.547 novos casos nos últimos sete dias. Na semana anterior, foram 1.541. 

Boqueirão e Flores do Piauí registraram seus primeiros casos e entraram na lista. São 169 municípios com casos confirmados. 

Os municípios com maior número de casos são: Teresina (3.226), Parnaíba (897), Barras (246), Picos (226) e Campo Maior (209). 

Dos novos casos, 194 são do sexo feminino e 179 do masculino. As idades variam de 1 a 88 anos. 

Situação hospitalar
A ocupação de leitos continua a subir. Eram 549 na quinta-feira, 558 na sexta-feira, e chegou a 583 neste sábado. 

São 188 internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) e 22 em leitos de estabilização. Nos leitos clínicos, a ocupação subiu de 359 para 373 vagas.

O aumento do número de leitos ocupados é acompanhado de ampliação nos leitos disponibilizados. Nas últimas 24 horas, foram aberas mais 12 vagas de UTI, 13 de estabilização e quatro de leitos clínicos.  

Com o reforço dos últimos dias, o percentual de leitos ocupados ficou abaixo de 60% tanto em UTI (57,67%) como em estabilização (30,99%). Somados os dois tipos de leitos, onde são usados respiradores, a ocupação é de 52,90% - chegou a 61,51% no dia 1º de junho. 

Foram 15 altas médicas nas últimas 24 horas - 563 no total acumulado.   

 

Fábio Lima
[email protected]

Brasil registra 904 mortes por coronavírus em 24 horas; total vai a 35.930 óbitos

Foto: SAULO ANGELO/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

 

O Brasil contabilizou 904 novas mortes causadas pela covid-19 nas últimas 24 horas, elevando o total de vidas perdidas pela doença para 35.930, segundo o Ministério da Saúde. Da sexta-feira, 5, para este sábado, 6, houve registro de 27 075 novos casos de infecção pelo novo coronavírus e agora são 672.846 pessoas contaminadas, sendo registrados mais de 100 mil novos casos em menos de uma semana.

A escalada de vítimas ocorre em meio a anúncios de planos de flexibilização da quarentena por Estados e municípios, o que tem sido visto com ressalvas por especialistas.

O Brasil está atrás só dos Estados Unidos (109.791) e do Reino Unido (40.548) em óbitos por covid-19.

Países que já viveram o agravamento da pandemia só começaram a relaxar restrições de circulação ao menos um mês depois do pico. EUA, Reino Unido, Itália, França e Espanha esperaram, em média, 44 dias após o pico para flexibilizar quarentenas, como mostrou o jornal O Estado de S. Paulo.

A projeção do avanço do coronavírus no Brasil feita pela Universidade de Washington foi atualizada pela segunda vez, e agora prevê 165,9 mil mortes causadas pela covid-19 no País até 4 de agosto.

A primeira estimativa para o Brasil, feita em 12 de maio, projetava 88 mil mortes. O dado foi alterado para 125,8 mil mortes no último dia 25 e novamente revisado neste sábado, dia 6.

 

Especialistas criticam recontagem de óbitos pelo governo

Enquanto o governo federal pretende rever os critérios das mortes por coronavírus por indícios de que os dados estariam sendo supostamente inflacionados por municípios e Estados, como afirmou o secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Carlos Wizard, neste sábado, os cientistas afirmam exatamente o oposto.

Para virologistas e epidemiologistas, o número de vítimas no País é muito maior do que indicam os dados oficiais. Especialistas também veem na mudança de metodologia de divulgação do Ministério da Saúde uma manobra para se criar falsa sensação de controle da doença.

Nas contas de Domingos Alves, coordenador do Laboratório de Inteligência em Saúde (LIS) da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), o número de mortes no Brasil seria 40% maior e estariam perto de 49 mil óbitos.

"Numa estimativa até simplória, nós mostramos que os óbitos mostrados nos boletins envolvem no máximo 60% do total. E nós procuramos não ser alarmistas", diz Alves, que integra a equipe Covid-19 Brasil, formada por cientistas independentes de várias instituições brasileiras de pesquisa que monitoram em tempo real dos dados sobre a propagação do vírus.

Dados incompletos do coronavírus no Brasil

Depois de retirar do ar por um dia o site que mantinha sobre informações detalhadas a respeito a covid-19, o Ministério da Saúde atualizou a página na internet com informações básicas.

O site traz apenas as informações sobre os casos de pessoas recuperadas da doença, os casos de novas contaminações e os óbitos. Todas as demais informações históricas da doença no País foram omitidas da população.

Referência em estatísticas globais da pandemia da covid-19, a Universidade Johns Hopkins deixou de usar os dados do Brasil, por algumas horas na tarde deste sábado. Os dados deixaram de aparecer após o portal oficial sobre a pandemia deixar de divulgar o número total de casos confirmados e óbitos pela doença no País. Mais tarde, os dados do Brasil voltaram a aparecer na plataforma.

Fonte: Estadão Conteúdo

Governo vai prorrogar isolamento até o dia 22 e reabrirá três setores produtivos

Fotos: Ascom

Atualizada às 22h30

O governador Wellington Dias (PT) vai prorrogar o decreto de isolamento social até o dia 22 de junho. A decisão foi comunicada na tarde deste sábado (6) as autoridades que participaram de reunião com o comitê ampliado e governo do estado.

A partir de segunda-feira (8), o governo vai determinar a reabertura de setores da construção civil, de serviços de saúde (psicológicos/fisioterapia e terapia ocupacional) e setores automotivo. 

O Comitê de Operações Emergenciais (COE) para o coronavírus, apresentou relatório favorável à retomada de atividades econômicas no Piauí. 

A decisão de flexibilização se baseou na análise de dados epidemiológicos da doença, queda no índice de transmissibilidade, número de leitos ocupados e a abertura de novas vagas na rede hospitalar para tratamento da Covid-19. Com base na deliberação, o governador Wellington Dias irá editar novos decretos na segunda (8) estabelecendo novos parâmetros para os primeiros setores contemplados. 

Veja o que disse o governador no seu Instagram:

 

 

Na reunião foi aprovado o Pro Piauí - Pacto de Retomada Organizada que também será regulado em decreto a ser assinado na próxima segunda-feira. 

"É possível dar início à retomada com toda a cautela possível, ouvindo os especialistas. A cada segunda-feira teremos uma série de informações sobre a taxa de transmissibilidade, leitos disponíveis e ocupados, recursos humanos, equipamentos e se cumprimos as metas. Com base nisso, tomaremos decisões para novos passos" explicou o governador.

Os dados epidemiológicos do coronavírus no Piauí revelam tendência de redução proporcional no número de infectados que está em ritmo mais lento. A última pesquisa realizada em parceria com o Instituto Amostragem estabelece o índice de transmissão da Covid-19 em 0,9. Quanto aos leitos hospitalares para casos graves (com respiradores), a taxa de ocupação está próxima de 53%.  A meta da Secretaria de Estado da Saúde é chegar a 500 leitos até 30 de junho, com perspectiva de reduzir a ocupação para menos de 50%.  

O governo pede prudência na retomada das atividades, ressaltando que a autorização para funcionamento se restringe a atividades específicas, mediante cumprimento de uma série de exigências. O comitê aprovou ainda o protocolo geral sanitário que empresas, órgãos e trabalhadores terão de seguir após a adesão. 

"Iniciaremos o processo para firmar protocolos. Cada empresa terá seu próprio específico dizendo como vai funcionar. Vai demorar alguns dias para todos se adequarem e cumprirem as regras. A retomada é organizada e somente poderão retomar após assinar um pacto de compromisso com os protocolos sanitários", pontua o secretário de Governo, Osmar Júnior. 

Por orientação do COE, o isolamento social no território piauiense será prorrogado até 22 de junho, ficando autorizado o funcionamento apenas dos serviços considerados essenciais, à exceção dos previstos no novo decreto. 

O governo anuncia que permanecerá com fiscalização criteriosa e busca parcerias com as prefeituras para 3 finalidades específicas: intensificar as barreiras sanitárias, evitando importação da doença, especialmente nas áreas de divisa com outros estados; adesão ao programa Busca Ativa, desafiando municípios com baixo índice de testagem a promover mais exames; além da integração de dados e padronização de procedimentos, estabelecendo regras uniformes a serem seguidas por todos os municípios.

"Há necessidade de cumprimento de regras de barreiras, quarentena, isolamento social. Estabelecer um regramento e ter uma estrutura organizada para executar" acrescentou Dias. 

Em reunião com representantes de todos os poderes, além de órgãos estratégicos envolvidos no combate ao novo coronavírus, o governador defendeu a necessidade de entendimento com o Conselho Regional de Medicina (CRM) e entidades médicas, visando acordar com o setor privado da área de saúde para auxiliar no programa Busca Ativa, no sistema de regulação de pacientes e na telemedicina. 

O governador recomendou ainda a participação do comitê de especialistas na orientação e definição dos protocolos geral e específicos dos setores da construção civil, automotivo e saúde, visando a prevenção, diagnóstico e tratamento precoce da Covid-19, com ações padronizadas para os 224 municípios piauienses. 

 

Atualizada às 19h

O Comitê Científico - composto por médicos, técnicos e pesquisadores - deu aval para o governo do estado flexibilizar setores produtivos. Em reunião neste sábado (6), os representantes do comitê recomendou que o governador Wellington Dias (PT) prorrogue o isolamento social que encerra neste domingo (7).

A ideia é estender o isolamento para conter o avanço do novo coronavírus, mas iniciar a reabertura das atividades de baixo risco de transmissão do vírus. 

O comitê apresentou dados animadores ao governador. A taxa de transmissibilidade do vírus continua em queda e chegou a 0,9. Outra informação é que há uma tendência de redução nos casos da doença comparando com os inquéritos epidemiológicos realizados de 15 de maio ao dia 31. Há uma desaceleração nos casos de infecção.

Quatro itens serão avaliados para reabertura de novos setores:

1) Número de casos da covid-19;
2) Números de óbitos;
3) Números de internação;
3) Números de ocupações hospitalares

O Comitê exige a definição de protocolos específicos para cada setor. A Vigilância Sanitária está fazendo revisões nos protocolos. Na consulta pública, apresentada pelo governo, mais de mil sugestões foram dadas para o protocolo geral que será adotado nos 224 municípios e setores produtivos. 

Pela manhã o governador se reuniu com o COE (Comitê de Operações Emergenciais para o combate a Covid-19) e no final da tarde se reúne com o comitê ampliado que tem representantes de vários órgãos públicos como Assembleia Legislativa, Tribunal de Justiça, APPM, prefeitura de Teresina, Ministério do Trabalho e Secretarias de Estado.

 

Flash Yala Sena (Com informações do governo)
[email protected]

Crivella pede que, por enquanto, bares e restaurantes fiquem fechados no Rio

Foto: Marcos Correa/PR

Horas após o governo do Estado do Rio publicar decreto que autorizou a reabertura de shoppings centers, bares e restaurantes, o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella (Republicanos), afirmou na tarde deste sábado, 6, que só no domingo, 7, vai decidir sobre a reabertura ou não desses comércios. Por enquanto, segundo ele, esses estabelecimentos devem ficar fechados.

"Neste domingo vou me reunir com o conselho científico", afirmou Crivella, referindo-se ao órgão criado pela prefeitura para aconselhar a administração em questões relativas ao combate à covid-19.

Questionado qual seria a conduta da prefeitura diante de algum comerciante que abrir algum dos estabelecimentos mencionados pelo decreto estadual, Crivella afirmou que a prefeitura vai notificar o comerciante para que ele feche novamente seu comércio. "O governo estadual já esclareceu que o decreto é uma recomendação, não uma determinação. Mas nós entendemos que o decreto estadual gerou uma dúvida, então pedimos que os comerciantes aguardem nossa reunião deste domingo."

Crivella afirmou que concorda com alguns itens do decreto, como a liberação dos cultos religiosos. "Esse tipo de atividade é de baixo risco, porque o fiel sempre vai respeitar o que o padre ou pastor pedir. Então, todos vão ficar a uma distância segura dos demais, todos vão usar máscara, vão atender o que o pastor pedir "

A reunião do conselho científico do município será no domingo à tarde, e Crivella já anunciou que concederá nova coletiva às 16 horas.

 

Fonte:Estadão Conteúdo 

Caixa paga lote extra da 1ª parcela do auxílio emergencial para 200 mil pessoas

Foto: Arquivo/Cidadeverde

Cerca de 200 mil pessoas receberam nesta sábado (6) mais um lote da primeira parcela do auxílio emergencial, divulgou a Caixa. A liberação foi feita a partir de pedidos solicitados entre abril e maio, pelo aplicativo ou site, e que estavam em reanálise.

"Hoje foi feito o crédito para mais 200 mil famílias. Recebemos essa semana mais um arquivo da Dataprev com 1,4 milhão de registros e, deles, 200 mil foram considerados elegíveis e foi feito o crédito neste sábado", disse Tatiana Thomé de Oliveira, vice-presidente de Governo do banco.

A primeira parcela está sendo paga para esses beneficiários na conta indicada no momento do cadastro e, caso não houver sido indicada conta, o recebimento será pela poupança digital.

"Não tem restrição ao saque ou à transferência. No dia do crédito, é possível usar tanto o recurso de forma eletrônica, pelo Caixa Tem, sacar, transferir ou usar com seu cartão de outro banco, se tiver sido indicada conta de outro banco", diz a vice-presidente da Caixa.

Ao todo, o banco já fez o pagamento da primeira e segunda parcelas para 58,6 milhões de pessoas (incluindo beneficiários do Bolsa Família, inscritos no CadÚnico e informais cadastrados pelo aplicativo ou site).

SEGUNDA PARCELA
A segunda parcela do auxílio emergencial está sendo paga, em dinheiro, até o próximo sábado (13), para quem fez o saque da primeira parcela até o dia 30 de abril.

Quem teve o primeiro pagamento após essa data ainda precisará esperar a divulgação do próximo calendário.


Fonte: Folhapress

Ex-secretário é preso por suspeita de fraude de respiradores

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.com

A Polícia Civil de Santa Catarina prendeu na manhã deste sábado (6) o ex-secretário estadual da Casa Civil Douglas Borba. A prisão foi efetuada no âmbito da segunda fase da Operação O2, que investiga suspeitas de fraudes na compra de ventiladores pulmonares pelo governo catarinense durante a pandemia do novo coronavírus.

A investigação é realizada por uma força-tarefa composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, Tribunal de Contas do Estado e pela Polícia Civil. A polícia também cumpriu outros cinco mandados de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão em Santa Catarina, Rio de Janeiro e São Paulo. A operação apura as circunstâncias da compra, sem licitação e com pagamento adiantado de R$ 33 milhões, de 200 respiradores. Os equipamentos foram comprados de uma importadora, mas não foram entregues. O caso foi revelado em reportagem do The Intercept Brasil.

Em entrevista à imprensa, os membros da força-tarefa disseram que as investigações apontaram para um sobrepreço na compra dos ventiladores pulmonares e destaca que estes foram adquiridos sem nenhuma garantia de que seriam realmente entregues. "A investigação evidencia que no momento da aquisição, a empresa que foi objeto da dispensa não possuía os equipamentos que ela teria ofertado em sua proposta inicial. Isso é um fato incontestável", disse o promotor Alexandre Graziotin.

O coordenador da força-tarefa, Maurício Medina, afirmou que as prisões do ex-secretário Douglas Borba e dos demais alvos foram pedidas para garantir a integridade das investigações, já que havia indícios de que os investigados vinham destruindo provas. "Foram apagadas, por exemplo, conversas entre os investigados que poderiam demonstrar os vínculos existentes entre eles", afirmou. O caso resultou na demissão de dois secretários pelo governador Carlos Moisés (PSL) em março deste ano. Foram demitidos o então secretário da Casa Civil, Douglas Borba, e o secretário de saúde Helton Zeferino.

A primeira fase da operação aconteceu no início de maio, com o cumprimento de 35 mandados de busca e apreensão. Na ocasião, Helton Zeferino teve os bens bloqueados pela Justiça e, em depoimento à polícia, atribuiu ao secretário da Casa Civil, Douglas Borba, a indicação da empresa contratada. A ex-superintendente de Gestão Administrativa, Márcia Pauli, também demitida em razão das compras, disse em entrevista ao Balanço Geral Florianópolis ter ouvido citações ao nome do governador Carlos Moisés (PSL) durante a tramitação da compra sob suspeita.

Em uma reunião virtual com empresários no início de maio, Moisés queixou-se de pressão e disse que seu governo está sendo execrado. Segundo ele, a compra ocorreu em "dias de verdadeiro desespero". A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Douglas Borba na manhã deste sábado. Em depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instaurada na Assembleia Legislativa de Santa Catarina para investigar o caso, Borba afirmou no início desta semana que não teve qualquer participação na compra dos respiradores.

Ele ainda classificou como desastroso o processo de compra dos equipamentos pela secretaria estadual de Saúde.


Fonte: Folhapress

Posts anteriores