O secretario Estadual da Fazenda, Mário Lacerda, revelou, em comunicado à imprensa nesta sexta-feira (25), que mantem equipe estudando cortes nas despesas do governo. A meta, de acordo com o gestor, estabelecida por Zé Filho é cortar 30% dos custos.

“A medida tem como objetivo melhorar o equilíbrio financeiro. Precisamos analisar a questão da terceirização de mão de obra, que também tem um impacto importante na despesa, veículos, telefonia, dentre outras questões”, comenta o gestor.

Sobre a questão da atual situação econômica do Estado, o secretário ainda comenta que vinte dias não são suficientes para, efetivamente, opinar sobre uma série de questões relevantes que definem a real situação financeira do Estado. 

“Ainda estamos nos debruçando sobre todas essas questões. Acredito que no próximo mês teremos um posicionamento melhor, mas é inquestionável que o Estado do Piauí vem, nos últimos anos, mudando o seu perfil financeiro/orçamentário”, avalia Mário Lacerda.

De acordo com o secretário, o Piauí ainda é dependente do Fundo de Participação dos Estados (FPE). Por outro lado, as receitas próprias tem desempenho melhor, notadamente o ICMS. O gestor caracteriza o crescimento como “significativo”. 

“Se pegarmos um comparativo, do ano de 2013 com o que tá previsto agora para 2014, observa-se que o crescimento do FPE foi de 4,5% enquanto a inflação foi 5,6%. Temos um crescimento negativo do FPE, mas a receita própria cresceu quase 11% ao mês”, disse.

O secretário revela que em conversa com a diretoria da Eletrobras ficou acertado o recebimento de recursos. “Em breve eles devem repassar R$ 19 milhões devido a arrecadação de ICMS”, revela o gestor.

Mário Lacerda garantiu que atrasos nos pagamentos dos fornecedores estão sendo resolvido, mas alguns podem ainda não ter recebido em função do atraso da nomeação dos demais secretários. 

“O governador tomou posse no dia 4 de abril com apenas quatro secretários. Somente na terça-feira passada foram nomeados os demais secretários. Alguns só estão há 10 dias nos cargos. É normal que ocorram atrasos”, revela.